terça-feira, 27 de julho de 2010

Review: The World Ends With You (NDS)

Review: The World Ends With You (2008, Nintendo DS)



Recentemente, fiz em meu outro blog uma eleição dos melhores títulos do Nintendo DS. Como vocês podem conferir clicando lá, dei à The World Ends With You o primeiro lugar no meu ranking pessoal.

E como alguns também já tinham visto, eu já havia feito uma análise sobre esse jogo. Acontece que eu achei aquela análise muito pobre, dada a magnitude do jogo, então resolvi fazer uma "re-review" do game.

Aliás, pretendo fazer isso com várias outras reviews aqui do blog.

Deixando tudo isso de lado, vocês podem estar se perguntando: será que TWEWY merece mesmo a primeira posição do ranking?

Na verdade, acho que a pergunta correta seria: "por que TWEWY merece o primeiro lugar?"

E é isso que vamos descobrir agora!



Em primeiro lugar, The World Ends With You realmente não é um jogo para todos. Àqueles que buscam uma diversão descompromissada, recomendo passar longe do título, pois caso queira tirar o melhor proveito do jogo, será necessário dedicar um pouco do seu tempo única e exclusivamente para ler diálogos.

É claro que TWEWY não possui tantos diálogos quanto um game da série Persona, por exemplo, mas mesmo assim ainda são muitos. Felizmente, aquele que se dedicar a ler com atenção todas as conversas do game se deparará com um enredo muito bem construído, interessante e que muito provavelmente irá te prender no jogo até que o mesmo acabe.

Sendo assim, você nem irá perceber mais o tempo que passará unicamente lendo. Eu, por exemplo, ansiava pelos momentos de conversa do jogo, pois o que realmente me prendeu no game foi seu enredo.

A história roda em torno de Neku Sakuraba, um garoto extremamente anti-social que, um dia, acorda sem memórias no meio de um cruzamento movimentado do distrito de Shibuya, no Japão (ah, só para lembrar: Todo o jogo é ambientado no distrito de Shibuya, uma localidade real do Japão). Neku percebe que tem consigo um botton que nunca havia visto antes, e, quando o pressiona na palma de sua mão, consegue ouvir os pensamentos de todas as pessoas ao seu redor.



Como se não bastasse estar confuso sobre o porquê daquele bottom estranho estar com ele, criaturas estranhas parecidas com sapos começam a aparecer do nada e o atacam, mas ninguém ao seu redor parece se importar com isso.

E é então que surge Shiki, que apesar de não saber muito mais do que você sobre o que está acontecendo ali, pede a Neku para que forme uma parceria com ela, para que ambos possam derrotar aqueles bichos estranhos e sobreviver.

Depois da batalha (que traz um breve tutorial sobre o confuso esquema de luta, trato dele depois), Shiki conta o pouco que sabe para Neku sobre o Reaper's Game.

E é nesse rítmo meio acelerado que o jogo começa e se mantém por grande parte do jogo.

Obviamente, explicando tudo isso, o enredo do jogo perde grande parte da graça. Mas jogando, podemos perceber o quanto o mesmo é bem trabalhado e o quão bem os fatos são apresentados ao jogador. Nada é "jogado" na sua cara sem mais nem menos. Em grande parte do jogo, você sabe muito pouco a mais do que os personagens principais, e precisa descobrir o grande emaranhado de fatos confusos por si mesmo.

Devo dizer que achei o enredo do jogo um dos mais originais que já vi, principalmente para um RPG. Deixando de lado as temáticas batidas de eras medievais, no caso de JRPGs, ou ficção científica no caso dos RPGs ocidentais, TWEWY é mais focado em evolução emocional e comportamental dos personagens, e é por isso que você se sentirá tão apegado a eles durante o desenrolar do game.



Cada personagem tem uma história, uma motivação e m objetivo diferente dos demais, e com o desenrolar dos fatos você vai aprendendo a gostar de cada um deles, e até mesmo fica na expectativa para que um novo diálogo apareça para que você saiba um pouco mais da história de seu parceiro atual.

Deixando o enredo um pouco de lado (só um pouco, volto a falar um pouco mais dele depois), falemos então da jogabilidade, que é sem dúvida um dos pontos mais intrigantes e chamativos do game.

Sendo um JRPG, é de se esperar que seja pelo menos em turnos, certo? Bom, pense de novo. TWEWY passa muito longe de ser um RPG em turnos, muito pelo contrário. Durante as batalhas, a ação é completamente frenética. Primeiramente, você controla não um, mas dois personagens ao mesmo tempo e em tempo real. Apesar disso parecer bem complexo no começo (e é), não demorará muito para você se acostumar com o diferente sistema de batalhas. Na tela de baixo, o jogador controla Neku através da Stylus (ou do microfone, dependendo do Pin), e tem à sua disposição diversos Pins, que nada mais são do que ataques do personagem. Cada Pin possui um tipo diferente de jogabilidade, sendo que alguns exigem que você clique em algum lugar para disparar projéteis, outros pedem que você risque o inimigo com a caneta para que Neku execute um movimento de corte, alguns exigem que você sopre o microfone para criar ondas de som, enfim, existe uma infinidade de psychs (o nome dos poderes dos Pins) diferentes para você testar e decidir quais se encaixam melhor no seu estilo de jogo.

E como se isso já não fosse complexo o bastante, a tela de cima ainda é ocupada pela sua parceira Shiki, que deve ser guiado pelos botões direcionais, para completar uma sequência de ataques correspondentes a uma carta, que, quando efetuadas corretamente, dão acesso a um ataque especial que, além de tirar um grande dano de todos os inimigos da tela (que geralmente não são poucos), ainda recupera um pouco a sua barra de HP.



E por falar em barra de HP, você possui uma só para os dois personagens. Exatamente, tanto Neku quanto Shiki dividem a mesma vida, ou seja, não adianta se focar em enfrentar os inimigos apenas com um deles e deixar o outro abandonado, pois isso raramente fará algum efeito.

Por sorte, caso você ache controlar dois personagens simultaneamente complicado demais (e por que você acharia isso?), existe uma opção para fazer com que o computador tome conta do personagem na tela de cima por você, quando não estiver controlando-o. Isso sem dúvidas poupa algum trabalho, mas nem de longe é tão efetivo quanto controlá-lo você mesmo.

Achou o sistema de batalha muito complicado e difícil de se dominar? Não se preocupe, pois ele realmente é. Porém, como já foi dito, não é nada impossível de se acostumar, e em bem pouco tempo você já estará completamente apto a fazer isso naturalmente.

Falemos um pouco da parte gráfica do jogo agora. O visual não é nada de excepcional, mas ainda é bem agradável. O design dos personagens é feito por ninguém menos do que Tetsuya Nomura, que caso você não saiba, é responsável por desenhar os personagens de grandes jogos da Square como Final Fantasy VII, VIII, X, entre vários outros episódios e a série Kingdom Hearts.

A parte sonora também tem seu brilho. Composta em grande parte de músicas cantadas que passam muito bem o estilo do jogo, o game conta com várias faixas de J-POP de deixar muito anime com inveja. Além, claro, de várias músicas instrumentais compostas por ninguém menos que Takeharu Ishimoto, responsável também por faixas de grandes franquias como Final Fantasy, Kingdom Hearts, entre vários outros.

Ou seja, tanto o visual quanto o áudio ficaram em ótimas mãos.

Ah, e só para constar, estou ouvindo o CD com a trilha sonora agora mesmo.



E além de tudo isso, grande parte do jogo é dublada. E muito bem, diga-se de passagem. Apesar da dublagem ser inglesa (o que, se tratando de jogos japoneses geralmente é algo péssimo), ela é bem característica e fluída, coisa rara em jogos traduzidos do japonês para o inglês.

A jogabilidade fora das batalhas é bem simples. Guie Neku através das áreas da cidade com o direcional ou clicando com a Stylus, o que você preferir. Clicando no ícone do Player Pin que fica no canto inferior direito da tela, você tem a chance de ler os pensamentos de quase todos os transeuntes, o que se mostra necessários para resolver alguns enigmas do game e para obter informações importantes.

De qualquer forma, The World Ends With You tem muito conteúdo para te deixar ocupado por um bom tempo. Terminou o modo história? Não se preocupe, o jogo tem vários extras para serem coletados, alguns deles inclusive para te ajudarem a entender melhor a história do jogo que, mesmo após você ter finalizado, ainda ficou meio confusa na sua cabeça.



Além disso, há um outro capítulo especial chamado "Another Day", que traz um bocado de coisa nova para se fazer, numa história paralela a do jogo em si. E talvez seja aí que este extra peca: não tendo relação com a história, o capítulo se torna pouco atrativo para os que, assim como eu, jogaram o jogo todo principalmente pelo enredo.

E, se você não está afim de nada disso, ainda pode ficar brincando no mini-game de Tin Pin Slammer, um joguinho que parece uma mistura de futebol de botão com BeyBlade (sim, é bem estranho).

Mesmo assim, o jogo possui conteúdo suficiente para ocupar o Slot 1 do seu DS por um bom tempo. Existe uma quantidade absurda de Pins para serem coletados, sendo que a maioria deles evolui, e alguns de formas diferentes do convencional ganho de experiência das batalhas, pois o tempo que você passa com o jogo desligado, se converte em experiência para os Pins quando você ligá-lo novamente.

Enfim, é meio difícil descrever a grandiosidade de TWEWY. Tudo fica muito mais fácil de ser compreendido quando jogamos o título, e recomendo que todos o façam. Obviamente, como nem todos gostam do vermelho, nem todos se sentirão muito atraídos pelo título, mas existem muito mais chances de você ser, principalmente se estiver procurando por uma experiência completamente diferente no seu DS.

Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10
Enredo: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final:
Com certeza, uma das melhores experiências que se pode ter no DS. O que mais chama a atenção é a evolução dos personagens no decorrer dos fatos, e o desenrolar da história é realmente cativante.

Pontos fortes: Enredo, sistema de batalhas diferente de tudo

Pontos fracos: É relativamente curto

Vídeo:





See ya!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Review: Toy Story 3 (PSP)

É, depois de tanto tempo, decidi reativar o blog de reviews. Importei o conteúdo do NintenDoofie Reviews e do PowerUp!, ou seja, já vim preparado com toda a minha bagagem para a casa nova.

Bom, fiz isso simplesmente porque eu adoro analisar games, e os outros dois blogs estavam completamente abandonados e defasados. Sendo assim, decidi que criar outro era mesmo a melhor opção. E, para estrear, nada melhor do que começar com uma review de um game feito para uma plataforma que eu nunca tinha analisado antes, não?

Ah, e por último, como o conteúdo do blog é importado de dois outros blogs diferentes, é possível que haja alguns problemas com tamanho de imagens e coisas do tipo. Com o tempo, isso será resolvido.

Bom, chega de conversa, vamos logo ao que interessa.

Toy Story 3 (2010, PlayStation Portable)



Não vou negar que, quando peguei o PSP do meu amigo emprestado, tinha como objetivo única e exclusivamente emular jogos de PS1 no portátil. Entre os títulos que eu pretendia jogar, estavam Sheep Raider, MegaMan Legends e... Toy Story 2.

Toy Story 2 foi um dos jogos que mais marcaram minha infância jogando PlayStation, e, sem dúvidas, figura entre meus jogos preferidos, tanto da plataforma quanto no geral. Tenho memórias muito boas do game, como objetivos variados, cenários bem construídos, um visual agradável (para o console, claro), enfim, muitas qualidades que me fizeram adorar o jogo logo de início.

Devido a alguns imprevistos, não pude emular o console no PSP. Sendo assim, para não ficar com o portátil parado, decidi começar a procurar alguns jogos próprios do mesmo. E foi aí que me lembrei que Toy Story 3 tinha sido lançado, e sim, ele recebeu uma versão para PSP! Viva!

Mas... será que essa versão se iguala às boas memórias que tenho do antecessor do PlayStation?

Em geral, devo dizer que sim. O jogo é realmente muito bom. Antes de tudo, vou pedir encarecidamente para que você pegue todo o preconceito de "este é um jogo para crianças" ou "este é um jogo baseado em filme" e jogue-o pela janela.

É imprescindível que esses preconceitos sejam deixados de lado, e caso sejam, você será capaz de desfrutar de um ótimo título.

Comecemos a análise em si então.

Visualmente falando, o jogo é muito agradável. Muito mesmo. Obviamente, não se compara às versões para consoles domésticos, mas mesmo assim ainda agradam. Não vemos muito quadriculado ou serrilhado nos personagens e as animações são bem fluídas. Mas o destaque maior vai para os cenários, que são réplicas bem fiéis dos cenários do filme.



As fases são muito bem construídas, com vários lugares para o seu personagem se pendurar (no maior estilo Splinter Cell), passagens secretas pelas saídas de ar, cadeiras para subir em cima, lustres para se balançar, tudo isso tomando cuidado para não cair de muito alto, além dos perigos como o fogão aceso, água e afins.

O som do jogo não é nada de mais. As músicas-tema das fases são bem parecidas, e as vezes isso fica monótono, mas nada que te faça ter vontade de abaixar o volume. Os personagens são dublados pelos próprios dubladores do filme, nas três línguas disponíveis (inglês, espanhol e francês), e vários detalhes de dublagem fazem a parte sonora ter um brilho a mais, como por exemplo, as frases que o Woody diz quando sua cordinha é puxada ao máximo.

Mas é na jogabilidade que o grande problema do jogo se encontra. Os comandos são até que bem executados, sendo X o botão para pulo, Quadrado para ataque e o Círculo é o "botão de ação", sem nenhuma opções de alteração. Os botões L e R, quando pressionados simultaneamente, fazem com que apareça o andamento do jogador na fase, isto é, quantos itens ele já adquiriu até o momento nas duas missões disponíveis em cada fase, além da contagem de estrelas. Até aí, sem problema algum, pois é na movimentação dos personagens que as dificuldades aparecem. O jogo nos obriga a guiar os brinquedos pelo analógico do PSP que, como não é segredo para ninguém, é horrível. Enquanto isso, o direcional digital serve apenas para mostrar dicas que são, no mínimo, inúteis.



Quanto ao fator replay, o jogo traz o bastante para manter o jogador com o PSP nas mãos por um tempo considerável. Apesar das fases não serem nem muito curtas e nem muito compridas, temos um número considerável de missões, que devem ser passadas no mínimo 3 vezes cada para que todos os troféis sejam coletados. No modo Story, o jogador tem três objetivos, que são diferentes de fase para fase. O segundo é apenas um Time Attack, e no terceiro, o jogador deve destruír todos os blocos antes que o tempo acabe, e para desbloquear esses dois, basta terminar o nível uma vez no modo Story. Nada muito complexo.

E além disso tudo, o jogo ainda tem um sistema de troféus, similares a Achievments, que consistem dos dois objetivos distintos de cada fase, em sua maioria bem fáceis de serem obtidos.

E além disso, o game ainda conta com mais três modos diferentes apenas para mini-games: "Woody's Roundup", que é um pequeno mini-game em preto-e-branco do programa de TV "O Rodeio do Woody", em que você deve testar seus reflexos, "Buzz Lightyear Adventures", em que você deve guiar Buzz por missões interplanetárias no jogo de video game do personagem, e por fim o terceiro, "Alien's Escapades", que, bem... Não posso dizer muito sobre esses minigames pois eu simplesmente não os joguei. Existem apenas dois deles no jogo, e ambos são para download via PSN, ou seja, precisam ser comprados. E, obviamente, eu não vou comprar minigames para um jogo de uma plataforma que eu nem tenho!



Infelizmente, o tão falado "Toy Box Mode" que as versões domésticas do jogo possuem foi limado desta edição. Não sei bem ao certo como funciona este modo de jogo, pois ainda não tive a oportunidade de testá-lo, mas posso dizer que mesmo sem isso, a versão de PSP consegue seu brilho.

Obviamente, o jogo é mais aproveitado pelos fãs da série, principalmente os menores, mas todos podem se divertir um pouco com os brinquedos do Andy.

Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 6,5
Som: 7,5
Diversão: 9
Replay: 8,5
Enredo: 8
-
Nota final: 8
-
Comentário final: Toy Story 3 é um ótimo jogo sem ser pretencioso. Claramente destinado ao público infantil, mesmo assim o jogo ainda consegue entreter os maiores, apesar de ser um tanto quanto fácil às vezes.

Pontos fortes: Gráficos bem trabalhados, alta longevidade

Pontos fracos: Baixa dificuldade em certos momentos, certo número de conteúdos pagos

Vídeo:


See ya!