terça-feira, 20 de abril de 2010

Review: Rock Band 2 (Wii)

Review: Rock Band 2 (2008, Nintendo Wii)



Como vocês podem perceber, sou um grande fã de jogos rítmicos/musicais. Aliando isso ao meu gosto musical mais voltado ao bom e velho Classic Rock, posso afirmar que sempre fui um fã da série Guitar Hero.

Isto é, até o momento em que eu conheci a franquia Rock Band (que, convenhamos, é muito menos difundida do que a série Guitar Hero), e percebi como estes jogos da Harmonix são mais bem feitos do que os games dos heróis da guitarra. Possuindo um visual com um acabamento infinitamente melhor, um design mais atraente, uma playlist mais variada, uma jogabilidade mais precisa, entre tantas outras qualidades, é impossível não gostar de Rock Band.

Confesso que depois que conheci melhor esta "nova" franquia, os jogos da série Guitar Hero perderam muito o prestígio que eu tinha por eles. Veja bem, estamos falando de um jogo que foi lançado em 2008, mas que possui um gráfico praticamente igual no Wii e nos consoles HD, coisa que o novo Guitar Hero 5 não faz nem de longe. Ok, temos uma animação um pouco mais precária aqui e acolá, um pouco de cabelo atravessando os personagens mas até aí, nada chega a atrapalhar de fato a diversão que o game proporciona, principalmente quando temos a oportunidade de ver uma animação tão precisa de notas e baquetadas, só ficando atrás mesmo de The Beatles: Rock Band que, por sinal, é da mesma série. Não me espanta que o jogo do quarteto de Liverpool seja o melhor game musical já feito. O visual tem um nível de detalhes satisfatório, tanto dos personagens quanto dos cenários, que por sua vez, são muitos, e todos bem feitos.

Deixando um pouco as comparações de lado (quero esclarecer que em momento algum quero desmerecer a série Guitar Hero, mas comparações são inevitáveis), vamos falar um pouco da playlist do game em questão. São 84 músicas de gêneros completamente diferentes, indo de Classic Rock ao Metal, passando pelo Emo e o Pop-Rock. Ponto para a Harmonix, que percebeu que nem todos os fãs de jogos musicais necessariamente são atraídos por músicas mais pesadas. Isso trás tanto jogadores que curtem essas musicais mais pauleiras quanto pessoas que gostam de umas músicas mais calmas. Além disso, muitas bandas que estão presentes no game não são muito famosas, o que nos incentiva a conhecer novas bandas.

Quanto à jogabilidade, não há muita coisa a se dizer. Rock Band (o primeiro) reinventou este estilo de jogo adicionando a bateria e o microfone à fórmula dos primeiros Guitar Hero (que, para quem não sabe, na época também eram desenvolvidos pela Harmonix), o que foi uma adição muito boa. Para alguns, um ponto negativo do jogo é a obrigatoriedade de um periférico para desfrutar totalmente do game, mas eu particularmente não vejo muitos problemas nisso, ainda mais no Wii (quem já tentou jogar Guitar Hero III no WiiMote sabe do que estou falando). Os periféricos possuem uma precisão muito boa, além de um acabamento muito bem feito (no entanto, confesso que utilizo os instrumentos que vieram no meu The Beatles: Rock Band Special Venue Edition. Beatles eternos!).

Um ponto positivo que não posso deixar de citar é o microfone. A precisão do vocal é muito boa, infinitamente superior à da série Guitar Hero, que chega a ser frustrante. Aqui, é muito difícil você errar alguma coisa por conta de problemas no game e não por falta de habilidade. Novamente, só fica atrás do game do Fab Four, mas isso não importa, sendo que Rock Band 2 veio antes.

Uma característica dessa franquia que eu acho muito positiva é a escassez de títulos. Exatamente, não há muitos jogos da série disponíveis, pois a maioria das inclusões de faixas é feita por meio de DLCs, sendo boa parte deles pagos. São apenas três títulos da série até agora, sendo eles Rock Band, Rock Band 2 e The Beatles: Rock Band. Além desses, Green Day: Rock Band e Rock Band 3 já foram anunciados. Isso faz com que o jogador enjoe menos da série, e não torna necessário que você compre um jogo novo a cada seis meses, um sinal óbvio de que uma franquia se tornou um caça-níqueis.

Como é de conhecimento geral, jogos desse gênero possuem um nível de diversão altíssimo, e um fator replay quase infinito (para os fãs do estilo, claro). Mesmo sabendo disso, a Harmonix decidiu incluir um modo de criação de personagens que, sinceramente, é muito completo. Apesar de não podermos customizar muito a face dos nossos rockstars, a enorme gama de roupas e instrumentos disponíveis para compra mais do que compensa por isso. Na hora de criar seu personagem, tudo é muito fácil e intuitivo, e com tantos modelitos disponíveis, é muito difícil encontrarmos dois personagens iguais, a não ser que isso seja proposital. Além de escolher as roupas, instrumentos e acessórios, ainda é possível mudar a cor de tudo isso, tornando a customização ainda maior. Ver sua banda toda com roupas combinando é algo que definitivamente é legal.

O título conta com vários modos de jogo. Para os que querem habilitar músicas (pois neste game, não temos todas as canções abertas desde o começo) e ver sua banda atingir níveis de fama incríveis, o modo World Tour é ideal. Para os que curtem um desafio, há todo um modo para isso também, com recompensas e tudo o que se tem direito. E, claro, para os que querem curtir com os amigos, temos diversos modos multiplayer online e offline. É possível até mesmo incluir alguém da rede na sua banda, para que você continue completando os desafios, ou você mesmo entrar na banda de alguém e ajudá-los.

Assim como em The Beatles: Rock Band, o online é perfeito, e qualquer slowdown é muito raro. O jogo flui normalmente, e nem mesmo o loading demora mais para acontecer; parece até que estamos jogando em multiplayer local. Porém, falando em online, não posso deixar de comentar algo que pode ser muito frustrante para alguns. Sempre que você tentar jogar em qualquer modalidade, mesmo que seja sozinho, o jogo vai tentar se conectar com a internet. E, caso você não tenha acesso à net, vai demorar bastante até que o jogo diga que não conseguiu se conectar. Isso pode atrasar a jogatina, e chega a causar frustrações às vezes.

Ainda falando sobre o modo online, vale dar destaque à algo muito legal que a Harmonix preparou para os jogadores. Quando você se conecta à internet pela primeira vez, você ganha, além do seu Friend Code, um código chamado Web Code. Esse código deve ser incluído junto com o número do seu Wii (você pode consultá-lo no menu do video game) no próprio site do Rock Band, e ter acesso à todos os dados da sua conta no site, como suas bandas, seus personagens, etc. E além disso, é possível criar imagens com seus personagens, fazer várias cenas diferentes, fazer produtos como camisetas, bottons, e até mesmo mandar fazer um modelo em miniatura do seu rockstar, com instrumentos e tudo. Ponto positivo para a Harmonix pela interatividade!

Não importa que tipo de jogador você é. Seja casual ou hardcore, metaleiro ou rockeiro, Rock Band 2 foi feito para você. E se você não conhece a série Rock Band ainda, fica a dica, vale muito a pena.

Avaliação:
Gráficos:
8
Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 9
Replay: 9,5
Enredo: 7
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Nota final: 9
-
Comentário final: Como fã de jogos rítmicos/musicais, Rock Band 2 é um dos melhores que já tive a chance de jogar. Elevando o gênero a um patamar em que Guitar Hero jamais esteve, Rock Band inovou o estilo com mudanças muito bem-vindas.

Pontos fortes: Variedade de músicas grande, jogabilidade precisa e desafio na medida certa

Pontos fracos: O jogo tenta se conectar com a internet o tempo todo, o que pode ser chato; perder fãs por sair das playlists é algo que atrapalha também

Vídeo:




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Pessoal, desculpem a falta de imagens, devido a alguns problemas vou ter que adicioná-las mais tarde.


See ya!