Review: Scribblenauts (2009, Nintendo DS)
Esqueça tudo o que você já viu relacionado a "jogos interativos": Scribblenauts é a palavra final em interatividade, afinal, qual outro game te dá um dicionário inteiro a disposição para passar uma fase?
Scribblenauts nada mais é do que o game mais criativo dos últimos tempos, e isso é um fato. É complicado explicar em palavras, pois a experiência proporcionada por esse game só pode ser sentida jogando.
A idéia do jogo é simples: Pegue a Starite em cada fase. Só isso. O que você faz para atingir o objetivo é que torna o jogo tão especial: Faça o que você quiser. Isso mesmo, o que você quiser! Clique no ícone do caderno no canto superior direito da tela, deixe sua imaginação fluir e escreva o que quiser (desde que não seja um produto protegido por direitos autorais ou de cunho pornográfico), e o game cria o objeto instantaneamente.
Você escolhe se quer seguir pelo meio lógico ou pelo criativo, por exemplo: em certo nível, o jogo pede para que o jogador derrube umas garrafas. O que você faz? Uma simples bola e a arremessa nas garrafas? Ou faz um elefante e usa um rato para o espantar e fazê-lo correr em direção às garrafas?
Este incrível game, fruto da imaginação da 5th Cell, mesma empresa por trás de Drawn to Life, peca em apenas um aspecto: A jogabilidade. E, infelizmente, a falha é grande. Inúmeras vezes, você morrerá não por falta de habilidade, mas sim porque enquanto tentava pegar um objeto, o jogo entendeu que você quis pular do barranco. Extremamente imprecisa, a jogabilidade faz com que o jogador esquente a cabeça mais do que os puzzles em si.
Desconsiderando esse aspecto (o que é difícil), o jogo possue um fator de diversão extremamente alto. A cada fase que você completa, habilita a mesma para passar no modo de desafio, que consiste em fazer com que o jogador passe a fase por mais três vezes seguidas, porém sem repetir nenhum objeto. Isso certamente te faz ficar um bom tempo preso ao game.
Obviamente, Scribblenauts não possue realmente todas as palavras do dicionário, mas são mais de 22 mil palavras que podem ser escritas pelo jogador para serem materializadas na tela. Algumas dela, claro, não possuem função para passar os puzzles, são apenas para se divertir. Até mesmo alguns memes da internet, como o "Keyboard Cat", estão presentes no game.
"Ah, mas eu sou péssimo em inglês. Não vou conseguir escrever as palavras que eu precisar!" Não sabe inglês? Sem problemas! O game tem suporte à língua portuguêsa. Ah, e digo mais: é português do Brasil, não de Portugal. Vamos torcer para que o game seja um "divisor de águas" em relação à games traduzidos em português.
Scribblenauts é um excelente game. A jogabilidade é sofrível, o que o faz perder vários pontos, mas continua sendo ótimo. O replay é quase infinito, e a diversão é garantida.
Avaliação:
Gráficos: 7
Jogabilidade: 6
Som: 9
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 8
-
Comentário final: Em Scribblenauts, quando você precisar de ajuda para passar uma fase, não vai procurar um detonado; vai procurar um dicionário. Genial.
domingo, 18 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Review: Where's Waldo? The Fantastic Journey (NDS)
Review: Where's Waldo? The Fantastic Journey (2009, Nintendo DS)
Conhecido por essas bandas como Wally, esse game tem o intúito de reviver aquelas tardes em que você sentava com o livro "Onde está o Wally?" no colo e ficava horas e horas procurando o rapaz que sempre se escondia nos mais inusitados locais das tumultuadas cenas.
Confesso que fiquei meio receoso com o título. Peguei com o pé atrás, já achando que seria mais uma das porcarias que o DS tem em quantidade abusiva. Felizmente, me enganei. Where's Waldo? The Fantastic Journey é um game muito divertido! O jogo cumpre muito bem a tarefa de relembrar as tais tardes procurando o magrelo de camisa listrada. Incrivelmente fiél ao livro, o jogo traz todos os desafios presentes na versão de papel: Missões de procurar o Wally (Waldo), procurar os itens que o feiticeiro manda, encontrar uma determinada cena, procurar as diferenças entre as imagens... e claro, sempre no meio de toda aquela algazarra característica do livro.
Não é muito fácil analisar esse game por critérios habituais, já que se trata de um jogo "sem gráficos/sem jogabilidade". O visual do game é bonito, mostrando as cenas bem detalhadas, sem serrilhados e até mesmo com algumas animações. A jogabilidade se resume ao clique nos itens, algo bem preciso por sinal, e a deslizar a stylus pela tela para mover a imagem. Ou seja, algo bem básico, simples e eficaz.
Where's Waldo prima pela diversão, claro. Porém, o game é extremamente curto, com pouquíssimas fases e de rápida resolução. Em alguns momentos, o jogo se mostra bem fácil, fator esse que talvez se dê por conta do jogo ser destinado a um público um pouco mais novo. Mesmo assim, o ítem do osso, que faz com que o cachorro encontre o que é pedido pra você, torna o game fácil de mais. Talvez esse item devesse ter uma quantidade mais limitada, pois as vezes é possível passar a fase quase toda com eles, basta encontrá-los. O jogo é bem divertido, diria até viciante, mas peca pelo tempo de jogatina, muito curto. Talvez devêssemos ter mais fases diferentes.
Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Som: 7,5
Diversão: 10
Replay: 9
-
Nota final: 8
-
Comentário final: Em suma, o game cumpre a função, de ressucitar os momentos de diversão da nossa infância buscando por Wally em páginas de gigantescos livros, mas de uma maneira mais "tecnológica". O final do game deu a entender que haverá uma continuação... Será? Tomara!
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Pelo visto, Wally levou as imagens da versão de DS com ele. Não consegui achar! :(
Conhecido por essas bandas como Wally, esse game tem o intúito de reviver aquelas tardes em que você sentava com o livro "Onde está o Wally?" no colo e ficava horas e horas procurando o rapaz que sempre se escondia nos mais inusitados locais das tumultuadas cenas.
Confesso que fiquei meio receoso com o título. Peguei com o pé atrás, já achando que seria mais uma das porcarias que o DS tem em quantidade abusiva. Felizmente, me enganei. Where's Waldo? The Fantastic Journey é um game muito divertido! O jogo cumpre muito bem a tarefa de relembrar as tais tardes procurando o magrelo de camisa listrada. Incrivelmente fiél ao livro, o jogo traz todos os desafios presentes na versão de papel: Missões de procurar o Wally (Waldo), procurar os itens que o feiticeiro manda, encontrar uma determinada cena, procurar as diferenças entre as imagens... e claro, sempre no meio de toda aquela algazarra característica do livro.
Não é muito fácil analisar esse game por critérios habituais, já que se trata de um jogo "sem gráficos/sem jogabilidade". O visual do game é bonito, mostrando as cenas bem detalhadas, sem serrilhados e até mesmo com algumas animações. A jogabilidade se resume ao clique nos itens, algo bem preciso por sinal, e a deslizar a stylus pela tela para mover a imagem. Ou seja, algo bem básico, simples e eficaz.
Where's Waldo prima pela diversão, claro. Porém, o game é extremamente curto, com pouquíssimas fases e de rápida resolução. Em alguns momentos, o jogo se mostra bem fácil, fator esse que talvez se dê por conta do jogo ser destinado a um público um pouco mais novo. Mesmo assim, o ítem do osso, que faz com que o cachorro encontre o que é pedido pra você, torna o game fácil de mais. Talvez esse item devesse ter uma quantidade mais limitada, pois as vezes é possível passar a fase quase toda com eles, basta encontrá-los. O jogo é bem divertido, diria até viciante, mas peca pelo tempo de jogatina, muito curto. Talvez devêssemos ter mais fases diferentes.
Avaliação:
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Som: 7,5
Diversão: 10
Replay: 9
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Nota final: 8
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Comentário final: Em suma, o game cumpre a função, de ressucitar os momentos de diversão da nossa infância buscando por Wally em páginas de gigantescos livros, mas de uma maneira mais "tecnológica". O final do game deu a entender que haverá uma continuação... Será? Tomara!
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Pelo visto, Wally levou as imagens da versão de DS com ele. Não consegui achar! :(
sábado, 3 de outubro de 2009
Review: MegaMan X: Command Mission (GC)
Review: MegaMan X: Command Mission (2004, Nintendo GameCube)
Command Mission é mais um jogo de MegaMan num estilo diferente que sofre pelo preconceito dos "fãs" (sim, digo "fã" entre aspas porque fã de verdade é aquele que testa o jogo antes de falar qualquer coisa). Assim como Battle Network, se trata de um jogo de RPG do consagrado robô azul da Capcom, mas diferente do mesmo, Command Mission é um RPG no estilo clássico, baseado em turnos, seleção de ataques, etc.
Lançado pouco antes de MegaMan X8, a história é bem spin-off mesmo. Não é tão clichê, mas também não é nada envolvente demais. Às vezes se mostra bem linear e previsível, e raramente surpreende.
Em questão de gráficos, o jogo é bem bonito. Fazendo uso do estilo de cel-shading, os personagens são bem detalhados, porém não possuem muita variação de movimentos nas cutscenes. Creio que esse seja um dos maiores problemas do jogo, a maioria dos diálogos não passa da caixa de texto com o modelo 3D do personagem em cima, o que se torna um pouco cansativo. Talvez se mais diálogos fossem feitos em cutscenes, o enredo do jogo se tornaria um pouco mais dinâmico. Além disso, nas próprias cutscenes e CGs, os personagens não possuem muita variação de movimentos, o que os torna um pouco "robóticos" (?!). Os cenários possuem um bom nível de detalhamento, e o estilo lembra um pouco a série Legends às vezes.
O som do game é satisfatoriamente bom, com os personagens bem dublados (embora algumas frases se tornem um pouco repetitivas rapidamente), efeitos sonoros legais e tudo mais. O único problema talvez seja o barulho dos passos dos personagens, ficaram meio estranhos. Fora isso, tiros, explosões e tudo mais vieram diretamente dos títulos plataformas, o que é muito bom.
A jogabilidade é muito boa também. Fora das batalhas, não há muito o que fazer, além de andar com X explorando os cenários e procurando itens. Durante os combates, que são aleatórios (outro ponto negativo na minha opinião), a jogabilidade também é bem simples e intuitiva. Os ataques ficam posicionados nos botões X, Y, A e o botão L para o ataque especial (sendo que cada personagem tem o seu). Destaque para o indicador de turnos, que além de mostrar quem é o próximo personagem a atacar, ainda indica o nível de energia dos inimigos. Muito funcional e bem pensado. Ponto negativo para o mapa, que é realmente péssimo. A sorte é que você provavelmente não vá precisar muito dele, mas mesmo assim faz falta. Por sorte o mini-map que fica na tela é satisfatório.
O jogo foi lançado para PS2 e GC, sendo que cada uma das versões possui um extra. A de PS2 contém um pequeno demo de MegaMan X8, enquanto a do Cube permite que você conecte com o GBA para que o portátil fique exibindo uma tela com um radar, mostrando a localização de itens ocultos. Precisa dizer quem saiu com a vantagem?
Command Mission se mostra um RPG muito bom, e apesar de não ser o melhor spin-off da franquia, vale como mais uma evidência de que um game do robozinho azul não precisa ser necessariamente plataforma para ser bom. Apesar de ter vários pequenos defeitos, isso não compromete muito o título, que continua se mantendo acima da média.
Avaliação:
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 9
Som: 8,5
Diversão: 8
Replay: 8,5
-
Nota final: 8
-
Comentário final: Embora não seja tão bom quanto a série Battle Network ou Legends, Command Mission é um ótimo MegaMan não-plataforma.
Command Mission é mais um jogo de MegaMan num estilo diferente que sofre pelo preconceito dos "fãs" (sim, digo "fã" entre aspas porque fã de verdade é aquele que testa o jogo antes de falar qualquer coisa). Assim como Battle Network, se trata de um jogo de RPG do consagrado robô azul da Capcom, mas diferente do mesmo, Command Mission é um RPG no estilo clássico, baseado em turnos, seleção de ataques, etc.
Lançado pouco antes de MegaMan X8, a história é bem spin-off mesmo. Não é tão clichê, mas também não é nada envolvente demais. Às vezes se mostra bem linear e previsível, e raramente surpreende.
Em questão de gráficos, o jogo é bem bonito. Fazendo uso do estilo de cel-shading, os personagens são bem detalhados, porém não possuem muita variação de movimentos nas cutscenes. Creio que esse seja um dos maiores problemas do jogo, a maioria dos diálogos não passa da caixa de texto com o modelo 3D do personagem em cima, o que se torna um pouco cansativo. Talvez se mais diálogos fossem feitos em cutscenes, o enredo do jogo se tornaria um pouco mais dinâmico. Além disso, nas próprias cutscenes e CGs, os personagens não possuem muita variação de movimentos, o que os torna um pouco "robóticos" (?!). Os cenários possuem um bom nível de detalhamento, e o estilo lembra um pouco a série Legends às vezes.
O som do game é satisfatoriamente bom, com os personagens bem dublados (embora algumas frases se tornem um pouco repetitivas rapidamente), efeitos sonoros legais e tudo mais. O único problema talvez seja o barulho dos passos dos personagens, ficaram meio estranhos. Fora isso, tiros, explosões e tudo mais vieram diretamente dos títulos plataformas, o que é muito bom.
A jogabilidade é muito boa também. Fora das batalhas, não há muito o que fazer, além de andar com X explorando os cenários e procurando itens. Durante os combates, que são aleatórios (outro ponto negativo na minha opinião), a jogabilidade também é bem simples e intuitiva. Os ataques ficam posicionados nos botões X, Y, A e o botão L para o ataque especial (sendo que cada personagem tem o seu). Destaque para o indicador de turnos, que além de mostrar quem é o próximo personagem a atacar, ainda indica o nível de energia dos inimigos. Muito funcional e bem pensado. Ponto negativo para o mapa, que é realmente péssimo. A sorte é que você provavelmente não vá precisar muito dele, mas mesmo assim faz falta. Por sorte o mini-map que fica na tela é satisfatório.
O jogo foi lançado para PS2 e GC, sendo que cada uma das versões possui um extra. A de PS2 contém um pequeno demo de MegaMan X8, enquanto a do Cube permite que você conecte com o GBA para que o portátil fique exibindo uma tela com um radar, mostrando a localização de itens ocultos. Precisa dizer quem saiu com a vantagem?
Command Mission se mostra um RPG muito bom, e apesar de não ser o melhor spin-off da franquia, vale como mais uma evidência de que um game do robozinho azul não precisa ser necessariamente plataforma para ser bom. Apesar de ter vários pequenos defeitos, isso não compromete muito o título, que continua se mantendo acima da média.
Avaliação:
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 9
Som: 8,5
Diversão: 8
Replay: 8,5
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Nota final: 8
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Comentário final: Embora não seja tão bom quanto a série Battle Network ou Legends, Command Mission é um ótimo MegaMan não-plataforma.
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