domingo, 5 de setembro de 2010
Review: Toy Story 3 (Wii)
Há algum tempo atrás, analisei a versão de PSP deste jogo. Não havia jogado nenhuma outra até então.
E, pra ser sincero, fiquei bem feliz por a versão de PSP ser totalmente diferente das outras versões do jogo. Isso valorizou muito a versão do portátil pra mim, e, pelo jeito, a versão de DS também é bem diferente e pretendo analisá-la em breve.
Enfim, deixando as versões portáteis de lado, vamos falar um pouco da versão que é o foco desta análise, a do Nintendo Wii.
Toy Story 3 é um ótimo exemplo de como um jogo baseado em filme deve ser. Sabiamente, o game não tenta seguir à risca o longa metragem, seguindo por um caminho muito diferente. O enredo básico é o mesmo, mas é contado de uma maneira bem diferente, mais dinâmica e bem divertida, como um jogo deve ser.
Ao invés de investir em cutscenes massantes que contam a história do filme que você provavelmente já assistiu, o jogo traz animações completamente diferentes e feitas especialmente para o game.
E por falar nas animações, todas são muito bem feitas. Claro que não chegam exatamente ao nível do filme da Pixar para as telonas, mas ainda assim atingem um nível muito competente.
O gráfico do jogo também não decepciona. Apesar de parecer meio torto e um pouco distorcido quando a câmera se aproxima demais dos personagens, no geral o jogo possui um visual muito satisfatório, principalmente para o padrão do Wii.
E falando nesse visual, as diferenças gráficas da versão de Wii para a de PlayStation 3 e XBOX 360 são bem pequenas. Claro, rodando-as lado a lado é possível ver a diferença, principalmente em alguns detalhes pequenos, mas não é nada que torne uma versão melhor ou pior que a outra. E assim como no PSP, o destaque principal dos gráficos vai para o cenário, que é muito bem detalhado e conta com inúmeros pontos que permitam uma possível escalada dos personagens. A modelagem dos personagens também é bem feita. Porém, quando a câmera se aproxima demais dos personagens de frente, eles ficam com cara de maníacos (sério), e os gráficos se mostram meio quadrados, mas como isso acontece no máximo duas vezes no jogo, não chega a ser um problema grave.
Um diferencial dessas versões domésticas é que existe um modo multiplayer cooperativo. No modo história, em algumas fases é possível alternar entre os três personagens jogáveis (Woody, Jesse e Buzz) para realizar alguns puzzles. Woody pode usar seu coldre (a cordinha em suas costas) para agarrar algumas platagormas, Jesse pode ficar em pé em locais pequenos e Buzz, como é o mais forte, pode arremessar os outros personagens para locais inalcançáveis de outra maneira. Porém, isso no modo single player. No multiplayer, que eu confesso ainda não ter testado, provavelmente cada um fica responsável por um personagem, aumentando o dinamismo da partida.
O sistema de trocas de personagens é bem legal e foi bem utilizado, porém as vezes é meio chato ter que ficar voltando toda hora até um local com a Jesse ou o Woody para que o Buzz poder jogá-los longe, por exemplo. Mesmo assim, essa jogabilidade intercalada dos personagens é um ponto positivo bem interessante.
A jogabilidade, por falar nela, também é bem funcional. Não é nada revolucionário, mas funciona bem sem problemas. Com exceção de algumas falhas para customizar as coisas no modo Toy Box, em que o jogo teima em atirar uma bola ou agarrar um Alien ao invés de abrir a janela de customização, não é nada que atrapalhe o jogo num produto final.
E já que citei o famigerado Toy Box Mode, que era provavelmente o fator que mais trazia curiosidade e atraía atenções para o jogo, vamos fazer uma breve explicação sobre o que se trata.
O Toy Box é, na essência, um modo "livre" de jogo, em que você pode customizar sua cidade e agir livremente como o xerife local, correndo por aí com seu cavalo e realizando missões para os moradores do local, que podem ser alguns brinquedinhos genéricos ou os simpáticos Aliens do filme.
Em grande parte, esse modo de jogo é bem divertido. As missões são bem simples e não leva muito tempo para completá-las. Como prêmio, o jogador ganha dinheiro (aos baldes) e às vezes alguns itens para customizar a cidade. Esses itens resumem-se em roupas para os moradores (os Aliens ou os outros brinquedos) ou texturas e formas novas para as construções da cidade.
E, pra ajudar ainda mais, o modo Toy Box tem uma série de Achievements para serem completados, no maior estilo dos jogos dos consoles HD. Alguns, obviamente, são bem simples de serem completados, enquanto alguns darão um pouco mais de trabalho, mas nada muito complicado.
Porém, com o tempo este modo vai perdendo a graça, pois as missões são simples demais, e não há muito o que se fazer aqui além de juntar rios de dinheiro para comprar novas atrações para o local que, em sua maioria, acabam perdendo a graça rapidamente.
Um ponto a ser considerado quando analisamos o jogo é a dificuldade. Toy Story 3 não é nem de longe um jogo difícil, justamente por ter como foco principal o público infantil, porém também não chega a ser fácil demais em um nível que ofenda a inteligência do jogador. Resumindo, você não vai chegar a ficar empacado em nenhuma parte mas também não será capaz de passar tudo com um pé nas costas. Digamos que Toy Story 3 está no nível certo de dificuldade, colocando-o entre os jogos que os menores podem jogar sem desistir antes do final e os maiores podem curtir uma jogatina descompromissada caso peguem o jogo sem preconceitos.
E por falar em final, o jogo peca na quantidade de fases. São apenas oito, com exceção do Woody's Roundup (o nome do Toy Box Mode), e como nenhuma delas chega a te dar problemas, é possível terminar o game em aproximadamente duas tardes de jogo. Realmente, mesmo para o padrão atual de uma média de 10 horas de playtime dos jogos, isso é muito pouco. E já que o Toy Box não te manterá entretido por muito tempo, o fator replay do jogo não é dos maiores.
A parte sonora do jogo é bem agradável. Os personagens são dublados pelos dubladores oficiais do fime (ou seja, Tom Hanks na voz do Woody) e a trilha sonora não chega a ser épica, mas é agradável. E é justamente pela dublagem que este é um daqueles jogos que ficariam perfeitos em português. Quem sabe um dia, certo?
Enfim, como um todo, o jogo é bem divertido. As poucas horas que passar jogando-o te mostrarão isso. E como foi dito no começo do texto, é um ótimo exemplo de como os jogos baseados em filmes realmente devem ser feitos.
Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8
Som: 7,5
Diversão: 8,5
Replay: 6
Enredo: 8,5
-
Nota final: 8
-
Comentário Final: Só bate um vazio por sabermos que, assim como foi o último filme da franquia, provavelmente esse será o último jogo (nesse estilo, pelo menos). Realmente uma pena, pois esse e Toy Story 2, antigo jogo do PlayStation e Nintendo 64 são dois ótimos títulos que, na maior parte das vezes, sofre uma grande injustiça por parte da crítica especializada, e eu realmente não entendo o porque.
Pontos fortes: Gráficos bem feitos no geral, não tenta seguir o mesmo enredo do filme e nem mesmo das outras versões do jogo
Pontos fracos: Baixo fator replay, pouquíssimas fases
Vídeo:
sábado, 21 de agosto de 2010
Review: Shin Megami Tensei: Persona 3 Portable (PSP)
Parem as prensas! O inimaginável aconteceu: Encontrei um jogo que chute bundas suficientes para ter vontade de comprar um PSP.
É, eu sei, também fiquei surpreso. Acontece que ao jogar Persona 3 Portable, o título entrou automaticamente na minha lista de "melhores jogos que já joguei na minha vida" e se tornou um dos meus jogos preferidos.
Quer saber por que? Me acompanhe por esse texto, e eu vou tentar explicar!
Não te culpo se você nunca jogou este game. Mesmo ele tendo três versões não muito diferentes entre si, a maioria das pessoas que conheço não o fez.
SMT: Persona 3 foi originalmente lançado para o PlayStation 2, em 2007 na América (2006 no Japão), teve uma versão "turbinada" chamada Shin Megami Tensei: Persona 3 FES, lançada no ano seguinte igualmente para o PS2 e agora a terceira, lançada esse ano para o portátil da Sony.
Como o próprio nome diz, o game faz parte da série Shin Megami Tensei. Não digo que é um spin-off, pois Persona tem quatro títulos, é muito bem desenvolvido em diversos aspectos, e por esses e diversos outros motivos, merece ser considerado como uma série autônoma ao invés de um mero spin-off.
De qualquer forma, mesmo que tenha jogado alguma das versões do PS2 (principalmente a primeira), existem vários motivos para se jogar esse game novamente neste relançamento para o portátil.
Primeiramente, o jogo não é simplesmente um port. É verdade que grande parte dele vem da versão FES do PS2, mas mesmo assim algumas adições exclusivas fazem com que até mesmo que já terminou o game no console de mesa da Sony tenham motivos de sobra para rejogá-lo.
Só para começar, aqui há a possibilidade de se escolher uma personagem feminina no começo do jogo. Diferente da maioria dos games onde essa opção pode ser feita, aqui isso realmente interfere na história do game, nem que seja um pouco. Optando pela garota, que foi feita não apenas para as jogadoras femininas do game mas para os jogadores que já jogaram a versão doméstica e buscam algo um pouco diferente (algo que o próprio jogo deixa explícito logo no começo), é possível notar algumas alterações no enredo principal do game, como os Social Links que o jogador deve fazer, entre outros.
Basicamente, o enredo do jogo conta a história de um(a) garoto(a) que acabou de chegar em uma nova cidade, onde iria a uma escola nova, a caminho do seu novo dormitório algumas coisas estranhas já começam a acontecer. O protagonista percebe que a lua está imensa, o céu está verde, isso sem contar os inúmeros caixões que estão parados em pé na rua. Ao chegar ao dormitório, é surpreendido por um garoto com uma aparência no mínimo estranha, que pede para que você assine uma espécie de contrato, em que diz que você é completamente responsável pelas escolhas que fizer. A partir daí, as coisas vão ficando cada vez mais bizarras e quse tudo o que eu disser pode ser considerado spoil.
Confesso que nunca joguei nenhuma das outras versões do game. Mas, pelo que li, a edição portátil traz motivos de sobra para motivarem os jogadores de longa data a pelo menos darem uma conferida nesta nova versão, como por exemplo, a possibilidade de agora manipular todos os membros do seu time. Na versão doméstica, todos os seus parceiros eram controlados pela AI que, convenhamos, nem sempre faz o seu trabalho direito. Mesmo que eu já tivesse terminado o jogo no PS2, só isso já me faria ter vontade de jogar de novo.
Visualmente falando, o jogo não perde muito para as versões domésticas na parte prática. As explorações do Tartarus contam com cenários que, apesar de pouco variados, são bem detalhados. As dungeons especiais onde o jogador enfrenta os doze Shadows que representam as Arcanas principais também são bem detalhados e passam bem a sensação de desespero que a Dark Hour deixa. A única diferença, visualmente falando, entre P3FES e P3P são as animações dos modelos 3D ao fundo dos diálogos do jogo, que aqui foram removidas e as conversas são ilustradas apenas pelos portraits dos personagens, que por sua vez trazem várias expressões diferentes.
A parte sonora é muito interessante. Sendo composta tanto por músicas cantadas quanto por arranjos instrumentais bem desenvolvidos, todos os momentos do jogo possuem uma trilha sonora muito bem composta. Além disso, as cenas mais importantes dos diálogos possuem dublagens que, apesar de não possuírem a dublagem original japonesa como opção, não desapontam. Este é um dos raros jogos orientais em que a dublagem ocidental foi muito bem feita, e nenhum personagem tem uma voz destoante com sua imagem.
A trilha sonora do game, de algum modo, me lembra da de The World Ends With You, do DS. E de maneira alguma isso é algo ruim.
Quanto à jogabilidade, esta é bem simples. Como grande parte do jogo é composta por diálogos, basta apertar o X para avançá-los. Durante o dia, o jogador deve mover um cursor pelo ambiente, parecido com um jogo "point-and-click", o que seria muito mais bem desenvolvido no DS devido à touch screen, mas funciona bem no PSP também. Já quando está em Tartarus, o jogador deve movimentar os personagens pela dungeon utilizando o analógico ou os direcionais digitais, o que preferir. Nas batalhas, que são por turnos, os comandos são os básicos de RPGs do estilo também, sem nenhum mistério.
O fator replay é garantido. Além da história bem envolvente, os jogadores mais dedicados podem tentar completar o Persona Compendium, que é uma espécie de "PokéDex" do jogo, onde ficam registradas todas as Personas que já foram obtidas. E como se tudo isso ainda não fosse suficiente, existem vários Social Links que devem ser maximizados, e a cada encontro com um personagem, é possível ficar mais próximo do mesmo e aprender um pouco sobre sua história, personalidade, gostos, entre outras características. E como o jogo te dá liberdade para fazer praticamente tudo o que quiser quando quiser, é bem difícil ficar enjoado do game.
E vai um destaque aos Personas. São muitos (não me recordo agora o número exato) monstros a disposição do jogador, e todos eles são baseados em criaturas míticas de várias mitologias diferentes, como grega, hindu, romana, cristã, entre outras. Existem vários seres mitológicos conhecidos, que vão desde Thor, Lilith e Titan até Lucifer, Messiah e Gabriel. Todos as criaturas são muito bem desenhadas, e algumas tem um design bem diferente do que estamos habituados. Além disso, quando o jogador obtém um Persona novo, ele é adicionado ao Compendium e lá é possível checar um pouco da lenda ou mito daquela criatura.
Ou seja, Persona 3 tem conteúdo suficiente para permanecer no seu PSP por um bom tempo.
Porém, infelizmente, SMT: Persona 3 Portable não é um jogo para todos. Assim como disse na review de TWEWY, este game também fica restrito a fãs de RPG com bastante paciência para a leitura, pois caso os diálogos sejam ignorados, o jogo se torna bem pouco atraente. Além disso, é um game extenso e que exige bastante dedicação, com mais de 60 horas de duração.
É complicado tentar passar todo o prazer de se jogar Persona por meio de um texto. Sendo assim, o melhor conselho que eu posso dar é jogue, porque garanto que não vai se arrepender. Se você possuir um PSP e for um fã de RPGs, estará fazendo um favor a si mesmo.
Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 9
Enredo: 10
-
Nota final: 9,5
-
Comentário final: Este é, sem dúvidas, um dos melhores jogos que já tive a oportunidade de jogar. Maldita Atlus, me fazendo desembolsar mais dinheiro com uma nova plataforma!
Pontos fortes: Enredo envolvente, visual bem feito, trilha sonora bem trabalhada e fator replay alto
Pontos fracos: Ter só um local para caçar pode se tornar repetitivo
Vídeo:
terça-feira, 27 de julho de 2010
Review: The World Ends With You (NDS)
Recentemente, fiz em meu outro blog uma eleição dos melhores títulos do Nintendo DS. Como vocês podem conferir clicando lá, dei à The World Ends With You o primeiro lugar no meu ranking pessoal.
E como alguns também já tinham visto, eu já havia feito uma análise sobre esse jogo. Acontece que eu achei aquela análise muito pobre, dada a magnitude do jogo, então resolvi fazer uma "re-review" do game.
Aliás, pretendo fazer isso com várias outras reviews aqui do blog.
Deixando tudo isso de lado, vocês podem estar se perguntando: será que TWEWY merece mesmo a primeira posição do ranking?
Na verdade, acho que a pergunta correta seria: "por que TWEWY merece o primeiro lugar?"
E é isso que vamos descobrir agora!
Em primeiro lugar, The World Ends With You realmente não é um jogo para todos. Àqueles que buscam uma diversão descompromissada, recomendo passar longe do título, pois caso queira tirar o melhor proveito do jogo, será necessário dedicar um pouco do seu tempo única e exclusivamente para ler diálogos.
É claro que TWEWY não possui tantos diálogos quanto um game da série Persona, por exemplo, mas mesmo assim ainda são muitos. Felizmente, aquele que se dedicar a ler com atenção todas as conversas do game se deparará com um enredo muito bem construído, interessante e que muito provavelmente irá te prender no jogo até que o mesmo acabe.
Sendo assim, você nem irá perceber mais o tempo que passará unicamente lendo. Eu, por exemplo, ansiava pelos momentos de conversa do jogo, pois o que realmente me prendeu no game foi seu enredo.
A história roda em torno de Neku Sakuraba, um garoto extremamente anti-social que, um dia, acorda sem memórias no meio de um cruzamento movimentado do distrito de Shibuya, no Japão (ah, só para lembrar: Todo o jogo é ambientado no distrito de Shibuya, uma localidade real do Japão). Neku percebe que tem consigo um botton que nunca havia visto antes, e, quando o pressiona na palma de sua mão, consegue ouvir os pensamentos de todas as pessoas ao seu redor.
Como se não bastasse estar confuso sobre o porquê daquele bottom estranho estar com ele, criaturas estranhas parecidas com sapos começam a aparecer do nada e o atacam, mas ninguém ao seu redor parece se importar com isso.
E é então que surge Shiki, que apesar de não saber muito mais do que você sobre o que está acontecendo ali, pede a Neku para que forme uma parceria com ela, para que ambos possam derrotar aqueles bichos estranhos e sobreviver.
Depois da batalha (que traz um breve tutorial sobre o confuso esquema de luta, trato dele depois), Shiki conta o pouco que sabe para Neku sobre o Reaper's Game.
E é nesse rítmo meio acelerado que o jogo começa e se mantém por grande parte do jogo.
Obviamente, explicando tudo isso, o enredo do jogo perde grande parte da graça. Mas jogando, podemos perceber o quanto o mesmo é bem trabalhado e o quão bem os fatos são apresentados ao jogador. Nada é "jogado" na sua cara sem mais nem menos. Em grande parte do jogo, você sabe muito pouco a mais do que os personagens principais, e precisa descobrir o grande emaranhado de fatos confusos por si mesmo.
Devo dizer que achei o enredo do jogo um dos mais originais que já vi, principalmente para um RPG. Deixando de lado as temáticas batidas de eras medievais, no caso de JRPGs, ou ficção científica no caso dos RPGs ocidentais, TWEWY é mais focado em evolução emocional e comportamental dos personagens, e é por isso que você se sentirá tão apegado a eles durante o desenrolar do game.
Cada personagem tem uma história, uma motivação e m objetivo diferente dos demais, e com o desenrolar dos fatos você vai aprendendo a gostar de cada um deles, e até mesmo fica na expectativa para que um novo diálogo apareça para que você saiba um pouco mais da história de seu parceiro atual.
Deixando o enredo um pouco de lado (só um pouco, volto a falar um pouco mais dele depois), falemos então da jogabilidade, que é sem dúvida um dos pontos mais intrigantes e chamativos do game.
Sendo um JRPG, é de se esperar que seja pelo menos em turnos, certo? Bom, pense de novo. TWEWY passa muito longe de ser um RPG em turnos, muito pelo contrário. Durante as batalhas, a ação é completamente frenética. Primeiramente, você controla não um, mas dois personagens ao mesmo tempo e em tempo real. Apesar disso parecer bem complexo no começo (e é), não demorará muito para você se acostumar com o diferente sistema de batalhas. Na tela de baixo, o jogador controla Neku através da Stylus (ou do microfone, dependendo do Pin), e tem à sua disposição diversos Pins, que nada mais são do que ataques do personagem. Cada Pin possui um tipo diferente de jogabilidade, sendo que alguns exigem que você clique em algum lugar para disparar projéteis, outros pedem que você risque o inimigo com a caneta para que Neku execute um movimento de corte, alguns exigem que você sopre o microfone para criar ondas de som, enfim, existe uma infinidade de psychs (o nome dos poderes dos Pins) diferentes para você testar e decidir quais se encaixam melhor no seu estilo de jogo.
E como se isso já não fosse complexo o bastante, a tela de cima ainda é ocupada pela sua parceira Shiki, que deve ser guiado pelos botões direcionais, para completar uma sequência de ataques correspondentes a uma carta, que, quando efetuadas corretamente, dão acesso a um ataque especial que, além de tirar um grande dano de todos os inimigos da tela (que geralmente não são poucos), ainda recupera um pouco a sua barra de HP.
E por falar em barra de HP, você possui uma só para os dois personagens. Exatamente, tanto Neku quanto Shiki dividem a mesma vida, ou seja, não adianta se focar em enfrentar os inimigos apenas com um deles e deixar o outro abandonado, pois isso raramente fará algum efeito.
Por sorte, caso você ache controlar dois personagens simultaneamente complicado demais (e por que você acharia isso?), existe uma opção para fazer com que o computador tome conta do personagem na tela de cima por você, quando não estiver controlando-o. Isso sem dúvidas poupa algum trabalho, mas nem de longe é tão efetivo quanto controlá-lo você mesmo.
Achou o sistema de batalha muito complicado e difícil de se dominar? Não se preocupe, pois ele realmente é. Porém, como já foi dito, não é nada impossível de se acostumar, e em bem pouco tempo você já estará completamente apto a fazer isso naturalmente.
Falemos um pouco da parte gráfica do jogo agora. O visual não é nada de excepcional, mas ainda é bem agradável. O design dos personagens é feito por ninguém menos do que Tetsuya Nomura, que caso você não saiba, é responsável por desenhar os personagens de grandes jogos da Square como Final Fantasy VII, VIII, X, entre vários outros episódios e a série Kingdom Hearts.
A parte sonora também tem seu brilho. Composta em grande parte de músicas cantadas que passam muito bem o estilo do jogo, o game conta com várias faixas de J-POP de deixar muito anime com inveja. Além, claro, de várias músicas instrumentais compostas por ninguém menos que Takeharu Ishimoto, responsável também por faixas de grandes franquias como Final Fantasy, Kingdom Hearts, entre vários outros.
Ou seja, tanto o visual quanto o áudio ficaram em ótimas mãos.
Ah, e só para constar, estou ouvindo o CD com a trilha sonora agora mesmo.
E além de tudo isso, grande parte do jogo é dublada. E muito bem, diga-se de passagem. Apesar da dublagem ser inglesa (o que, se tratando de jogos japoneses geralmente é algo péssimo), ela é bem característica e fluída, coisa rara em jogos traduzidos do japonês para o inglês.
A jogabilidade fora das batalhas é bem simples. Guie Neku através das áreas da cidade com o direcional ou clicando com a Stylus, o que você preferir. Clicando no ícone do Player Pin que fica no canto inferior direito da tela, você tem a chance de ler os pensamentos de quase todos os transeuntes, o que se mostra necessários para resolver alguns enigmas do game e para obter informações importantes.
De qualquer forma, The World Ends With You tem muito conteúdo para te deixar ocupado por um bom tempo. Terminou o modo história? Não se preocupe, o jogo tem vários extras para serem coletados, alguns deles inclusive para te ajudarem a entender melhor a história do jogo que, mesmo após você ter finalizado, ainda ficou meio confusa na sua cabeça.
Além disso, há um outro capítulo especial chamado "Another Day", que traz um bocado de coisa nova para se fazer, numa história paralela a do jogo em si. E talvez seja aí que este extra peca: não tendo relação com a história, o capítulo se torna pouco atrativo para os que, assim como eu, jogaram o jogo todo principalmente pelo enredo.
E, se você não está afim de nada disso, ainda pode ficar brincando no mini-game de Tin Pin Slammer, um joguinho que parece uma mistura de futebol de botão com BeyBlade (sim, é bem estranho).
Mesmo assim, o jogo possui conteúdo suficiente para ocupar o Slot 1 do seu DS por um bom tempo. Existe uma quantidade absurda de Pins para serem coletados, sendo que a maioria deles evolui, e alguns de formas diferentes do convencional ganho de experiência das batalhas, pois o tempo que você passa com o jogo desligado, se converte em experiência para os Pins quando você ligá-lo novamente.
Enfim, é meio difícil descrever a grandiosidade de TWEWY. Tudo fica muito mais fácil de ser compreendido quando jogamos o título, e recomendo que todos o façam. Obviamente, como nem todos gostam do vermelho, nem todos se sentirão muito atraídos pelo título, mas existem muito mais chances de você ser, principalmente se estiver procurando por uma experiência completamente diferente no seu DS.
Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10
Enredo: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final: Com certeza, uma das melhores experiências que se pode ter no DS. O que mais chama a atenção é a evolução dos personagens no decorrer dos fatos, e o desenrolar da história é realmente cativante.
Pontos fortes: Enredo, sistema de batalhas diferente de tudo
Pontos fracos: É relativamente curto
Vídeo:
See ya!
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Review: Toy Story 3 (PSP)
Bom, fiz isso simplesmente porque eu adoro analisar games, e os outros dois blogs estavam completamente abandonados e defasados. Sendo assim, decidi que criar outro era mesmo a melhor opção. E, para estrear, nada melhor do que começar com uma review de um game feito para uma plataforma que eu nunca tinha analisado antes, não?
Ah, e por último, como o conteúdo do blog é importado de dois outros blogs diferentes, é possível que haja alguns problemas com tamanho de imagens e coisas do tipo. Com o tempo, isso será resolvido.
Bom, chega de conversa, vamos logo ao que interessa.
Toy Story 3 (2010, PlayStation Portable)
Não vou negar que, quando peguei o PSP do meu amigo emprestado, tinha como objetivo única e exclusivamente emular jogos de PS1 no portátil. Entre os títulos que eu pretendia jogar, estavam Sheep Raider, MegaMan Legends e... Toy Story 2.
Toy Story 2 foi um dos jogos que mais marcaram minha infância jogando PlayStation, e, sem dúvidas, figura entre meus jogos preferidos, tanto da plataforma quanto no geral. Tenho memórias muito boas do game, como objetivos variados, cenários bem construídos, um visual agradável (para o console, claro), enfim, muitas qualidades que me fizeram adorar o jogo logo de início.
Devido a alguns imprevistos, não pude emular o console no PSP. Sendo assim, para não ficar com o portátil parado, decidi começar a procurar alguns jogos próprios do mesmo. E foi aí que me lembrei que Toy Story 3 tinha sido lançado, e sim, ele recebeu uma versão para PSP! Viva!
Mas... será que essa versão se iguala às boas memórias que tenho do antecessor do PlayStation?
Em geral, devo dizer que sim. O jogo é realmente muito bom. Antes de tudo, vou pedir encarecidamente para que você pegue todo o preconceito de "este é um jogo para crianças" ou "este é um jogo baseado em filme" e jogue-o pela janela.
É imprescindível que esses preconceitos sejam deixados de lado, e caso sejam, você será capaz de desfrutar de um ótimo título.
Comecemos a análise em si então.
Visualmente falando, o jogo é muito agradável. Muito mesmo. Obviamente, não se compara às versões para consoles domésticos, mas mesmo assim ainda agradam. Não vemos muito quadriculado ou serrilhado nos personagens e as animações são bem fluídas. Mas o destaque maior vai para os cenários, que são réplicas bem fiéis dos cenários do filme.
As fases são muito bem construídas, com vários lugares para o seu personagem se pendurar (no maior estilo Splinter Cell), passagens secretas pelas saídas de ar, cadeiras para subir em cima, lustres para se balançar, tudo isso tomando cuidado para não cair de muito alto, além dos perigos como o fogão aceso, água e afins.
O som do jogo não é nada de mais. As músicas-tema das fases são bem parecidas, e as vezes isso fica monótono, mas nada que te faça ter vontade de abaixar o volume. Os personagens são dublados pelos próprios dubladores do filme, nas três línguas disponíveis (inglês, espanhol e francês), e vários detalhes de dublagem fazem a parte sonora ter um brilho a mais, como por exemplo, as frases que o Woody diz quando sua cordinha é puxada ao máximo.
Mas é na jogabilidade que o grande problema do jogo se encontra. Os comandos são até que bem executados, sendo X o botão para pulo, Quadrado para ataque e o Círculo é o "botão de ação", sem nenhuma opções de alteração. Os botões L e R, quando pressionados simultaneamente, fazem com que apareça o andamento do jogador na fase, isto é, quantos itens ele já adquiriu até o momento nas duas missões disponíveis em cada fase, além da contagem de estrelas. Até aí, sem problema algum, pois é na movimentação dos personagens que as dificuldades aparecem. O jogo nos obriga a guiar os brinquedos pelo analógico do PSP que, como não é segredo para ninguém, é horrível. Enquanto isso, o direcional digital serve apenas para mostrar dicas que são, no mínimo, inúteis.
Quanto ao fator replay, o jogo traz o bastante para manter o jogador com o PSP nas mãos por um tempo considerável. Apesar das fases não serem nem muito curtas e nem muito compridas, temos um número considerável de missões, que devem ser passadas no mínimo 3 vezes cada para que todos os troféis sejam coletados. No modo Story, o jogador tem três objetivos, que são diferentes de fase para fase. O segundo é apenas um Time Attack, e no terceiro, o jogador deve destruír todos os blocos antes que o tempo acabe, e para desbloquear esses dois, basta terminar o nível uma vez no modo Story. Nada muito complexo.
E além disso tudo, o jogo ainda tem um sistema de troféus, similares a Achievments, que consistem dos dois objetivos distintos de cada fase, em sua maioria bem fáceis de serem obtidos.
E além disso, o game ainda conta com mais três modos diferentes apenas para mini-games: "Woody's Roundup", que é um pequeno mini-game em preto-e-branco do programa de TV "O Rodeio do Woody", em que você deve testar seus reflexos, "Buzz Lightyear Adventures", em que você deve guiar Buzz por missões interplanetárias no jogo de video game do personagem, e por fim o terceiro, "Alien's Escapades", que, bem... Não posso dizer muito sobre esses minigames pois eu simplesmente não os joguei. Existem apenas dois deles no jogo, e ambos são para download via PSN, ou seja, precisam ser comprados. E, obviamente, eu não vou comprar minigames para um jogo de uma plataforma que eu nem tenho!
Infelizmente, o tão falado "Toy Box Mode" que as versões domésticas do jogo possuem foi limado desta edição. Não sei bem ao certo como funciona este modo de jogo, pois ainda não tive a oportunidade de testá-lo, mas posso dizer que mesmo sem isso, a versão de PSP consegue seu brilho.
Obviamente, o jogo é mais aproveitado pelos fãs da série, principalmente os menores, mas todos podem se divertir um pouco com os brinquedos do Andy.
Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 6,5
Som: 7,5
Diversão: 9
Replay: 8,5
Enredo: 8
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Nota final: 8
-
Comentário final: Toy Story 3 é um ótimo jogo sem ser pretencioso. Claramente destinado ao público infantil, mesmo assim o jogo ainda consegue entreter os maiores, apesar de ser um tanto quanto fácil às vezes.
Pontos fortes: Gráficos bem trabalhados, alta longevidade
Pontos fracos: Baixa dificuldade em certos momentos, certo número de conteúdos pagos
Vídeo:
See ya!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Review: Rock Band 2 (Wii)
Como vocês podem perceber, sou um grande fã de jogos rítmicos/musicais. Aliando isso ao meu gosto musical mais voltado ao bom e velho Classic Rock, posso afirmar que sempre fui um fã da série Guitar Hero.
Isto é, até o momento em que eu conheci a franquia Rock Band (que, convenhamos, é muito menos difundida do que a série Guitar Hero), e percebi como estes jogos da Harmonix são mais bem feitos do que os games dos heróis da guitarra. Possuindo um visual com um acabamento infinitamente melhor, um design mais atraente, uma playlist mais variada, uma jogabilidade mais precisa, entre tantas outras qualidades, é impossível não gostar de Rock Band.
Confesso que depois que conheci melhor esta "nova" franquia, os jogos da série Guitar Hero perderam muito o prestígio que eu tinha por eles. Veja bem, estamos falando de um jogo que foi lançado em 2008, mas que possui um gráfico praticamente igual no Wii e nos consoles HD, coisa que o novo Guitar Hero 5 não faz nem de longe. Ok, temos uma animação um pouco mais precária aqui e acolá, um pouco de cabelo atravessando os personagens mas até aí, nada chega a atrapalhar de fato a diversão que o game proporciona, principalmente quando temos a oportunidade de ver uma animação tão precisa de notas e baquetadas, só ficando atrás mesmo de The Beatles: Rock Band que, por sinal, é da mesma série. Não me espanta que o jogo do quarteto de Liverpool seja o melhor game musical já feito. O visual tem um nível de detalhes satisfatório, tanto dos personagens quanto dos cenários, que por sua vez, são muitos, e todos bem feitos.
Deixando um pouco as comparações de lado (quero esclarecer que em momento algum quero desmerecer a série Guitar Hero, mas comparações são inevitáveis), vamos falar um pouco da playlist do game em questão. São 84 músicas de gêneros completamente diferentes, indo de Classic Rock ao Metal, passando pelo Emo e o Pop-Rock. Ponto para a Harmonix, que percebeu que nem todos os fãs de jogos musicais necessariamente são atraídos por músicas mais pesadas. Isso trás tanto jogadores que curtem essas musicais mais pauleiras quanto pessoas que gostam de umas músicas mais calmas. Além disso, muitas bandas que estão presentes no game não são muito famosas, o que nos incentiva a conhecer novas bandas.
Quanto à jogabilidade, não há muita coisa a se dizer. Rock Band (o primeiro) reinventou este estilo de jogo adicionando a bateria e o microfone à fórmula dos primeiros Guitar Hero (que, para quem não sabe, na época também eram desenvolvidos pela Harmonix), o que foi uma adição muito boa. Para alguns, um ponto negativo do jogo é a obrigatoriedade de um periférico para desfrutar totalmente do game, mas eu particularmente não vejo muitos problemas nisso, ainda mais no Wii (quem já tentou jogar Guitar Hero III no WiiMote sabe do que estou falando). Os periféricos possuem uma precisão muito boa, além de um acabamento muito bem feito (no entanto, confesso que utilizo os instrumentos que vieram no meu The Beatles: Rock Band Special Venue Edition. Beatles eternos!).
Um ponto positivo que não posso deixar de citar é o microfone. A precisão do vocal é muito boa, infinitamente superior à da série Guitar Hero, que chega a ser frustrante. Aqui, é muito difícil você errar alguma coisa por conta de problemas no game e não por falta de habilidade. Novamente, só fica atrás do game do Fab Four, mas isso não importa, sendo que Rock Band 2 veio antes.
Uma característica dessa franquia que eu acho muito positiva é a escassez de títulos. Exatamente, não há muitos jogos da série disponíveis, pois a maioria das inclusões de faixas é feita por meio de DLCs, sendo boa parte deles pagos. São apenas três títulos da série até agora, sendo eles Rock Band, Rock Band 2 e The Beatles: Rock Band. Além desses, Green Day: Rock Band e Rock Band 3 já foram anunciados. Isso faz com que o jogador enjoe menos da série, e não torna necessário que você compre um jogo novo a cada seis meses, um sinal óbvio de que uma franquia se tornou um caça-níqueis.
Como é de conhecimento geral, jogos desse gênero possuem um nível de diversão altíssimo, e um fator replay quase infinito (para os fãs do estilo, claro). Mesmo sabendo disso, a Harmonix decidiu incluir um modo de criação de personagens que, sinceramente, é muito completo. Apesar de não podermos customizar muito a face dos nossos rockstars, a enorme gama de roupas e instrumentos disponíveis para compra mais do que compensa por isso. Na hora de criar seu personagem, tudo é muito fácil e intuitivo, e com tantos modelitos disponíveis, é muito difícil encontrarmos dois personagens iguais, a não ser que isso seja proposital. Além de escolher as roupas, instrumentos e acessórios, ainda é possível mudar a cor de tudo isso, tornando a customização ainda maior. Ver sua banda toda com roupas combinando é algo que definitivamente é legal.
O título conta com vários modos de jogo. Para os que querem habilitar músicas (pois neste game, não temos todas as canções abertas desde o começo) e ver sua banda atingir níveis de fama incríveis, o modo World Tour é ideal. Para os que curtem um desafio, há todo um modo para isso também, com recompensas e tudo o que se tem direito. E, claro, para os que querem curtir com os amigos, temos diversos modos multiplayer online e offline. É possível até mesmo incluir alguém da rede na sua banda, para que você continue completando os desafios, ou você mesmo entrar na banda de alguém e ajudá-los.
Assim como em The Beatles: Rock Band, o online é perfeito, e qualquer slowdown é muito raro. O jogo flui normalmente, e nem mesmo o loading demora mais para acontecer; parece até que estamos jogando em multiplayer local. Porém, falando em online, não posso deixar de comentar algo que pode ser muito frustrante para alguns. Sempre que você tentar jogar em qualquer modalidade, mesmo que seja sozinho, o jogo vai tentar se conectar com a internet. E, caso você não tenha acesso à net, vai demorar bastante até que o jogo diga que não conseguiu se conectar. Isso pode atrasar a jogatina, e chega a causar frustrações às vezes.
Ainda falando sobre o modo online, vale dar destaque à algo muito legal que a Harmonix preparou para os jogadores. Quando você se conecta à internet pela primeira vez, você ganha, além do seu Friend Code, um código chamado Web Code. Esse código deve ser incluído junto com o número do seu Wii (você pode consultá-lo no menu do video game) no próprio site do Rock Band, e ter acesso à todos os dados da sua conta no site, como suas bandas, seus personagens, etc. E além disso, é possível criar imagens com seus personagens, fazer várias cenas diferentes, fazer produtos como camisetas, bottons, e até mesmo mandar fazer um modelo em miniatura do seu rockstar, com instrumentos e tudo. Ponto positivo para a Harmonix pela interatividade!
Não importa que tipo de jogador você é. Seja casual ou hardcore, metaleiro ou rockeiro, Rock Band 2 foi feito para você. E se você não conhece a série Rock Band ainda, fica a dica, vale muito a pena.
Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 9
Replay: 9,5
Enredo: 7
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Como fã de jogos rítmicos/musicais, Rock Band 2 é um dos melhores que já tive a chance de jogar. Elevando o gênero a um patamar em que Guitar Hero jamais esteve, Rock Band inovou o estilo com mudanças muito bem-vindas.
Pontos fortes: Variedade de músicas grande, jogabilidade precisa e desafio na medida certa
Pontos fracos: O jogo tenta se conectar com a internet o tempo todo, o que pode ser chato; perder fãs por sair das playlists é algo que atrapalha também
Vídeo:
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Pessoal, desculpem a falta de imagens, devido a alguns problemas vou ter que adicioná-las mais tarde.
See ya!
sábado, 20 de março de 2010
Review: Tatsunoko vs. Capcom: Ultimate All-Stars (Wii)
Vocês que acompanhavam meu antigo blog, o NintenDoofie Reviews, talvez já tenham lido a review da versão japonesa desse jogo, o Cross Generation of Heroes. Se você o fez, desconsidere aquela análise. É um dos meus primeiros textos, e eu cometi alguns enganos durante o processo de escrita e nas avaliações.
Dito isso, podemos começar a analisar esta nova versão do game.
Quando a primeira versão do game, o Cross Generation of Heroes foi lançado, muitos fãs ocidentais ficaram decepcionados por terem sido poupados de receber aquele ótimo game, que tinha sido confirmado de ficar apenas pela terra do sol nascente por alguns problemas de direitos autorais. Para que você não fique sem entender nada, vou explicar rapidamente a situação do game: no Japão, todos os personagens da Tatsunoko obviamente tem seus direitos autorais retidos pela mesma. Já no ocidente o caso é um pouco diferente, pois os personagens pertencem a empresas distintas, dificultando o processo de autorização. Além disso, a Capcom imaginou que o game não faria sucesso por estas bandas, por possuir um lado apenas com personagens de animes antigos demais, que muitos de nós nem sequer conhecemos. Tendo em vista essas dificuldades, era muito pouco provável que o game desse as caras aqui por estas bandas.
Mas os fãs insistiram, e a Capcom viu que o game teria sim um mercado muito amplo aqui deste lado do planeta, e decidiu que valia a pena lançá-lo aqui também. E foi o que ela fez. Ultimate All-Stars se trata da versão ocidental de CGoH. Mas não foi simplesmente uma tradução; a empresa decidiu ir além, e expandir os horizontes do game. Sendo assim, UAS não é apenas a versão americana do jogo lançado em 2008 no Japão, mas sim uma expansão do mesmo.
Muitas coisas foram adicionadas nesta versão do game, e algumas subtraídas. A adição mais notável são os novos personagens. Foram adicionados dois novos personagens do lado da Capcom, e três do lado da Tatsunoko (para compensar a ausência do Hakushon Daimaou, que não pode ser incluído nessa versão do game). Logo atrás na lista das principais adições, vem o modo On-line, que está longe de ser perfeito. O lag presente é considerável, e muitas vezes atrapalha de forma muito significativa as partidas pela rede. Felizmente, quando jogamos com algum amigo, isso é mais leve.
A parte sonora pode ser considerada um ponto negativo. O game japonês possuía uma trilha sonora excelente, com uma música exclusiva de cada personagem. Já esta versão, sabe-se lá por que, não possui as mesmas canções legais da primeira edição. Em vez disso, a Capcom decidiu colocar uma música para cada estágio, o que obviamente diminuiu muito a quantidade de faixas presentes no título. Mas isso seria perdoável caso as músicas fossem legais, o que não acontece. A parte sonora ficou muito sem graça, com músicas pouco inspiradas. Já a dublagem é outro caso, atendendo às preces de muitos, foram mantidas as vozes originais. Isso é muito bom, visto que o primeiro game possuía uma dublagem de primeira linha. Mesmo assim, poderiam ter incluído legendas nas falas dos personagens, já que seria bem mais legal se pudéssemos entender o que eles falam, né?
Visualmente, o game mantém-se o mesmo da versão original, o que também é muito bom. Os gráficos são em um estilo cel-shading, e possuem texturas muito bem feitas. Apesar de às vezes termos alguns problemas de cabelos ou coisas do tipo atravessando o corpo do personagem, isso não é nada que atrapalhe muito o produto final. Os efeitos visuais dos golpes são um show à parte, e as finalizações dispensam comentários. Infelizmente, há um ponto negativo aqui também. As cenas finais em animação que eram apresentadas ao finalizar o game com cada personagem foram excluídas dessa versão, sabe-se lá por quê. Ao invés disso, ficamos apenas com as ilustrações estáticas e os textos. Por falar em ilustrações, estas também foram refeitas pelo estúdio canadense UDON, e podemos dizer que este fez um bom trabalho.
Quanto à jogabilidade, alguns aprimoramentos foram feitos em relação à primeira versão. Agora, os personagens estão mais equilibrados, e coisas como o combo infinito do Karas não acontecem mais. De resto, o jogo mantém-se o mesmo: por trás da aparência simplista dos controles, há uma grande gama de estratégias a ser desenvolvida pelos jogadores que buscam masterizar um personagem. Por falar em personagens, as adições ficaram por conta de Zero (MegaMan X) e Frank West (Deadrising), do lado da Capcom, enquanto a Tatsunoko conta com reforços de Yatterman-2, Tekkaman Blade e Joe the Condor.
O primeiro game contava com diversos minigames, todos meio bobinhos e chatos. Mas na nova versão, eles foram todos substituídos por um único jogo, bem mais desenvolvido e divertido. Para habilitá-lo, basta que o jogador pegue todas as letras coloridas durante os créditos finais do jogo. E falando em habilitar, vamos falar um pouco sobre outro atrativo do game, os extras. Ambas as versões estão recheadas de coisas para se habilitar, como biografias dos personagens, cores alternativas e artworks oficiais. Isso prolonga bastante a vida útil do game (que já não é pequena, vamos admitir), principalmente para os jogadores que gostam de habilitar todos os extras.
Enfim, Cross Generation of Heroes marca a estréia das séries "VS." no Wii com grande estilo, e Ultimate All-Stars é um "update" muito digno. Certamente, o melhor jogo de luta de 2010 (e sim, eu sei que vai sair uma nova versão de Street Fighter IV. Quem liga?), vamos aguardar as continuações que certamente virão!
Avaliação:
Gráficos: 9,5
Jogabilidade: 8
Som: 9
Diversão: 9
Replay: 8,5
Enredo: - (É um jogo de luta, não tem enredo!)
-
Nota final: 9
-
Comentário final: Jogar com MegaMan Volnutt trás lembranças tão nostálgicas... Tomara que a Capcom decida lançar um MegaMan Legends 3! ...Ok, sei que isso não tem nada a ver, maaaas...
Pontos fortes: Grande lista de personagens, e uma lista de extras maior ainda
Pontos fracos: Podiam ter extras um pouco mais úteis
Vídeo:
See ya!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Review: The Legend of Zelda: Spirit Tracks (NDS)
Mesmo tendo sido lançado em dezembro do ano passado, o jogo concorreu a melhor game do ano (e, consequentemente, melhor jogo para Nintendo DS & melhor jogo para portáteis), e com razão, diga-se de passagem.
O que já era ótimo em Phantom Hourglass, conseguiu ficar melhor ainda em Spirit Tracks. Sério, eles conseguiram! A jogabilidade foi aprimorada, e agora Link responde ainda melhor aos comandos da Stylus. O visual foi refeito, e está muito mais bonito. O som é épico, como é padrão da série. Diversão e replay nem precisam ser comentados, certo?
Por incrível que pareça, dessa vez o enredo traz inovações bem ousadas (para o enredo padrão da franquia, claro). Neste episódio, que é continuação direta de Phantom Hourglass (se você jogou o primeiro, vai notar várias referências bem claras), Link, ou seja lá o nome que você quiser colocar no personagem principal, pretende se tornar um maquinista, neste reino que é praticamente todo coberto por trilhos. Estes trilhos são chamados Spirit Tracks, e segundo as lendas, já estavam lá quando as pessoas começaram a habitar o local. Em sua cerimônia de certificação, presidida pela própria Princesa Zelda em pessoa, tudo parecia normal... A cerimônia ocorre, e a princesa demonstra certo interesse no protagonista. Nada fora do normal, além de uma figura estranha que usa dois chapéus na cabeça. Esse personagem é o conselheiro real, e todos nós aprendemos, com jogos e filmes, que o conselheiro real nunca é uma boa pessoa. Ainda mais se ele usar dois chapéus e parecer um duende escocês.
Enfim, a cerimônia termina e Zelda manda um bilhete à Link, pedindo para que o mesmo a encontre em seu quarto mais tarde. Será que alguma coisa finalmente vai acontecer?? Não se anime tanto. Quando Link chega, Zelda diz que ela suspeita de que um grande mal está prestes a acontecer (oh!) e que Link é o único que ela acha ser capaz de ajudá-la nesse momento. (OOH!) Então, os dois rumam ao Spirit Temple, cujo nome em português soa ridículo, para ver se o pressentimento de Zelda é verdadeiro. E, no caminho eles são atacados pelo... CONSELHEIRO!!!
Eu disse, conselheiros nunca são gente boa, principalmente se usarem dois chapéus.
...Aliás, que tipo de pessoa usa dois chapéus?!
De qualquer modo, o conselheiro mostra que seus dois chapéus na verdade escondem um par de chifres, o que justifica o uso dos acessórios, pois realmente um par de chifres é mais bizarro do que um par de chapéus. Ou não.
E então, o conselheiro revela seu plano maligno e... Ataca Zelda!! Então, Zelda cai no chão e... seu espírito sai do corpo.
Como assim?!! Zelda morreu?? E nos primeiros dez minutos de jogo?! Calma, não é bem isso. A princesa apenas desincorporou. O Conselheiro pretende usar o corpo da loirinha para governar o reino. Então, cabe a Link, junto do espírito de Zelda, restaurar os Spirit Tracks que sumiram e então derrotar o vilão!
Mas... O que diferencia este enredo dos demais da série?
Além do fato de Zelda te acompanhar (pelo menos espiritualmente), por todo jogo, há uma novidade: O espírito da princesa pode incorporar nos Phantoms (você se lembra deles? Tinham vários no primeiro jogo!), tornando-os personagens controláveis que te auxiliam na resolução de puzzles. E vai um destaque para a princesa, que consegue deixar até mesmo um Phantom daquele tamanho parecer feminino, quando controlado por ela. É engraçado ver uma criatura de tal porte físico saltitando de alegria. Se uma atuação dessas não merecer um Oscar, eu não sei o que merece.
Como já citado anteriormente, praticamente tudo o que havia de bom no jogo anterior foi melhorado. O primeiro episódio podia se gabar de ter gráficos impressionantes, um dos melhores do portátil, apesar de alguns problemas com a resolução. Pois o segundo episódio conseguiu superar! Novamente o jogo adota o estilo cel-shading, e para remediar essa falha na resolução, os personagens foram reduzidos. Ou seja, agora a câmera se encontra num ponto mais alto do que no game anterior, digamos assim. Isso ajuda bastante, pois faz com que os personagens fiquem menores, e, assim, menos pixels podem ser vistos. Os cenários também são ótimos, muito detalhados e até que possuem uma boa variação. Durante as viagens de trem, é bem visível que as paisagens não passam de texturas, e a maioria das árvores são planas, mas isso não é algo que realmente prejudique o visual, se pensarmos que fazendo isso eles economizaram um bom espaço para fazer o jogo maior.
Alguns chefes mudam a perspectiva da câmera, o que gera um efeito muito legal também, apesar de já ter sido visto em outros jogos. Por falar em chefes, são todos muito bem feitos, com um nível de detalhamento impressionante.
A jogabilidade manteve-se quase inalterada, e as poucas mudanças foram para melhor. O esquema de comandos ainda permanece totalmente executado pela tela de toque, enquanto os botões servem como atalhos. Zelda, quando dentro do Phantom, pode ser controlada da mesma forma que eles eram controlados no modo multiplayer de PH; risque uma rota na tela e a personagem a segue. Seria melhor se o guerreiro pudesse ser controlado de forma livre como Link, mas este jeito é bem funcional também e dá conta do recado. Infelizmente, não é sempre que você pode controlar um dos monstros; eles ficam restritos apenas ao templo principal. Obviamente, essa novidade do game que, com
certeza, possibilitaria uma gama de puzzles imensa e podia muito bem ser ampliada para, quem sabe, controlar o guerreiro por todo o jogo. A maior "novidade" na jogabilidade, além de poder controlar um inimigo, é a maior utilização do microfone do DS. Vários itens adquiridos ao longo do jogo fazem uso do microfone, como a flauta que é o principal equipamento do game. Isso é algo bem interessante, mas impossibilita que você jogue o título em qualquer lugar.
Não, não digo isso pelo fato de você ter que ficar igual um retardado soprando o video game em público, mas sim pelo barulho ambiente. Como todos sabemos, o microfone do DS identifica sons e ruídos para executar suas funções. Isso significa que você não pode jogar em um ambiente com muito barulho externo, a não ser que queira ficar disparando o tornado o tempo todo.
Tirando esse pequeno inconveniente, a jogabilidade é primorosa. Diferente de diversos outros títulos que fazem uso abusivo da tela de toque, Zelda consegue executar a tarefa com maestria. Aqui, você realmente anda para onde quer andar, pega o vaso quando quer pegar, e ataca quando quer atacar.
Sim, essa foi pra você, Scribblenauts!!
A diversão é algo que dispensa comentários. Zelda é divertido de qualquer jeito, e o game apresenta uma grande variedade de itens, caminhos e ambientes que garantem fazer você perder algumas dezenas de horas explorando os mapas. O fator de replay, assim como no game anterior, é bem alto, mas fica comprometido pela exploração repetitiva do templo principal. No começo, é um local bem bacana, mas com o passar do tempo, começa a ficar bem difícil e chato, pois você sabe que assim que passar um templo, vai ter que voltar lá para liberar outro pedaço do mapa. Não é algo muito ruim, mas é um conceito que poderia ser revisto.
As músicas são um show à parte; realmente épicas. Verdadeiras composições que só a série Zelda consegue ter, uma trilha sonora daquelas que você se pega cantarolando depois de terminar o jogo.
The Legend of Zelda: Spirit Tracks é uma continuação mais do que digna de Phantom Hourglass. Tendo todos os seus aspectos melhorados, o primeiro título, que já era um clássico do portátil, foi superado pela continuação. E para os jogadores do primeiro game, vão reconhecer vários personagens logo de cara. Apesar do game se passar vários anos após o enredo do primeiro, alguns personagens ainda estão vivos, e até alguns descendentes marcam presença, como Lineback III. E sim, ele é tão ganancioso quanto seu avô, e vai fazer de tudo para arrancar seus preciosos Rupees de maneira abusiva.
Avaliação:Jogabilidade: 10
Som: 10
Diversão: 9
Replay: 8,5
Enredo: 8,5
-
Nota final: 9,5
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Comentário final: Merecia ter ganho como melhor jogo de portátil do ano, sem dúvidas. GTA? Que merda é essa??
Pontos fortes: Gráficos lindos, jogabilidade perfeita e trilha sonora envolvente
Pontos fracos: Repetição do templo principal, e a ideia de controlar o Phantom podia ser mais explorada
Vídeo:
See ya!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Review: Guitar Hero 5 (Wii)
Tendo sido lançado praticamente junto com The Beatles: Rock Band, Guitar Hero 5 é frequentemente comparado ao jogo do Fab Four. Uma comparação infinitamente injusta, diga-se de passagem.
Em todos os aspectos, GH5 é inferior ao TB:RB. Mas prefiro não ficar comparando muito, porque se não vão achar que eu estou desmerecendo o título simplesmente por ser fã dos Beatles e ter uma preferência maior pela franquia Rock Band do que pela série Guitar Hero (ambas verdades, mas enfim, estou analisando simplesmente o jogo, e não comparando-o aos demais).
Visualmente falando, o jogo é lindo... no XBOX360. No Wii, o visual é porco ao extremo. A platéia parece ter saído diretamente de um jogo de Nintendo 64, pois são todos iguais, não possuem dedos, rosto e nem expressão. Fazem sempre o mesmo movimento, todos em sincronia, usam até mesmo a mesma roupa. A modelagem dos personagens até que é bem feita, mas não é melhor já vista em jogos do gênero (cofcofcofBeatlescofcofcof). Além disso, a barra das notas agora é preta, parecida com a do Rock Band. Ok, um ponto positivo, ficou mais bonito. No entanto, o Star Power dificulta um pouco a visão, pois a barra se torna azul no mesmo tom do azul das notas, o que torna um pouco complicado jogar com o Star Power ativado. Aliás, o jogo todo tem um clima meio "azul", já que praticamente todos os efeitos especiais são dessa cor.
Porém, acho que o maior problema fica por parte da playlist. São 85 músicas, e a princípio, esse número surpreende. Realmente, é uma quantidade grande quando comparada aos demais jogos, tanto da série Guitar Hero quanto Rock Band. No entanto, como todos sabemos, quantidade não é sinônimo de qualidade... e essa frase se aplica aqui. Apesar de um número enorme de músicas e um número igualmente grande de artistas (são 85 músicas, de 83 artistas diferentes), são muito poucas as músicas legais. Claro que aqui estamos aplicando gosto pessoal né, mas como quem escreve a review sou eu, quem dá a opinião sobre a setlist sou eu também. Na verdade, praticamente todas as pessoas que eu conheço não gostaram da seleção de faixas do jogo, o que prova que não é implicância minha.
A jogabilidade se mantém a mesma dos jogos anteriores, e como padrão atualmente, é necessário ter o periférico para poder tocar algum instrumento. Vale lembrar também que se você gosta de jogar no vocal em jogos de música, é melhor passar longe desse título. A precisão é péssima, e muitas vezes dá até raiva do jogo. A bolinha que marca o tom da sua voz fica pulando de cima do tom que você precisa alcançar para baixo dele, mas nunca acerta. Muitas vezes, quando você finalmente acerta uma nota e precisa manter o tom, nem adianta: por mais que você mantenha sua voz intacta, a bolinha do jogo vai variar. É simplesmente frustrante (e antes de qualquer coisa, não, o problema não é por eu não saber jogar).
Devido a estes significativos problemas, a diversão se compromete. E já que todas as músicas já vêm habilitadas desde o princípio, praticamente não há motivos para jogar. Uma opção interessante é a possibilidade de passar todas as músicas que você possui no GH World Tour para o GH5, é interessante mas não muito útil, já que para fazer isso é necessário possuir o disco do World Tour. Ainda assim, é um opcional válido, para poder montar playlists com as músicas de ambos os jogos.
Existe também um modo de interação entre o Wii e o Nintendo DS, em que o jogador com o DS deve proteger seu aliado em algum instrumento enviando armadilhas ao instrumento do oponente, que por sua vez tem um aliado com um Nintendo DS e você já deve ter imaginado o resto. Ao meu ponto de vista, esse tipo de jogo, em que o jogador deve usar de "itens" especiais para ganhar não combina com a série e sua proposta.
Uma outra novidade interessante e que eu torço para que seja mantida em títulos futuros (preferencialmente títulos de qualidade) é o modo Party Play. Nele, uma música aleatória começa a tocar, e então qualquer jogador pode entrar e sair do jogo no momento em que quiser, e até mesmo alterar a dificuldade durante a música. Além disso, existe um modo onde é possível jogar com os Miis. É um opcional bem tosco e inútil, mas enfim. Tudo isso além do já clássico modo de criação de músicas.
Enfim, com o mercado atual lotado de jogos musicais, existem opções muito melhores do que o novo GH5.
Avaliação:
Gráficos: 7
Jogabilidade: 7
Som: 7,5
Diversão: 6,5
Replay: 6
Enredo: 6 (Monte uma banda e saia tocando de tudo... mesma coisa que os outros jogos do gênero, sem tirar nem pôr.)
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Nota final: 6,5
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Comentário final: Definitivamente o GH mais fraco até agora. Ainda serve para tirar uma diversão com os amigos de vez em quando, para dar uma variada na playlist dos outros jogos, mas nada de mais. Eu particularmente acho a série Rock Band muito superior e mais bem trabalhada do que a franquia Guitar Hero, mas enfim, é questão de gosto. The Beatles: Rock Band é infinitamente melhor, mais bem feito e mais bem trabalhado.
...
Ok, não resisti.
Pontos fortes: O modo Party Play é uma proposta interessante, e a possibilidade de importar as músicas do World Tour também
Pontos fracos: Platéia mal feita, baixa qualidade das músicas
Vídeo:
See ya!