sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Review: Guitar Hero 5 (Wii)

Review: Guitar Hero 5 (2009, Nintendo Wii)




Tendo sido lançado praticamente junto com The Beatles: Rock Band, Guitar Hero 5 é frequentemente comparado ao jogo do Fab Four. Uma comparação infinitamente injusta, diga-se de passagem.

Em todos os aspectos, GH5 é inferior ao TB:RB. Mas prefiro não ficar comparando muito, porque se não vão achar que eu estou desmerecendo o título simplesmente por ser fã dos Beatles e ter uma preferência maior pela franquia Rock Band do que pela série Guitar Hero (ambas verdades, mas enfim, estou analisando simplesmente o jogo, e não comparando-o aos demais).

Visualmente falando, o jogo é lindo... no XBOX360. No Wii, o visual é porco ao extremo. A platéia parece ter saído diretamente de um jogo de Nintendo 64, pois são todos iguais, não possuem dedos, rosto e nem expressão. Fazem sempre o mesmo movimento, todos em sincronia, usam até mesmo a mesma roupa. A modelagem dos personagens até que é bem feita, mas não é melhor já vista em jogos do gênero (cofcofcofBeatlescofcofcof). Além disso, a barra das notas agora é preta, parecida com a do Rock Band. Ok, um ponto positivo, ficou mais bonito. No entanto, o Star Power dificulta um pouco a visão, pois a barra se torna azul no mesmo tom do azul das notas, o que torna um pouco complicado jogar com o Star Power ativado. Aliás, o jogo todo tem um clima meio "azul", já que praticamente todos os efeitos especiais são dessa cor.

Porém, acho que o maior problema fica por parte da playlist. São 85 músicas, e a princípio, esse número surpreende. Realmente, é uma quantidade grande quando comparada aos demais jogos, tanto da série Guitar Hero quanto Rock Band. No entanto, como todos sabemos, quantidade não é sinônimo de qualidade... e essa frase se aplica aqui. Apesar de um número enorme de músicas e um número igualmente grande de artistas (são 85 músicas, de 83 artistas diferentes), são muito poucas as músicas legais. Claro que aqui estamos aplicando gosto pessoal né, mas como quem escreve a review sou eu, quem dá a opinião sobre a setlist sou eu também. Na verdade, praticamente todas as pessoas que eu conheço não gostaram da seleção de faixas do jogo, o que prova que não é implicância minha.

A jogabilidade se mantém a mesma dos jogos anteriores, e como padrão atualmente, é necessário ter o periférico para poder tocar algum instrumento. Vale lembrar também que se você gosta de jogar no vocal em jogos de música, é melhor passar longe desse título. A precisão é péssima, e muitas vezes dá até raiva do jogo. A bolinha que marca o tom da sua voz fica pulando de cima do tom que você precisa alcançar para baixo dele, mas nunca acerta. Muitas vezes, quando você finalmente acerta uma nota e precisa manter o tom, nem adianta: por mais que você mantenha sua voz intacta, a bolinha do jogo vai variar. É simplesmente frustrante (e antes de qualquer coisa, não, o problema não é por eu não saber jogar).

Devido a estes significativos problemas, a diversão se compromete. E já que todas as músicas já vêm habilitadas desde o princípio, praticamente não há motivos para jogar. Uma opção interessante é a possibilidade de passar todas as músicas que você possui no GH World Tour para o GH5, é interessante mas não muito útil, já que para fazer isso é necessário possuir o disco do World Tour. Ainda assim, é um opcional válido, para poder montar playlists com as músicas de ambos os jogos.

Existe também um modo de interação entre o Wii e o Nintendo DS, em que o jogador com o DS deve proteger seu aliado em algum instrumento enviando armadilhas ao instrumento do oponente, que por sua vez tem um aliado com um Nintendo DS e você já deve ter imaginado o resto. Ao meu ponto de vista, esse tipo de jogo, em que o jogador deve usar de "itens" especiais para ganhar não combina com a série e sua proposta.

Uma outra novidade interessante e que eu torço para que seja mantida em títulos futuros (preferencialmente títulos de qualidade) é o modo Party Play. Nele, uma música aleatória começa a tocar, e então qualquer jogador pode entrar e sair do jogo no momento em que quiser, e até mesmo alterar a dificuldade durante a música. Além disso, existe um modo onde é possível jogar com os Miis. É um opcional bem tosco e inútil, mas enfim. Tudo isso além do já clássico modo de criação de músicas.

Enfim, com o mercado atual lotado de jogos musicais, existem opções muito melhores do que o novo GH5.

Avaliação:
Gráficos: 7
Jogabilidade: 7
Som: 7,5
Diversão: 6,5
Replay: 6
Enredo: 6 (Monte uma banda e saia tocando de tudo... mesma coisa que os outros jogos do gênero, sem tirar nem pôr.)
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Nota final: 6,5
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Comentário final:
Definitivamente o GH mais fraco até agora. Ainda serve para tirar uma diversão com os amigos de vez em quando, para dar uma variada na playlist dos outros jogos, mas nada de mais. Eu particularmente acho a série Rock Band muito superior e mais bem trabalhada do que a franquia Guitar Hero, mas enfim, é questão de gosto. The Beatles: Rock Band é infinitamente melhor, mais bem feito e mais bem trabalhado.

...

Ok, não resisti.


Pontos fortes: O modo Party Play é uma proposta interessante, e a possibilidade de importar as músicas do World Tour também

Pontos fracos: Platéia mal feita, baixa qualidade das músicas


Vídeo:


See ya!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Review: Rock 'n Roll Racing (SNES)

Review: Rock 'n Roll Racing (1993, Super Nintendo Entertainment System)



Este título, considerado um clássico da era do SNES, marcou a infância de muita gente por aí. Com uma trilha sonora incrível, o game traz diversas músicas do bom e velho Rock n' Roll digitalizadas. Embora a qualidade sonora seja muito boa, peca pela repetição: Existe uma variedade de quatro músicas mais ou menos, o que acaba se tornando um tanto quanto enfadonho. Além das músicas, o jogo conta com uma narração que, embora também não tenha muitas frases, é bem engraçada, para não dizer bizarra. Isso sem citar os sons de freadas, arrancadas e afins.

Graficamente, não é nada de mais. As pistas são incrivelmente simples, e os poucos carros também não possuem muitos detalhes, enquanto os sprites dos rostos dos corredores são tão bizarros que chega a dar medo. A interface do jogo também é bem simples.

A variedade de carros também é muito pequena. Existem apenas três modelos de veículos para serem selecionados no início do jogo, sendo que o jogador só tem dinheiro suficiente para escolher entre dois dos três modelos. A única customização de aparência possível dos carros é alterar a cor no momento da compra, o que, convenhamos, não é muita coisa. Porém, é possível equipar os carros com vários acessórios, desde turbos, motores mais potentes, mais cargas para o armamento, enfim, uma imensa quantidade de power ups pode ser adicionada ao seu veículo, o que aumenta bastante o fator replay do game.

A quantidade de pistas, adivinhem, deixa a desejar. Cada campeonato é composto por muitas corridas (que vão aumentando conforme o jogador avança), porém cada copa é composta por apenas quatro ou cinco pistas diferentes, sendo necessário que você corra na mesma tela por diversas vezes. Isso pode tornar o jogo um tanto repetitivo, mas não diminui muito a diversão proporcionada.

Quanto à jogabilidade, é possível que você demore um tempo para se acostumar com as derrapadas dos carros, mas nada de mais. Conforme você equipa seu carro, fica bem mais fácil de guiar. Para acelerar, basta segurar o botão B, enquanto o A é responsável por soltar armadilhas na pista, o X para atirar e o Y para soltar turbo/pular/etc. Os botões L e R servem para fazer drifts, mas as derrapadas que o carro dá quando você faz uma curva normalmente torna a função desses botões um tanto desnecessária. Porém, o estilo de câmera pode ser um problema em alguns momentos, pois por diversas vezes você vai se encontrar pulando uma rampa e acabando por cair do penhasco, sem nem ao menos alterar a direção do veículo.

O esquema de jogo é simples. Cada torneio é composto de um determinado número de corridas, e para avançar, é necessário que o jogador marque uma certa quantidade de pontos, que aumentam conforme você avança, sendo necessário melhores colocaçõs em boa parte do torneio. A pontuação e o dinheiro que o jogador ganha após cada partida é determinado pela posição que o mesmo atingiu durante a corrida, que são compostas por quatro carros e três voltas.

Para alcançar uma boa colocação, cada carro conta com alguns power ups específicos. Alguns contam com turbos, enquanto outros possuem pulos, e assim por diante, além de uma arma específica para cada um também. As pistas possuem alguns itens espalhados pelo trajeto, como dinheiro e itens de recuperação para o carro, que conforme vai levando dano, explode, fazendo com que o jogador perca um tempo precioso.

O jogo trás também um modo multiplayer para dois jogadores, em que cada um seleciona um carro que já vem totalmente equipado, com todos os stats no nível máximo. Existe ainda um método para se jogar no modo carreira com dois jogadores.

Apesar de todos os defeitos e da pouca variedade, este é um jogo que diverte bastante, e possui um nível de replay alto. Infelizmente não pude avançar muito no jogo, pois ainda não descobri como faço para o jogo me dar um password para que eu continue depois, mas enfim, dá pra se divertir.



Avaliação:
Gráficos: 7,5
Jogabilidade: 8
Som: 9
Diversão: 8,5
Replay: 8
Enredo: Não possui.
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Nota final: 8
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Comentário final: Apesar de bem precário, o título é bem divertido. Tendo como atrativo principal a trilha sonora, é um jogo bem agradável de se ouvir, e apesar das músicas serem digitalizações de músicas reais, ficou muito bom.


Pontos fortes: Trilha sonora e muitos equipamentos para os veículos

Pontos fracos: Pouca variedade de carros, pistas e músicas

Vídeo:


See ya!