quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Review: Sonic and the Black Knight (Wii)

Antes de mais nada, aviso aos fanboys do Sonic: tudo que eu digo aqui neste artigo é a MINHA OPINIÃO, e se você discorda, é a sua. Já adianto que a análise do jogo não será positiva, e se não quer lê-la, pule tudo para a análise abaixo, mas não me venha encher as picuinhas nos comentários. Não é nada pessoal, não odeio o Sonic nem nada do tipo.

Dito isso, podemos começar.
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Review: Sonic and the Black Knight (2009, Nintendo Wii)



Vou começar repetindo algo que já foi dito em outra análise: o Sonic não anda bem das pernas, e já não é de hoje. A cada novo jogo, os produtores conseguem piorar (não me pergunte como!), salve as exceções dos portáteis. SBK só não consegue ser pior do que Sonic and the Secret Rings (meu Deus, ainda tenho pesadelos lembrando desse jogo).

Vamos começar pelo enredo. Ou melhor, depois de saber que o Sonic usa uma espada, você ainda quer saber do enredo? Bom, se insiste... A história se passa durante a época medieval, mais precisamente no período da Távola Redonda e do Rei Arthur. Aliás, o enredo gira em torno do próprio. Resumidamente, o antes justo e bondoso rei se tornou malígno e cruel. E então, cabe a Sonic, que foi transportado de volta no tempo, de outro mundo ou seja lá do que for, salvar o reino das garras do tirano.

...é, eu avisei.

Enfim, no passado Sonic encontra todos os personagens característicos da série, ou melhor, os antepassados dos mesmos. Cada um tem uma função no reino, Tails é o ferreiro, Knuckles, Shadow e Blaze são cavaleiros do rei... Enfim, cada um tem um cargo diferente. Por falar nisso, aproveito para destacar um ponto no mínimo estranho do jogo. O primeiro chefe, nada mais é do que o próprio Rei Arthur. O segundo, Shadow The Hedgehog, e diga-se de passagem que na biografia do personagem (um dos extras do jogo, volto a falar disso mais tarde) consta que ele é O MELHOR CAVALEIRO DO REINO. Porém, abos são ridiculamente fáceis de se passar. Ou seja, os dois primeiros chefes do jogos são supostamente os dois guerreiros mais fortes do reino, mas possuem um nível estúpido de dificuldade, nível esse que perpetua pelo jogo todo, por sinal. É, no mínimo, estranho.

Um ponto positivo do jogo (e talvez o único) são os gráficos. Estes foram muito bem trabalhados, principalmente na primeira CG do jogo, realmente podemos perceber que pelo menos isso foi bem feito. Mas até isso peca. Após a CG inicial (que é muito bem feita, como já disse), todas as próximas cutscenes do jogo são feitas com espécies de "recortes de papel" com animações bem porcas na tela, enquanto o texto passa em baixo. Isso é bem enjoativo, pois não tem o mesmo rítmo frenético da CG de abertura. Durante o jogo, o gráfico se mantém num bom nível também, apesar dos cenários bem simplistas.

O som do jogo é bom também, com opção de áudio em japonês e em inglês, e muito bem dublada. O mais curioso é que, quando o áudio está em japonês, Sonic ainda pronuncia algumas frases em inglês, mas que não condizem com a legenda. O que é de se estranhar, visto que a mesma também encontra-se em inglês. O áudio durante o jogo também é razoável, com uma trilha sonora interessante e efeitos simples.

A jogabilidade é outro aspecto enfadonho. Embora o jogo até consiga transmitir uma certa sensação de velocidade, os cenários são extremamente curtos (uma péssima combinção com o estilo extremamente semelhante entre as fases e as missões completamente não-criativas), com um caminho muito limitado a ser seguido, e o esquema mais porco dos jogos de ação do Wii: balance o WiiMote aleatoriamente e o personagem faz sempre o mesmo movimento. Mas, falando sério, qual a utilidade disso? Se o personagem vai fazer sempre o mesmo golpe independentemente do modo com que você balança, qual é a diferença entre isso e apertar um botão? Isso faz com que o jogo perca todo o sentido de ter sido uma exclusividade de Wii.

Por outro lado, em meio a tantas deficiências, um pequeno ponto se destaca no horizonte: o jogo possue uma quantidade enorme de colecionáveis. Isso é um prato cheio para quem gosta de completar tudo no jogo, o que pelo menos te dá um motivo para jogar este game, visto que as missões são tediantes e o enredo não desperta curiosidade nenhuma. E conseguí-los não é fácil também, o que aumenta consideravelmente o fator replay.

Enfim, se você busca um game de aventura, existem infinitos outros títulos melhores para o Wii. Parando para atestar mesmo, não existem motivos práticos para se comprar esse jogo, já que a biblioteca do Wii possui pérolas muito melhores do que esta, muitas até mais antigas.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 6
Som: 7
Diversão: 4
Replay: 6,5
Enredo: 3
-
Nota final: 4,5
-
Comentário final: Qual o problema dos desenvolvedores de novos jogos do Sonic? Parem de fazer o ouriço como lobisomem, cavaleiro ou o diabo que for, façam um jogo simples com progressão lateral idêntico aos da época do Mega Drive!

Ponto forte: Gráfico bem trabalhado e uma porção de extras;
Ponto fraco: Todo o resto;

Vídeo:

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Review: Muramasa: The Demon Blade (Wii)

Review: Muramasa: The Demon Blade (2009, Nintendo Wii)



Muramasa é, talvez, um dos mais belos jogos que já passaram pelo Wii. Os cenários são incrívelmente belos e detalhados, com praticamente tudo se movendo ao mesmo tempo, com uma quantidade de detalhes impressionantemente alta. Os sprites dos personagens também são um show à parte, com animações muito expontâneas e bem feitas (não vou dizer que são extremamente detalhadas pra não me tornar mais redundante ainda, mas... a riqueza de detalhes é incrível!!!).

Enfim, Muramasa pode não apelar de polígonos ou gráficos 3D, mas utiliza toda a capacidade possível que um jogo 2D pode ter, fazendo os melhores gráficos do gênero até hoje. Se você é um daqueles que dizia que o Wii só tinha jogos feios, pode torcer a língua.

Mas não é apenas no quesito gráfico que o jogo se mostra competente; todos os outros aspectos são igualmente bons. O som, composto por instrumentos musicais japoneses da época feudal, prende o jogador a cada instante. Isso sem contar a brilhante dublagem, totalmente em japonês, e sem opção de áudio. Um prato cheio pra alguém que, assim como eu, adora jogos dublados na língua original. Os controles possuem três configurações diferentes, o combo WiiMote+Nunchuck (que não utiliza movimento algum), o Classic Controller e com o controle de GameCube. Embora um pouco confusa no começo, a jogabilidade se mostra extremamente simples, e muito funcional, o que é ótimo. Prende pelos combos insanos e fáceis de serem realizados, porém divertidos.

Pressionando o botão A, o personagem ataca. Pressionando várias vezes, faz um combo. Simples, porém infalível. Segurando o botão de ataque, o personagem defende. Mas cuidado, pois caso você continue defendendo, a barra de energia da sua espada vai diminuindo, e se chegar a zero, ela se quebra. Porém, se sua espada quebrar, não tema; você tem mais DUAS à sua disposição, apertando apenas um botão. O C é responsável por transitar entre suas três espadas, e uma vez que uma delas se quebra, basta trocar por outra e esperar que a energia daquela se recupere.

Cada espada possui um especial diferente, e ao todo são muito mais de 100 espadas para o jogador colecionar, o que, dispensa comentários, aumenta e muito o fator replay. Apesar disso, o jogo peca pelo fato de não possuir muitos colecionáveis além da grande variedade de armas.

O jogo traz dois personagens: Momohime, uma garota possuída pelo espírito de um habilidoso samurai, e Kisuke, um poderoso ninja que perdeu a memória. Cada um traz um estilo de luta e uma história diferentes, mas que se cruzam em um certo ponto do jogo. No entando, o enredo do jogo fica meio confuso na primeira vez que você joga, o que torna meio que obrigatório terminar o jogo duas vezes. Mas, um jogo tão divertido como esse, quem liga de jogar duas, três, vinte vezes?

Muramasa: The Demon Blade é um excelente game, um dos melhores lançados pro Wii neste ano. Com um dos gráficos mais bonitos que eu já vi no console (e fora dele), deveria ditar um padrão gráfico para os futuros jogos do estilo.



Avaliação:
Gráficos: 10
Jogabilidade: 8,5
Som: 9,5
Diversão: 10
Replay: 9
Enredo: 8
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Nota final: 9
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Comentário final: Como eu já disse, Muramasa é um dos jogos mais divertidos do Wii. Bem feito, merece continuação!

Ponto forte: Gráficos que parecem vindos de uma pintura;
Ponto fraco: Pouco conteúdo extra e história um pouco confusa;

Vídeo:


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Como devem ter percebido, adicionei mais alguns aspectos nos detalhes da análise e um vídeo. Isso vai figurar em todas as reviews a partir de agora, pois creio eu que isso ajude a ter uma idéia melhor sobre o game. Então, deixem sua opinião nos comentários!