Mostrando postagens com marcador 2008. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2008. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de julho de 2010

Review: The World Ends With You (NDS)

Review: The World Ends With You (2008, Nintendo DS)



Recentemente, fiz em meu outro blog uma eleição dos melhores títulos do Nintendo DS. Como vocês podem conferir clicando lá, dei à The World Ends With You o primeiro lugar no meu ranking pessoal.

E como alguns também já tinham visto, eu já havia feito uma análise sobre esse jogo. Acontece que eu achei aquela análise muito pobre, dada a magnitude do jogo, então resolvi fazer uma "re-review" do game.

Aliás, pretendo fazer isso com várias outras reviews aqui do blog.

Deixando tudo isso de lado, vocês podem estar se perguntando: será que TWEWY merece mesmo a primeira posição do ranking?

Na verdade, acho que a pergunta correta seria: "por que TWEWY merece o primeiro lugar?"

E é isso que vamos descobrir agora!



Em primeiro lugar, The World Ends With You realmente não é um jogo para todos. Àqueles que buscam uma diversão descompromissada, recomendo passar longe do título, pois caso queira tirar o melhor proveito do jogo, será necessário dedicar um pouco do seu tempo única e exclusivamente para ler diálogos.

É claro que TWEWY não possui tantos diálogos quanto um game da série Persona, por exemplo, mas mesmo assim ainda são muitos. Felizmente, aquele que se dedicar a ler com atenção todas as conversas do game se deparará com um enredo muito bem construído, interessante e que muito provavelmente irá te prender no jogo até que o mesmo acabe.

Sendo assim, você nem irá perceber mais o tempo que passará unicamente lendo. Eu, por exemplo, ansiava pelos momentos de conversa do jogo, pois o que realmente me prendeu no game foi seu enredo.

A história roda em torno de Neku Sakuraba, um garoto extremamente anti-social que, um dia, acorda sem memórias no meio de um cruzamento movimentado do distrito de Shibuya, no Japão (ah, só para lembrar: Todo o jogo é ambientado no distrito de Shibuya, uma localidade real do Japão). Neku percebe que tem consigo um botton que nunca havia visto antes, e, quando o pressiona na palma de sua mão, consegue ouvir os pensamentos de todas as pessoas ao seu redor.



Como se não bastasse estar confuso sobre o porquê daquele bottom estranho estar com ele, criaturas estranhas parecidas com sapos começam a aparecer do nada e o atacam, mas ninguém ao seu redor parece se importar com isso.

E é então que surge Shiki, que apesar de não saber muito mais do que você sobre o que está acontecendo ali, pede a Neku para que forme uma parceria com ela, para que ambos possam derrotar aqueles bichos estranhos e sobreviver.

Depois da batalha (que traz um breve tutorial sobre o confuso esquema de luta, trato dele depois), Shiki conta o pouco que sabe para Neku sobre o Reaper's Game.

E é nesse rítmo meio acelerado que o jogo começa e se mantém por grande parte do jogo.

Obviamente, explicando tudo isso, o enredo do jogo perde grande parte da graça. Mas jogando, podemos perceber o quanto o mesmo é bem trabalhado e o quão bem os fatos são apresentados ao jogador. Nada é "jogado" na sua cara sem mais nem menos. Em grande parte do jogo, você sabe muito pouco a mais do que os personagens principais, e precisa descobrir o grande emaranhado de fatos confusos por si mesmo.

Devo dizer que achei o enredo do jogo um dos mais originais que já vi, principalmente para um RPG. Deixando de lado as temáticas batidas de eras medievais, no caso de JRPGs, ou ficção científica no caso dos RPGs ocidentais, TWEWY é mais focado em evolução emocional e comportamental dos personagens, e é por isso que você se sentirá tão apegado a eles durante o desenrolar do game.



Cada personagem tem uma história, uma motivação e m objetivo diferente dos demais, e com o desenrolar dos fatos você vai aprendendo a gostar de cada um deles, e até mesmo fica na expectativa para que um novo diálogo apareça para que você saiba um pouco mais da história de seu parceiro atual.

Deixando o enredo um pouco de lado (só um pouco, volto a falar um pouco mais dele depois), falemos então da jogabilidade, que é sem dúvida um dos pontos mais intrigantes e chamativos do game.

Sendo um JRPG, é de se esperar que seja pelo menos em turnos, certo? Bom, pense de novo. TWEWY passa muito longe de ser um RPG em turnos, muito pelo contrário. Durante as batalhas, a ação é completamente frenética. Primeiramente, você controla não um, mas dois personagens ao mesmo tempo e em tempo real. Apesar disso parecer bem complexo no começo (e é), não demorará muito para você se acostumar com o diferente sistema de batalhas. Na tela de baixo, o jogador controla Neku através da Stylus (ou do microfone, dependendo do Pin), e tem à sua disposição diversos Pins, que nada mais são do que ataques do personagem. Cada Pin possui um tipo diferente de jogabilidade, sendo que alguns exigem que você clique em algum lugar para disparar projéteis, outros pedem que você risque o inimigo com a caneta para que Neku execute um movimento de corte, alguns exigem que você sopre o microfone para criar ondas de som, enfim, existe uma infinidade de psychs (o nome dos poderes dos Pins) diferentes para você testar e decidir quais se encaixam melhor no seu estilo de jogo.

E como se isso já não fosse complexo o bastante, a tela de cima ainda é ocupada pela sua parceira Shiki, que deve ser guiado pelos botões direcionais, para completar uma sequência de ataques correspondentes a uma carta, que, quando efetuadas corretamente, dão acesso a um ataque especial que, além de tirar um grande dano de todos os inimigos da tela (que geralmente não são poucos), ainda recupera um pouco a sua barra de HP.



E por falar em barra de HP, você possui uma só para os dois personagens. Exatamente, tanto Neku quanto Shiki dividem a mesma vida, ou seja, não adianta se focar em enfrentar os inimigos apenas com um deles e deixar o outro abandonado, pois isso raramente fará algum efeito.

Por sorte, caso você ache controlar dois personagens simultaneamente complicado demais (e por que você acharia isso?), existe uma opção para fazer com que o computador tome conta do personagem na tela de cima por você, quando não estiver controlando-o. Isso sem dúvidas poupa algum trabalho, mas nem de longe é tão efetivo quanto controlá-lo você mesmo.

Achou o sistema de batalha muito complicado e difícil de se dominar? Não se preocupe, pois ele realmente é. Porém, como já foi dito, não é nada impossível de se acostumar, e em bem pouco tempo você já estará completamente apto a fazer isso naturalmente.

Falemos um pouco da parte gráfica do jogo agora. O visual não é nada de excepcional, mas ainda é bem agradável. O design dos personagens é feito por ninguém menos do que Tetsuya Nomura, que caso você não saiba, é responsável por desenhar os personagens de grandes jogos da Square como Final Fantasy VII, VIII, X, entre vários outros episódios e a série Kingdom Hearts.

A parte sonora também tem seu brilho. Composta em grande parte de músicas cantadas que passam muito bem o estilo do jogo, o game conta com várias faixas de J-POP de deixar muito anime com inveja. Além, claro, de várias músicas instrumentais compostas por ninguém menos que Takeharu Ishimoto, responsável também por faixas de grandes franquias como Final Fantasy, Kingdom Hearts, entre vários outros.

Ou seja, tanto o visual quanto o áudio ficaram em ótimas mãos.

Ah, e só para constar, estou ouvindo o CD com a trilha sonora agora mesmo.



E além de tudo isso, grande parte do jogo é dublada. E muito bem, diga-se de passagem. Apesar da dublagem ser inglesa (o que, se tratando de jogos japoneses geralmente é algo péssimo), ela é bem característica e fluída, coisa rara em jogos traduzidos do japonês para o inglês.

A jogabilidade fora das batalhas é bem simples. Guie Neku através das áreas da cidade com o direcional ou clicando com a Stylus, o que você preferir. Clicando no ícone do Player Pin que fica no canto inferior direito da tela, você tem a chance de ler os pensamentos de quase todos os transeuntes, o que se mostra necessários para resolver alguns enigmas do game e para obter informações importantes.

De qualquer forma, The World Ends With You tem muito conteúdo para te deixar ocupado por um bom tempo. Terminou o modo história? Não se preocupe, o jogo tem vários extras para serem coletados, alguns deles inclusive para te ajudarem a entender melhor a história do jogo que, mesmo após você ter finalizado, ainda ficou meio confusa na sua cabeça.



Além disso, há um outro capítulo especial chamado "Another Day", que traz um bocado de coisa nova para se fazer, numa história paralela a do jogo em si. E talvez seja aí que este extra peca: não tendo relação com a história, o capítulo se torna pouco atrativo para os que, assim como eu, jogaram o jogo todo principalmente pelo enredo.

E, se você não está afim de nada disso, ainda pode ficar brincando no mini-game de Tin Pin Slammer, um joguinho que parece uma mistura de futebol de botão com BeyBlade (sim, é bem estranho).

Mesmo assim, o jogo possui conteúdo suficiente para ocupar o Slot 1 do seu DS por um bom tempo. Existe uma quantidade absurda de Pins para serem coletados, sendo que a maioria deles evolui, e alguns de formas diferentes do convencional ganho de experiência das batalhas, pois o tempo que você passa com o jogo desligado, se converte em experiência para os Pins quando você ligá-lo novamente.

Enfim, é meio difícil descrever a grandiosidade de TWEWY. Tudo fica muito mais fácil de ser compreendido quando jogamos o título, e recomendo que todos o façam. Obviamente, como nem todos gostam do vermelho, nem todos se sentirão muito atraídos pelo título, mas existem muito mais chances de você ser, principalmente se estiver procurando por uma experiência completamente diferente no seu DS.

Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10
Enredo: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final:
Com certeza, uma das melhores experiências que se pode ter no DS. O que mais chama a atenção é a evolução dos personagens no decorrer dos fatos, e o desenrolar da história é realmente cativante.

Pontos fortes: Enredo, sistema de batalhas diferente de tudo

Pontos fracos: É relativamente curto

Vídeo:





See ya!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Review: Rock Band 2 (Wii)

Review: Rock Band 2 (2008, Nintendo Wii)



Como vocês podem perceber, sou um grande fã de jogos rítmicos/musicais. Aliando isso ao meu gosto musical mais voltado ao bom e velho Classic Rock, posso afirmar que sempre fui um fã da série Guitar Hero.

Isto é, até o momento em que eu conheci a franquia Rock Band (que, convenhamos, é muito menos difundida do que a série Guitar Hero), e percebi como estes jogos da Harmonix são mais bem feitos do que os games dos heróis da guitarra. Possuindo um visual com um acabamento infinitamente melhor, um design mais atraente, uma playlist mais variada, uma jogabilidade mais precisa, entre tantas outras qualidades, é impossível não gostar de Rock Band.

Confesso que depois que conheci melhor esta "nova" franquia, os jogos da série Guitar Hero perderam muito o prestígio que eu tinha por eles. Veja bem, estamos falando de um jogo que foi lançado em 2008, mas que possui um gráfico praticamente igual no Wii e nos consoles HD, coisa que o novo Guitar Hero 5 não faz nem de longe. Ok, temos uma animação um pouco mais precária aqui e acolá, um pouco de cabelo atravessando os personagens mas até aí, nada chega a atrapalhar de fato a diversão que o game proporciona, principalmente quando temos a oportunidade de ver uma animação tão precisa de notas e baquetadas, só ficando atrás mesmo de The Beatles: Rock Band que, por sinal, é da mesma série. Não me espanta que o jogo do quarteto de Liverpool seja o melhor game musical já feito. O visual tem um nível de detalhes satisfatório, tanto dos personagens quanto dos cenários, que por sua vez, são muitos, e todos bem feitos.

Deixando um pouco as comparações de lado (quero esclarecer que em momento algum quero desmerecer a série Guitar Hero, mas comparações são inevitáveis), vamos falar um pouco da playlist do game em questão. São 84 músicas de gêneros completamente diferentes, indo de Classic Rock ao Metal, passando pelo Emo e o Pop-Rock. Ponto para a Harmonix, que percebeu que nem todos os fãs de jogos musicais necessariamente são atraídos por músicas mais pesadas. Isso trás tanto jogadores que curtem essas musicais mais pauleiras quanto pessoas que gostam de umas músicas mais calmas. Além disso, muitas bandas que estão presentes no game não são muito famosas, o que nos incentiva a conhecer novas bandas.

Quanto à jogabilidade, não há muita coisa a se dizer. Rock Band (o primeiro) reinventou este estilo de jogo adicionando a bateria e o microfone à fórmula dos primeiros Guitar Hero (que, para quem não sabe, na época também eram desenvolvidos pela Harmonix), o que foi uma adição muito boa. Para alguns, um ponto negativo do jogo é a obrigatoriedade de um periférico para desfrutar totalmente do game, mas eu particularmente não vejo muitos problemas nisso, ainda mais no Wii (quem já tentou jogar Guitar Hero III no WiiMote sabe do que estou falando). Os periféricos possuem uma precisão muito boa, além de um acabamento muito bem feito (no entanto, confesso que utilizo os instrumentos que vieram no meu The Beatles: Rock Band Special Venue Edition. Beatles eternos!).

Um ponto positivo que não posso deixar de citar é o microfone. A precisão do vocal é muito boa, infinitamente superior à da série Guitar Hero, que chega a ser frustrante. Aqui, é muito difícil você errar alguma coisa por conta de problemas no game e não por falta de habilidade. Novamente, só fica atrás do game do Fab Four, mas isso não importa, sendo que Rock Band 2 veio antes.

Uma característica dessa franquia que eu acho muito positiva é a escassez de títulos. Exatamente, não há muitos jogos da série disponíveis, pois a maioria das inclusões de faixas é feita por meio de DLCs, sendo boa parte deles pagos. São apenas três títulos da série até agora, sendo eles Rock Band, Rock Band 2 e The Beatles: Rock Band. Além desses, Green Day: Rock Band e Rock Band 3 já foram anunciados. Isso faz com que o jogador enjoe menos da série, e não torna necessário que você compre um jogo novo a cada seis meses, um sinal óbvio de que uma franquia se tornou um caça-níqueis.

Como é de conhecimento geral, jogos desse gênero possuem um nível de diversão altíssimo, e um fator replay quase infinito (para os fãs do estilo, claro). Mesmo sabendo disso, a Harmonix decidiu incluir um modo de criação de personagens que, sinceramente, é muito completo. Apesar de não podermos customizar muito a face dos nossos rockstars, a enorme gama de roupas e instrumentos disponíveis para compra mais do que compensa por isso. Na hora de criar seu personagem, tudo é muito fácil e intuitivo, e com tantos modelitos disponíveis, é muito difícil encontrarmos dois personagens iguais, a não ser que isso seja proposital. Além de escolher as roupas, instrumentos e acessórios, ainda é possível mudar a cor de tudo isso, tornando a customização ainda maior. Ver sua banda toda com roupas combinando é algo que definitivamente é legal.

O título conta com vários modos de jogo. Para os que querem habilitar músicas (pois neste game, não temos todas as canções abertas desde o começo) e ver sua banda atingir níveis de fama incríveis, o modo World Tour é ideal. Para os que curtem um desafio, há todo um modo para isso também, com recompensas e tudo o que se tem direito. E, claro, para os que querem curtir com os amigos, temos diversos modos multiplayer online e offline. É possível até mesmo incluir alguém da rede na sua banda, para que você continue completando os desafios, ou você mesmo entrar na banda de alguém e ajudá-los.

Assim como em The Beatles: Rock Band, o online é perfeito, e qualquer slowdown é muito raro. O jogo flui normalmente, e nem mesmo o loading demora mais para acontecer; parece até que estamos jogando em multiplayer local. Porém, falando em online, não posso deixar de comentar algo que pode ser muito frustrante para alguns. Sempre que você tentar jogar em qualquer modalidade, mesmo que seja sozinho, o jogo vai tentar se conectar com a internet. E, caso você não tenha acesso à net, vai demorar bastante até que o jogo diga que não conseguiu se conectar. Isso pode atrasar a jogatina, e chega a causar frustrações às vezes.

Ainda falando sobre o modo online, vale dar destaque à algo muito legal que a Harmonix preparou para os jogadores. Quando você se conecta à internet pela primeira vez, você ganha, além do seu Friend Code, um código chamado Web Code. Esse código deve ser incluído junto com o número do seu Wii (você pode consultá-lo no menu do video game) no próprio site do Rock Band, e ter acesso à todos os dados da sua conta no site, como suas bandas, seus personagens, etc. E além disso, é possível criar imagens com seus personagens, fazer várias cenas diferentes, fazer produtos como camisetas, bottons, e até mesmo mandar fazer um modelo em miniatura do seu rockstar, com instrumentos e tudo. Ponto positivo para a Harmonix pela interatividade!

Não importa que tipo de jogador você é. Seja casual ou hardcore, metaleiro ou rockeiro, Rock Band 2 foi feito para você. E se você não conhece a série Rock Band ainda, fica a dica, vale muito a pena.

Avaliação:
Gráficos:
8
Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 9
Replay: 9,5
Enredo: 7
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Como fã de jogos rítmicos/musicais, Rock Band 2 é um dos melhores que já tive a chance de jogar. Elevando o gênero a um patamar em que Guitar Hero jamais esteve, Rock Band inovou o estilo com mudanças muito bem-vindas.

Pontos fortes: Variedade de músicas grande, jogabilidade precisa e desafio na medida certa

Pontos fracos: O jogo tenta se conectar com a internet o tempo todo, o que pode ser chato; perder fãs por sair das playlists é algo que atrapalha também

Vídeo:




--------------------

Pessoal, desculpem a falta de imagens, devido a alguns problemas vou ter que adicioná-las mais tarde.


See ya!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Review: Mario Kart Wii (Wii)

Mario Kart Wii (2008, Nintendo Wii)



A franquia de corrida mais famosa da Nintendo, depois de muito tempo de espera, finalmente ganhou a tão esperada versão para o atual console de mesa da Big N. Assim como a maioria das franquias de sucesso, todos estavam curiosos para saber como elas se sairíam no Wii, com sua jogabilidade diferente, principalmente os jogos de corrida, como é o caso de Mario Kart.

Mario Kart Wii tem suporte a três tipos diferentes de jogabilidade: A primeira e principal é chamada "Wii Wheel", que é quando se mantém o controle na posição horizontal, segurando-o como se fosse um volante, e geralmente envolto pelo volante de plástico que acompanha o game. Esse estilo de jogabilidade é o mais divertido, porém o mais complicadinho de se acostumar a usar. Os comandos são precisos, mas não tanto quanto nos outros modos de jogabilidade, ficando um pouco mais complexo para se fazer as curvas e um tanto quanto difícil para executar as Tricks ou empinar nas motos. A segunda é com o combo WiiMote+Nunchuck, em que o comando é basicamente igual ao do terceiro modo, em que se joga com o GameCube Controller. A única diferença é que para executar Tricks ou empinar, basta chacoalhar o WiiMote. Esses dois modos de jogabilidade são perfeitos, com comandos simples e respostas rápidas.

Por falar nas motos, foi outra grande idéia do título. A inclusão de motos e suas diferenças quando comparadas aos karts adiciona mais alguns pontos ao game. A variedade de veículos se tornou bem maior nessa versão, algo que é muito bom. O diferencial das motos basicamente é que elas podem empinar, e assim ganhar um boost temporário de velocidade.

O grafismo do jogo é muito bonito, com personagens bem modelados e cenários bem coloridos. Até mesmo os cenários de jogos antigos foram retrabalhados e refeitos num estilo novo, deixando-os bem atraentes.

O modo online do game é primoroso. De todas as vezes que eu joguei, não houve sequer um lag, tanto aqui em casa como quando levei meu Wii à casa do meu amigo, que tem uma internet fraca. Mas o destaque mesmo vai para a ausência dos Sneakers, famosos por terem "estragado" o modo online da versão de DS com seu modo de jogar injusto. No Wii, não é possível fazer Sneaking. Possível até é, mas é bem complicado e não é tão apelativo quanto na versão de DS. O modo online desse game é o principal responsável pelo fator replay do jogo, elevando-o ao máximo. O sistema de pontuação do jogo também é algo muito interessante, e não importa se você chega em primeiro ou em último, ainda é possível ganhar ou perder pontos, pois isso depende da sua performance e não da sua colocação.

A parte sonora do game também é muito boa, com as músicas temas das fases bem interessantes e "pegajosas", por assim dizer. A questão do som sair do WiiMote foi muito bem utilizada, e dá uma imersão maior no jogo.

O fato é que Mario Kart é Mario Kart, praticamente um sinônimo de diversão. Seja jogando multiplayer local, multiplayer online, ou até mesmo sozinho, pode ter certeza que você terá grandes momentos de diversão em grupo ou sozinho. Eu joguei, aprovei, e recomendo!

Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Som: 8,5
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Realmente, um ótimo jogo para se jogar com os amigos. Sempre rende boas risadas e momentos de diversão em conjunto! Digo até que é um titúlo quase indispensável na coleção de qualquer proprietário de Wii.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Review: Meccha! Taiko no Tatsujin DS: 7-tsu no Shima no Daibouken (NDS)

Meccha! Taiko no Tatsujin DS: 7-tsu no Shima no Daibouken (2008, Nintendo DS)



Uau, mas que nome grande! Vamos chamá-lo só de Taiko 2, por ser o segundo game da série para o DS, pra facilitar.

Deixando o nome do game de lado, Taiko 2 foi uma das melhores experiências que tive a oportunidade de jogar no meu Nintendo DS. Apesar do game estar em japonês, isso não interfere em nada na diversão, pois o game é de música, tudo é muito intuitivo e a maioria das coisas é ilustrada.

Como o nome indica, é um game de bateria ("Taiko no Tatsujin" traduzido para o inglês significaria algo como "Taiko Drum Master", e Taiko é o nome de uma espécie de tambor japonês). O game consiste em uma espécia de Guitar Hero, com as notas vindo numa espécie de "barra" lateral e você tendo que tocá-las quando elas alcançam o final, bem simples mesmo. A jogabilidade pelos botões pode ser configurada de várias maneiras diferentes, ou você pode simplesmente optar por jogar pela touch screen, que fica mostrando um tamborzinho. Bata no tambor para reproduzir as notas vermelhas, fora dele para as azuis, no centro do tambor para reproduzir as vermelhas grandes e próximo às bordas para as azuis grandes. Sem mistérios.

Mas não deixe a aparente simplicidade enganar você; O modo Oni (comparável ao "expert" de GH, por assim dizer) e até mesmo algumas músicas do Hard podem fazê-lo perder a cabeça e fritar os dedos numa tentativa (às vezes frustrada) de passar a música. Apesar de conter apenas dois tipos de notas, geralmente elas aparecem em grande quantidade, e muito próximas umas das outras.

Um outro ponto alto do game é a customização. Ao logo do jogo, você adquiri muitas roupas que podem ser colocadas no seu Taiko, deixando ele do jeito que você quiser, além de poder trocar as cores dele. Para habilitá-las, deve-se realizar os mais variados tipos de objetivos, como passar músicas ou avançar no modo story, por exemplo.

A diferença desse game para o primeiro da série, além do repertório óbviamente, é a inclusão de uma espécie de modo "story". Nele, o jogador deve passar por 7 ilhas (que dão o nome ao game), e realizar os objetivos de cada uma. Mas, para passar por algumas fases, é necessário atender alguma condição especial, como usar uma roupa em específico ou algo assim. É aí que complica, pois o game está totalmente em japonês e fica muito difícil entender o seu objetivo, o que faz muitos desistirem desse modo por não saberem o que fazer. Mas, tecnicamente, isso não é um defeito do game. Não existe uma versão ocidental, o que é uma pena, pois esse é um dos melhores games do estilo. Algumas leves melhorias gráficas também aparecem na segunda versão, como detalhes no quarto do jogador e o estilo do tambor na tela de baixo.

O repertório do game é bem extenso, contando com músicas J-Pop, J-Rock, clássicas, temas de animes, músicas de game... Enfim, são vários estilos de músicas diferentes, mas é claro que tem que curtir músicas orientais para aproveitar o game, já que jogar sem som não tem a mesma graça.

Visualmente, o game não é nada de mais. E nem prescisa também, pois por se tratar de um game musical, o visual não é importante. Enquanto você toca, seu tambor personalizado fica em cima fazendo algumas caretas e movimentos, e em baixo da faixa com as notas ficam alguns personagens que servem como indicadores para saber se você está ou não indo bem na música. Apesar de não ser nada de mais, não é feio.

O game é divertido por extremo, fica entre os melhores jogos de DS na minha opinião, e fácil.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final: Um dos melhores games que já joguei no DS, e o melhor game musical que já vi. Mas cuidado: É viciante!

domingo, 7 de junho de 2009

Review: Tatsunoko vs. Capcom - Cross Generation of Heroes (Wii)

Tatsunoko vs. Capcom - Cross Generation of Heroes (2008, Nintendo Wii)



Você deve estar se perguntando: "WTF? Tatsunoko? Que diabos é isso?" Calma, eu explico. Tatsunoko é uma empresa de animação japonesa, responsável por grandes sucessos como Gatchaman, Yatterman e Speed Racer. Tá, talvez não tão grandes assim. É uma empresa muito antiga, por isso não é tão conhecida atualmente. Bom, você não prescisa saber muito mais do que isso sobre a empresa, se quiser se aprofundar mais pesquise no google. XD

Eis que surge mais um jogo no estilo Marvel vs. Capcom! Mas dessa vez, infelizmente, exclusivo do Japão. Tatsunoko vs. Capcom é um ótimo game de luta do Wii, que supre bem a falta de um Street Fighter IV (tá bom que não se pode comparar né, mas quem não tem cão caça com gato), já que o título ainda não deu (e provavelmente não dará) as caras no console branco da Nintendo.

Como o ótimo game que é, e com o grande número de pessoas na internet dizendo que comprariam o jogo (caso lançado no ocidente), você deve se perguntar o por quê da Capcom não lançar essa obra-prima por esses lados. A resposta é simples: Direitos autorais. No Japão, todos os personagens da Tatsunoko pertencem a uma só empresa (adivinhe qual é), mas no ocidente, os personagens estão espalhados por diversas marcas diferentes. Isso complica muito a utilização da imagem dos personagens no jogo, então torna-se muito complicado um lançamento ocidental. Mas a Capcom não afirmou que isso não vai acontecer, só afirmou que não está nos planos. Resta esperar que isso mude.

Graficamente falando, o jogo até que faz bonito. Os gráficos não são nada de excepcionais, mas também não são feios. Os efeitos visuais são bonitos, e dão um charme aos combates. Com relação aos personagens, a lista até que é bem extensa: são 22 ao total, sendo 11 da Tatsunoko e 11 da Capcom, com 4 secretos (2 de cada lado também). No começo, é normal que se escolha principalmente os do lado da Capcom, por serem rostinhos mais conhecidos para nós (principalmente Ryu, de Street Fighter), e que provavelmente sabemos jogar melhor (que atire a primeira pedra quem não sabe usar, pelo menos em teoria, o hadouken!). Com uma lista de rostinhos conhecidos, o lado da Capcom conta com, entre outros, Ryu, Chun-Li, MegaMan (RockMan), Roll e Morrigan. Como podem ver, nem todos são personagens de jogos de luta, porém suas técnicas foram bem adaptadas para essa função, como o fato de MegaMan usar várias armas diferentes (devido ao fato de ser o MegaMan de "MegaMan Legends" - seria isso um teste para um novo jogo da série?) e Roll usar uma vassoura e balde. Já do lado da Tatsunoko, personagens não tão conhecidos pela sua idade como Gatchaman, Yatterman, e outros-man da vida.

Em som, o jogo também não peca. Tem diversas músicas, com cada personagem tendo a sua em específico, e Roll tem até uma música cantada. A jogabilidade com o combo Wii-Mote + Nunchuck não é boa (soltar hadouken apenas apertando B é imperdoável), mas com o GameCube Controller é excelênte. O jogo oferece suporte também ao Classic Controller.

O jogo parece ser tipo um "subistituto de SFIV", não que ele seja comparável à tal, mas é bem legal e diverte. Agora, resta saber se a Capcom vai ou não trazer isso para cá, resta torcer que sim.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 10
Som: 8,5
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Como citado antes, na falta de um SFIV, TvC é um bom jogo. E Cross-Overs são sempre uma boa pedida. E sou só eu ou mais alguém aí quer um MegaMan Legends 3? (RockMan Dash 3)

---------------------------------------

PS: Quando escrevi essa review, a um tempo atrás, a versão ocidental de TvC ainda não tinha sido anunciada.