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sábado, 29 de agosto de 2009

Review: Pokémon Crystal Version (GBC)

Review: Pokémon Crystal Version (2001, Game Boy Color)



O ano é 1999. Pokémon era (e ainda é) uma febre, tanto no Japão quanto no resto do mundo, desde o lançamento de Pokémon Red e Green, em 1996 no Japão, Pokémon Red e Blue, em 1998 no ocidente, e mais posteriormente, Pokémon Yellow em 98 no oriente e 99 no ocidente.
Eis então que surge a nova geração de monstrinhos, com o lançamento das versões Gold e Silver! Os 151 antigos agora somam mais 100, totalizando 251! Uma nova região é adicionada, dando início à expansão do universo da franquia, e um novo protagonista é adicionado, Gold. Além dessas mudanças no universo do game, as evoluções tecnológicas eram notáveis. A franquia se mudou do monocromático Game Boy para o universo colorido do Game Boy Color e seus 16 bits. Os sprites tinham uma melhor resolução, os efeitos de ataque eram mais bonitos, e o jogo agora era muito mais colorido.
Mas, assim como Red, Blue e Green receberam uma "expansão", Yellow, Gold e Silver também o fez. Em dezembro de 2000, o Japão recebe o então mais novo jogo da série, Pokémon Crystal, que chega ao ocidente em julho do ano seguinte, levando ao Game Boy Color o jogo que é considerado até hoje como o melhor capítulo de Pokémon de todos os tempos. Vamos tentar entender o por quê, já que finalmente chegamos no foco dessa review.

Pokémon Crystal foi, sem dúvidas, a versão que mais trouxe adicionais fixos à franquia, isto é, foi a que mais adicionou coisas que se tornaram padrão nos jogos posteriores. Foi o primeiro game da série a trazer uma protagonista feminina, algo que é comum nas versões atuais. Foi também o primeiro game a trazer animações dos sprites dos monstrinhos, algo que, exceto por Ruby, Sapphire, FireRed e LeafGreen, também está presente nos jogos posteriores. Battle Tower? Nasceu aqui, também. Isso sem contar as novidades já antes introduzidas por GS, o que nos leva à conclusão de que a segunda geração, popularmente conhecida como GSC, ou Geração Metálica, foi a geração que mais adicionou coisas permanentes à franquia. Aliás, com exceção dos Efforts e da Battle Frontier, que é uma "evolução" da Battle Tower, foi GSC que acrescentou todos os elementos que não haviam em RGBY e estão na série até hoje. Estou dizendo essas coisas para tentar mostrar a importância desses dois jogos para a franquia, e tentar explicar de algum modo o motivo desses serem considerados como "os melhores jogos Pokémon" até hoje, quase 10 anos após o lançamento.

O enredo do game permanece praticamente o mesmo de Gold & Silver: 3 anos após os acontecimentos em RGBY, uma nova jornada se inicia na cidade de New Bark, situada no continente de Johto, vizinho de Kanto, local onde se passam os primeiros games da série. No comando de não um, mas dois novos protagonistas, Gold e Kris, você deve percorrer todo o continente, em busca de 8 novas insígnias para então desafiar a nova Elite 4, visando se tornar o novo mestre Pokémon! Mas não acaba por aí: Depois de enfrentar a Elite 4, o jogador ganha acesso à Kanto, área dos jogos anteriores, mas um pouco diferente devido ao passar do tempo. Então, você pode pegar mais 8 insígnias, totalizando 16, e enfrentar Red, o protagonista dos jogos anteriores, no topo da Mt. Silver. Isso torna Pokémon Gold, Silver e Crystal como os games que, de longe, possuem o maior número de ginásios e de terreno para se explorar, até hoje. O diferencial é a história, muito bem elaborada por sinal, envolvendo o pokémon lendário Suicune e Eusine, um homem que sonha em capturar a mística criatura. Isso torna o enredo um pouco mais profundo do que o das duas versões anteriores, sendo um diferencial e tanto.

Graficamente falando, o jogo evoluiu extremamente desde a geração anterior, e usa muito bem a capacidade do portátil. Em relação à Gold & Silver, Crystal está bem mais polida, com algumas colorações dos sprites arrumadas e animações bem feitas dos pokémon no início das batalhas. Os efeitos visuais dos ataques também evoluíram bem desde a geração passada, mas nada de diferente das duas últimas versões.

A jogabilidade se mantém a mesma, o que de maneira alguma é algo ruim. A franquia como um todo tem uma jogabilidade muito boa, e essa não é uma exeção. Outra adição interessante dessa geração é a mochila, que agora é dividida em seções. Isso facilita, e muito, a vida dos jogadores, que não precisam mais se preocupar em misturar seus TMs com suas Poké Balls. Além disso, agora os TMs e HMs são identificados, ou seja, você não precisa "ameaçar" de usá-los o tempo todo pra saber qual é qual. A divisão dos bolsos é muito boa, e cada item fica em seu lugar, facilitando pra encontrar mais rapidamente o que você quer.

A parte sonora se mantém a mesma das versões anteriores. Musicas-tema de cidades, tema de batalha, entre outros, primorosos. As músicas mais marcantes da franquia, na minha opinião. Os pokémon, por outro lado, continuam com "vozes" de discador de internet. Mas, no final das contas, isso nem chega a ser algo ruim, tanto que permanece até hoje, e os fãs já se acostumaram.

Nessa versão, são 251 monstrinhos no total. A temática da série, "temos que pegar", mantém-se firme e forte, como sempre. Isso faz com que o jogador passe um bom tempo se esforçando para completar toda a PokéDex (na minha opinião, a parte mais divertida do game), e seja obrigado a ter as outras versões ou pelo menos tenha um amigo com elas, já que existem monstrinhos exclusivos de cada uma. Jogada de mestre da Nintendo, diga-se de passagem. O objetivo de capturar e treinar um número consideravelmente grande de mostrinhos aumenta bastante o fator replay do game, e quanto ao fator diversão, nem preciso comentar, certo?

Enfim, Pokémon Crystal é, até agora, a melhor versão de Pokémon que existe, para mim e para muitos outros fãs da franquia. Apesar de um sistema de efforts mais precário, o jogo é praticamente perfeito, e conta com tudo que um game Pokémon precisa. Além de ter sido lançado no auge do sucesso da franquia, portanto é a geração com monstrinhos mais legais, sem as aberrações atuais.


Avaliação:
Gráficos
: 10
Jogabilidade: 10
Som: 9,5
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final: Como já citei, o melhor game de Pokémon até o momento. Será que os remakes de Gold & Silver vão superar?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Review: The Legend of Zelda: Oracle of Seasons (GBC)

Review: The Legend of Zelda: Oracle of Seasons (2001, Game Boy Color)



Um dos primeiros games da série Zelda a ser produzido por outra produtora senão a Nintendo. E podemos dizer que a Capcom fez um exelênte trabalho nesse capítulo em especial.

Oracle of Seasons é um dos três capítulos de uma pequena trilogia de jogos da série Zelda lançados para o Game Boy Color, que se inicia em Link's Awakening DX, e se encerra depois com o lançamento de Oracle of Seasons & Oracle of Ages.

Apesar dos nomes e enredos semelhantes, Ages e Seasons não são games iguais. Muito pelo contrário, são quase 100% distintos entre si. São até mesmo dois objetivos diferentes (embora semelhantes)! Em Seasons, sua missão é restaurar o equilíbrio das estações do ano, e salvar Din, o oráculo das estações. Já em Ages, seu objetivo é estabilizar o tempo, e salvar Nayru, o oráculo das eras.

Os três games possuem visuais bem semelhantes. Embora pareçam extremamente simplórios para os padrões atuais, não eram nada feios para o console. Lembre-se de que estamos falando do Game Boy Color, não é mesmo?

Deixando os outros dois games de lado um pouco, vamos nos focar em Seasons. Escolhi fazer uma análise de Seasons porque este foi o primeiro da trilogia que joguei, o que mais gostei e também um dos primeiros games da série Zelda que tive a oportunidade de por as mãos. O enredo do game é muito bom e bem elaborado, deixando de lado o objetivo de salvar a Princesa Zelda (tá bom que você tem que salvar Din, que é quase a mesma coisa...). Você controla Link, que aparence misteriosamente em uma ilha. Lá, Link conhece a bela dançarina Din e seu grupo de músicos. Enquanto todos festejavam felizes, algo terrível acontece... O vilão Onox aparece e sequestra (agora sem trema, lol) Din, com o objetivo de obter o controle das quatro estações (caso não se lembre, Primavera, Verão, Outono e Inverno). É então que você discobre que Din não é uma simples bailarina, mas sim o Oráculo das Estações, e é ela a responsável pelo equilíbrio das quatro. Com Din fora de cena, as quatro estações entram em caos, variando de um lugar para o outro. Cabe a você, como sempre, reestabilizar o equilíbrio do planeta, e para isso você terá que obter o Bastão das Estações e o poder de controlar as quatro.

Os cenários são muito bem detalhados (novamente, levando em consideração o poder do hardware). Alguns lugares são sempre inverno, por exemplo. Mas outros, como a cidade principal, variam de estação cada vez que você os acessa. Isso, obviamente, interfere no cenário, fazendo algumas interaçõees significantes como a planta que te faz pular na primavera, as árvores com frutos que só nascem no outono ou os lagos que congelam no inverno. O som do game, como é padrão da franquia, foi muito bem elaborado. Músicas interessantes e efeitos sonoros é o que não falta.


A jogabilidade é muito bem executada também. Você pode escolher em qual botão (A ou B) vai ficar cada um dos seus equipamentos, que variam des dos básicos "espada e escudo" até itens mais elaborados e interessantes. Falando em itens interessantes, os anéis são um aspecto que deve ser levantado. Cada um gera um efeito distinto, e você pode carregar apenas alguns por vez. Os efeitos variam desde fazerem aparecer Rupees mais facilmente e até te transformar num Octorok ou Like-Like! É claro que a lista de efeitos diferentes é muito extensa, e se eu fosse citar todas levaria muito tempo, mas são itens realmente interessantes que merecem um pouco da atenção do jogador.

Como já citado, o enredo do game é muito bem elaborado, e os personagens carismáticos contribuem com isso. Temos a dorminhoca Great Deku Tree, que sempre está dormindo e prescisa que você a acorde, os Subrosians, seres que moram no submundo, e os carismáticos animais que Link usa como "transporte", um canguru com luvas de boxe e um gato voador.

Para finalizar, quero dizer que este é um game muito bom. Facilmente fica entre o hall da fama do falecido portátil. Caso você ainda tenha um Game Boy Color, vale a pena tirar o pó dele e tentar jogar esse jogo. Garanto que vai se divertir.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8,5
Som: 9
Diversão: 8,5
Replay: 7,5
-
Nota final: 8,5
-
Comentário final: Como eu disse, é um ótimo game da franquia. Pena que, não sei por quê, mas sempre que vejo algo relacionado a ele e sua outra versão, Oracle of Ages, Ages parece roubar toda a atenção... Realmente, não sei o motivo, ambos são bons.