Review: Pokémon Crystal Version (2001, Game Boy Color)
O ano é 1999. Pokémon era (e ainda é) uma febre, tanto no Japão quanto no resto do mundo, desde o lançamento de Pokémon Red e Green, em 1996 no Japão, Pokémon Red e Blue, em 1998 no ocidente, e mais posteriormente, Pokémon Yellow em 98 no oriente e 99 no ocidente.
Eis então que surge a nova geração de monstrinhos, com o lançamento das versões Gold e Silver! Os 151 antigos agora somam mais 100, totalizando 251! Uma nova região é adicionada, dando início à expansão do universo da franquia, e um novo protagonista é adicionado, Gold. Além dessas mudanças no universo do game, as evoluções tecnológicas eram notáveis. A franquia se mudou do monocromático Game Boy para o universo colorido do Game Boy Color e seus 16 bits. Os sprites tinham uma melhor resolução, os efeitos de ataque eram mais bonitos, e o jogo agora era muito mais colorido.
Mas, assim como Red, Blue e Green receberam uma "expansão", Yellow, Gold e Silver também o fez. Em dezembro de 2000, o Japão recebe o então mais novo jogo da série, Pokémon Crystal, que chega ao ocidente em julho do ano seguinte, levando ao Game Boy Color o jogo que é considerado até hoje como o melhor capítulo de Pokémon de todos os tempos. Vamos tentar entender o por quê, já que finalmente chegamos no foco dessa review.
Pokémon Crystal foi, sem dúvidas, a versão que mais trouxe adicionais fixos à franquia, isto é, foi a que mais adicionou coisas que se tornaram padrão nos jogos posteriores. Foi o primeiro game da série a trazer uma protagonista feminina, algo que é comum nas versões atuais. Foi também o primeiro game a trazer animações dos sprites dos monstrinhos, algo que, exceto por Ruby, Sapphire, FireRed e LeafGreen, também está presente nos jogos posteriores. Battle Tower? Nasceu aqui, também. Isso sem contar as novidades já antes introduzidas por GS, o que nos leva à conclusão de que a segunda geração, popularmente conhecida como GSC, ou Geração Metálica, foi a geração que mais adicionou coisas permanentes à franquia. Aliás, com exceção dos Efforts e da Battle Frontier, que é uma "evolução" da Battle Tower, foi GSC que acrescentou todos os elementos que não haviam em RGBY e estão na série até hoje. Estou dizendo essas coisas para tentar mostrar a importância desses dois jogos para a franquia, e tentar explicar de algum modo o motivo desses serem considerados como "os melhores jogos Pokémon" até hoje, quase 10 anos após o lançamento.
O enredo do game permanece praticamente o mesmo de Gold & Silver: 3 anos após os acontecimentos em RGBY, uma nova jornada se inicia na cidade de New Bark, situada no continente de Johto, vizinho de Kanto, local onde se passam os primeiros games da série. No comando de não um, mas dois novos protagonistas, Gold e Kris, você deve percorrer todo o continente, em busca de 8 novas insígnias para então desafiar a nova Elite 4, visando se tornar o novo mestre Pokémon! Mas não acaba por aí: Depois de enfrentar a Elite 4, o jogador ganha acesso à Kanto, área dos jogos anteriores, mas um pouco diferente devido ao passar do tempo. Então, você pode pegar mais 8 insígnias, totalizando 16, e enfrentar Red, o protagonista dos jogos anteriores, no topo da Mt. Silver. Isso torna Pokémon Gold, Silver e Crystal como os games que, de longe, possuem o maior número de ginásios e de terreno para se explorar, até hoje. O diferencial é a história, muito bem elaborada por sinal, envolvendo o pokémon lendário Suicune e Eusine, um homem que sonha em capturar a mística criatura. Isso torna o enredo um pouco mais profundo do que o das duas versões anteriores, sendo um diferencial e tanto.
Graficamente falando, o jogo evoluiu extremamente desde a geração anterior, e usa muito bem a capacidade do portátil. Em relação à Gold & Silver, Crystal está bem mais polida, com algumas colorações dos sprites arrumadas e animações bem feitas dos pokémon no início das batalhas. Os efeitos visuais dos ataques também evoluíram bem desde a geração passada, mas nada de diferente das duas últimas versões.
A jogabilidade se mantém a mesma, o que de maneira alguma é algo ruim. A franquia como um todo tem uma jogabilidade muito boa, e essa não é uma exeção. Outra adição interessante dessa geração é a mochila, que agora é dividida em seções. Isso facilita, e muito, a vida dos jogadores, que não precisam mais se preocupar em misturar seus TMs com suas Poké Balls. Além disso, agora os TMs e HMs são identificados, ou seja, você não precisa "ameaçar" de usá-los o tempo todo pra saber qual é qual. A divisão dos bolsos é muito boa, e cada item fica em seu lugar, facilitando pra encontrar mais rapidamente o que você quer.
A parte sonora se mantém a mesma das versões anteriores. Musicas-tema de cidades, tema de batalha, entre outros, primorosos. As músicas mais marcantes da franquia, na minha opinião. Os pokémon, por outro lado, continuam com "vozes" de discador de internet. Mas, no final das contas, isso nem chega a ser algo ruim, tanto que permanece até hoje, e os fãs já se acostumaram.
Nessa versão, são 251 monstrinhos no total. A temática da série, "temos que pegar", mantém-se firme e forte, como sempre. Isso faz com que o jogador passe um bom tempo se esforçando para completar toda a PokéDex (na minha opinião, a parte mais divertida do game), e seja obrigado a ter as outras versões ou pelo menos tenha um amigo com elas, já que existem monstrinhos exclusivos de cada uma. Jogada de mestre da Nintendo, diga-se de passagem. O objetivo de capturar e treinar um número consideravelmente grande de mostrinhos aumenta bastante o fator replay do game, e quanto ao fator diversão, nem preciso comentar, certo?
Enfim, Pokémon Crystal é, até agora, a melhor versão de Pokémon que existe, para mim e para muitos outros fãs da franquia. Apesar de um sistema de efforts mais precário, o jogo é praticamente perfeito, e conta com tudo que um game Pokémon precisa. Além de ter sido lançado no auge do sucesso da franquia, portanto é a geração com monstrinhos mais legais, sem as aberrações atuais.
Avaliação:
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Som: 9,5
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final: Como já citei, o melhor game de Pokémon até o momento. Será que os remakes de Gold & Silver vão superar?
sábado, 29 de agosto de 2009
sábado, 1 de agosto de 2009
Review: MegaMan Battle Network 5: Double Team DS (NDS)
MegaMan Battle Network 5: Double Team DS (2005, Nintendo DS)
Esse é, sem a menor sombra de dúvidas, um dos meus jogos preferidos, tanto a versão de GBA quanto a versão de DS. O jogo é uma espécie de "Remake" das versões de GBA, intituladas "MegaMan Battle Network 5: Team ProtoMan/Team Colonel", ambas lançadas no mesmo ano.
Se trata basicamente do mesmo jogo, mas com algumas singelas diferenças, como a adição de vozes aos personagens principais (Lan, MegaMan e os outros NetNavis), adição de mais alguns portraits para os personagens, adição do Party Battle System (muito bem vindo, diga-se de passagem), alguns elementos em 3D, mapas para as áreas da Net... Enfim, inúmeras melhorias para os já bons jogos originais.
A maior vantagem desse game é o fato dele ter dois jogos em um. Exatamente, você pode escolher jogar ou a versão Team ProtoMan ou a versão Team Colonel. E ainda pode criar dois saves, para não ter que jogar uma de cada vez. A interatividade do game também aumentou, com novos modos multiplayer, e a conectividade com os jogos Boktai permanece, dessa vez por meio do Slot 2 do DS.
Graficamente falando, o jogo se manteve praticamente o mesmo, exeto pelo belo modelo 3D do seu NetNavi que fica na tela de baixo, que corresponde a tela do PET. Os menus também foram todos reestilizados, dando suporte à tela de toque e ao uso da stylus, uma melhoria muito bem vinda. Praticamente tudo é acessível pela tela do toque, mas não é necessário o uso da mesma, o que, pelo menos para mim, é bastante significativo, pois não te força a usar um tipo de jogabilidade que você não queira. Alguns menus também foram reorganizados, como os E-mails, os Key Itens e até mesmo a interface do Chip Folder.
A parte sonora é bem agradável, com musicas bem legais e uma boa dublagem dos personagens. Apesar de que, pelo menos a meu ver, as vozes do jogo são muito ruins. O protagonista Lan tem uma voz desnecessariamente grossa, o que fica meio estranho por não bater com a imagem do personagem. Mas creio que não havia nada a ser feito sobre isso, pois são as vozes oficiais da dublagem americana do anime.
No quesito jogabilidade, o game também não peca. Os comandos são rápidos, e durante a batalha são bem precisos. A adição dos botões X e Y também foi muito bem feita.
Acho que uma dúvida que as pessoas podem ter em relação a esse game é: Vale a pena comprá-lo mesmo já tendo jogado as versões de GBA? Na minha sincera opinião, vale. Apesar de basicamente ser o mesmo game, as melhorias que a versão de DS traz são muitas e todas positivas.
A série Battle Network, assim como Legends e Star Force, é vista com muito preconceito dos fãs do robozinho azul, por não seguirem o padrão side scrolling da série. A meu ver, isso é uma tremenda bobagem, pois são todos ótimos jogos. E não podemos reclamar muito não, porque apesar da Capcom ter criado essas séries, nunca abandonou o estilo plataforma de MegaMan, e é isso que importa.
O enredo do jogo é muito bom. Na verdade, o enredo dessa série inteira é muito bom na minha opinião. Tudo começa quando Dr. Hikari, pai de Lan, renomado cientista do SciLab, chama Lan e seus amigos para fazer uma visita ao seu laboratório para mostrar-lhes sua nova descoberta. Quando os garotos chegam ao SciLab, algo terrível acontece: Dr. Regal, líder da Nebula, invade o centro de pesquisas, levando consigo o pai de Lan e os PETs de seus amigos como reféns. A partir daí, a organização Neblua começa a dominar diversas áreas da Net. Depois de um tempo, Chaud (ou Baryl, dependendo da versão que esteja jogando) convoca Lan e MegaMan para formarem uma espécie de "Resistência" contra a Nebula, e, de quebra, salvar o pai de Lan e os NetNavis de seus amigos. Agora cabe a Lan, MegaMan e o resto do time salvarem não só a Net, como também o mundo.
Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8
Som: 8,5
Diversão: 9
Replay: 9,5
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Como já disse, esse é um dos meus jogos preferidos. Acho que as pessoas deveriam esquecer esse preconceito sobre o jogo, por ser um MegaMan não-plataforma, e experimentá-lo antes de falarem alguma coisa. O robozinho azul, que já se consagrou há muito tempo no gênero plataforma, se mostrou muito competente no gênero RPG também.
Esse é, sem a menor sombra de dúvidas, um dos meus jogos preferidos, tanto a versão de GBA quanto a versão de DS. O jogo é uma espécie de "Remake" das versões de GBA, intituladas "MegaMan Battle Network 5: Team ProtoMan/Team Colonel", ambas lançadas no mesmo ano.
Se trata basicamente do mesmo jogo, mas com algumas singelas diferenças, como a adição de vozes aos personagens principais (Lan, MegaMan e os outros NetNavis), adição de mais alguns portraits para os personagens, adição do Party Battle System (muito bem vindo, diga-se de passagem), alguns elementos em 3D, mapas para as áreas da Net... Enfim, inúmeras melhorias para os já bons jogos originais.
A maior vantagem desse game é o fato dele ter dois jogos em um. Exatamente, você pode escolher jogar ou a versão Team ProtoMan ou a versão Team Colonel. E ainda pode criar dois saves, para não ter que jogar uma de cada vez. A interatividade do game também aumentou, com novos modos multiplayer, e a conectividade com os jogos Boktai permanece, dessa vez por meio do Slot 2 do DS.
Graficamente falando, o jogo se manteve praticamente o mesmo, exeto pelo belo modelo 3D do seu NetNavi que fica na tela de baixo, que corresponde a tela do PET. Os menus também foram todos reestilizados, dando suporte à tela de toque e ao uso da stylus, uma melhoria muito bem vinda. Praticamente tudo é acessível pela tela do toque, mas não é necessário o uso da mesma, o que, pelo menos para mim, é bastante significativo, pois não te força a usar um tipo de jogabilidade que você não queira. Alguns menus também foram reorganizados, como os E-mails, os Key Itens e até mesmo a interface do Chip Folder.
A parte sonora é bem agradável, com musicas bem legais e uma boa dublagem dos personagens. Apesar de que, pelo menos a meu ver, as vozes do jogo são muito ruins. O protagonista Lan tem uma voz desnecessariamente grossa, o que fica meio estranho por não bater com a imagem do personagem. Mas creio que não havia nada a ser feito sobre isso, pois são as vozes oficiais da dublagem americana do anime.
No quesito jogabilidade, o game também não peca. Os comandos são rápidos, e durante a batalha são bem precisos. A adição dos botões X e Y também foi muito bem feita.
Acho que uma dúvida que as pessoas podem ter em relação a esse game é: Vale a pena comprá-lo mesmo já tendo jogado as versões de GBA? Na minha sincera opinião, vale. Apesar de basicamente ser o mesmo game, as melhorias que a versão de DS traz são muitas e todas positivas.
A série Battle Network, assim como Legends e Star Force, é vista com muito preconceito dos fãs do robozinho azul, por não seguirem o padrão side scrolling da série. A meu ver, isso é uma tremenda bobagem, pois são todos ótimos jogos. E não podemos reclamar muito não, porque apesar da Capcom ter criado essas séries, nunca abandonou o estilo plataforma de MegaMan, e é isso que importa.
O enredo do jogo é muito bom. Na verdade, o enredo dessa série inteira é muito bom na minha opinião. Tudo começa quando Dr. Hikari, pai de Lan, renomado cientista do SciLab, chama Lan e seus amigos para fazer uma visita ao seu laboratório para mostrar-lhes sua nova descoberta. Quando os garotos chegam ao SciLab, algo terrível acontece: Dr. Regal, líder da Nebula, invade o centro de pesquisas, levando consigo o pai de Lan e os PETs de seus amigos como reféns. A partir daí, a organização Neblua começa a dominar diversas áreas da Net. Depois de um tempo, Chaud (ou Baryl, dependendo da versão que esteja jogando) convoca Lan e MegaMan para formarem uma espécie de "Resistência" contra a Nebula, e, de quebra, salvar o pai de Lan e os NetNavis de seus amigos. Agora cabe a Lan, MegaMan e o resto do time salvarem não só a Net, como também o mundo.
Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8
Som: 8,5
Diversão: 9
Replay: 9,5
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Nota final: 9
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Comentário final: Como já disse, esse é um dos meus jogos preferidos. Acho que as pessoas deveriam esquecer esse preconceito sobre o jogo, por ser um MegaMan não-plataforma, e experimentá-lo antes de falarem alguma coisa. O robozinho azul, que já se consagrou há muito tempo no gênero plataforma, se mostrou muito competente no gênero RPG também.
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