domingo, 5 de setembro de 2010

Review: Toy Story 3 (Wii)

Toy Story 3 (2010, Nintendo Wii)



Há algum tempo atrás, analisei a versão de PSP deste jogo. Não havia jogado nenhuma outra até então.

E, pra ser sincero, fiquei bem feliz por a versão de PSP ser totalmente diferente das outras versões do jogo. Isso valorizou muito a versão do portátil pra mim, e, pelo jeito, a versão de DS também é bem diferente e pretendo analisá-la em breve.

Enfim, deixando as versões portáteis de lado, vamos falar um pouco da versão que é o foco desta análise, a do Nintendo Wii.

Toy Story 3 é um ótimo exemplo de como um jogo baseado em filme deve ser. Sabiamente, o game não tenta seguir à risca o longa metragem, seguindo por um caminho muito diferente. O enredo básico é o mesmo, mas é contado de uma maneira bem diferente, mais dinâmica e bem divertida, como um jogo deve ser.

Ao invés de investir em cutscenes massantes que contam a história do filme que você provavelmente já assistiu, o jogo traz animações completamente diferentes e feitas especialmente para o game.

E por falar nas animações, todas são muito bem feitas. Claro que não chegam exatamente ao nível do filme da Pixar para as telonas, mas ainda assim atingem um nível muito competente.

O gráfico do jogo também não decepciona. Apesar de parecer meio torto e um pouco distorcido quando a câmera se aproxima demais dos personagens, no geral o jogo possui um visual muito satisfatório, principalmente para o padrão do Wii.



E falando nesse visual, as diferenças gráficas da versão de Wii para a de PlayStation 3 e XBOX 360 são bem pequenas. Claro, rodando-as lado a lado é possível ver a diferença, principalmente em alguns detalhes pequenos, mas não é nada que torne uma versão melhor ou pior que a outra. E assim como no PSP, o destaque principal dos gráficos vai para o cenário, que é muito bem detalhado e conta com inúmeros pontos que permitam uma possível escalada dos personagens. A modelagem dos personagens também é bem feita. Porém, quando a câmera se aproxima demais dos personagens de frente, eles ficam com cara de maníacos (sério), e os gráficos se mostram meio quadrados, mas como isso acontece no máximo duas vezes no jogo, não chega a ser um problema grave.

Um diferencial dessas versões domésticas é que existe um modo multiplayer cooperativo. No modo história, em algumas fases é possível alternar entre os três personagens jogáveis (Woody, Jesse e Buzz) para realizar alguns puzzles. Woody pode usar seu coldre (a cordinha em suas costas) para agarrar algumas platagormas, Jesse pode ficar em pé em locais pequenos e Buzz, como é o mais forte, pode arremessar os outros personagens para locais inalcançáveis de outra maneira. Porém, isso no modo single player. No multiplayer, que eu confesso ainda não ter testado, provavelmente cada um fica responsável por um personagem, aumentando o dinamismo da partida.

O sistema de trocas de personagens é bem legal e foi bem utilizado, porém as vezes é meio chato ter que ficar voltando toda hora até um local com a Jesse ou o Woody para que o Buzz poder jogá-los longe, por exemplo. Mesmo assim, essa jogabilidade intercalada dos personagens é um ponto positivo bem interessante.

A jogabilidade, por falar nela, também é bem funcional. Não é nada revolucionário, mas funciona bem sem problemas. Com exceção de algumas falhas para customizar as coisas no modo Toy Box, em que o jogo teima em atirar uma bola ou agarrar um Alien ao invés de abrir a janela de customização, não é nada que atrapalhe o jogo num produto final.



E já que citei o famigerado Toy Box Mode, que era provavelmente o fator que mais trazia curiosidade e atraía atenções para o jogo, vamos fazer uma breve explicação sobre o que se trata.

O Toy Box é, na essência, um modo "livre" de jogo, em que você pode customizar sua cidade e agir livremente como o xerife local, correndo por aí com seu cavalo e realizando missões para os moradores do local, que podem ser alguns brinquedinhos genéricos ou os simpáticos Aliens do filme.

Em grande parte, esse modo de jogo é bem divertido. As missões são bem simples e não leva muito tempo para completá-las. Como prêmio, o jogador ganha dinheiro (aos baldes) e às vezes alguns itens para customizar a cidade. Esses itens resumem-se em roupas para os moradores (os Aliens ou os outros brinquedos) ou texturas e formas novas para as construções da cidade.

E, pra ajudar ainda mais, o modo Toy Box tem uma série de Achievements para serem completados, no maior estilo dos jogos dos consoles HD. Alguns, obviamente, são bem simples de serem completados, enquanto alguns darão um pouco mais de trabalho, mas nada muito complicado.

Porém, com o tempo este modo vai perdendo a graça, pois as missões são simples demais, e não há muito o que se fazer aqui além de juntar rios de dinheiro para comprar novas atrações para o local que, em sua maioria, acabam perdendo a graça rapidamente.

Um ponto a ser considerado quando analisamos o jogo é a dificuldade. Toy Story 3 não é nem de longe um jogo difícil, justamente por ter como foco principal o público infantil, porém também não chega a ser fácil demais em um nível que ofenda a inteligência do jogador. Resumindo, você não vai chegar a ficar empacado em nenhuma parte mas também não será capaz de passar tudo com um pé nas costas. Digamos que Toy Story 3 está no nível certo de dificuldade, colocando-o entre os jogos que os menores podem jogar sem desistir antes do final e os maiores podem curtir uma jogatina descompromissada caso peguem o jogo sem preconceitos.



E por falar em final, o jogo peca na quantidade de fases. São apenas oito, com exceção do Woody's Roundup (o nome do Toy Box Mode), e como nenhuma delas chega a te dar problemas, é possível terminar o game em aproximadamente duas tardes de jogo. Realmente, mesmo para o padrão atual de uma média de 10 horas de playtime dos jogos, isso é muito pouco. E já que o Toy Box não te manterá entretido por muito tempo, o fator replay do jogo não é dos maiores.

A parte sonora do jogo é bem agradável. Os personagens são dublados pelos dubladores oficiais do fime (ou seja, Tom Hanks na voz do Woody) e a trilha sonora não chega a ser épica, mas é agradável. E é justamente pela dublagem que este é um daqueles jogos que ficariam perfeitos em português. Quem sabe um dia, certo?

Enfim, como um todo, o jogo é bem divertido. As poucas horas que passar jogando-o te mostrarão isso. E como foi dito no começo do texto, é um ótimo exemplo de como os jogos baseados em filmes realmente devem ser feitos.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8
Som: 7,5
Diversão: 8,5
Replay: 6
Enredo: 8,5
-
Nota final: 8
-

Comentário Final: Só bate um vazio por sabermos que, assim como foi o último filme da franquia, provavelmente esse será o último jogo (nesse estilo, pelo menos). Realmente uma pena, pois esse e Toy Story 2, antigo jogo do PlayStation e Nintendo 64 são dois ótimos títulos que, na maior parte das vezes, sofre uma grande injustiça por parte da crítica especializada, e eu realmente não entendo o porque.

Pontos fortes: Gráficos bem feitos no geral, não tenta seguir o mesmo enredo do filme e nem mesmo das outras versões do jogo

Pontos fracos: Baixo fator replay, pouquíssimas fases

Vídeo:

4 comentários:

Crystal ~ disse...

agora quero jogar comofaso. :( *indo jogar no ps1 pobre*

Godiles disse...

boa review...+ não intendi a nota...

principalmente pela parte do replay que ao meu ver (se for levar em consideração apenas o texto) mereçia uns 5...6...

ta pareçendo nota da EDGE lol fala 2 linhas bem e 10 mal e depois da uma nota ótima...

esse eu passo + pra quem é fã ta ai uma boa ;x

Matt Harrison disse...

Realmente eu dei uma pequena vacilada na hora das notas, mas já corrigi. Obrigado pelo toque, nem percebi.

Roger Silverio disse...

Aee Ro.G.er falando:

muito bom o review,
com certeza Toy Story marcou muitas infancias principalmente porque o cowboy que eh mais carismatico e engracado mas o povo nao reconhece isso e sempre escolhe o famigerado galactico Buzz Lightyear, que solta raios pela mao e vem com foguete..e...e me empolguei! ^-^'