quarta-feira, 17 de junho de 2009

Review: The Legend of Zelda: Oracle of Seasons (GBC)

Review: The Legend of Zelda: Oracle of Seasons (2001, Game Boy Color)



Um dos primeiros games da série Zelda a ser produzido por outra produtora senão a Nintendo. E podemos dizer que a Capcom fez um exelênte trabalho nesse capítulo em especial.

Oracle of Seasons é um dos três capítulos de uma pequena trilogia de jogos da série Zelda lançados para o Game Boy Color, que se inicia em Link's Awakening DX, e se encerra depois com o lançamento de Oracle of Seasons & Oracle of Ages.

Apesar dos nomes e enredos semelhantes, Ages e Seasons não são games iguais. Muito pelo contrário, são quase 100% distintos entre si. São até mesmo dois objetivos diferentes (embora semelhantes)! Em Seasons, sua missão é restaurar o equilíbrio das estações do ano, e salvar Din, o oráculo das estações. Já em Ages, seu objetivo é estabilizar o tempo, e salvar Nayru, o oráculo das eras.

Os três games possuem visuais bem semelhantes. Embora pareçam extremamente simplórios para os padrões atuais, não eram nada feios para o console. Lembre-se de que estamos falando do Game Boy Color, não é mesmo?

Deixando os outros dois games de lado um pouco, vamos nos focar em Seasons. Escolhi fazer uma análise de Seasons porque este foi o primeiro da trilogia que joguei, o que mais gostei e também um dos primeiros games da série Zelda que tive a oportunidade de por as mãos. O enredo do game é muito bom e bem elaborado, deixando de lado o objetivo de salvar a Princesa Zelda (tá bom que você tem que salvar Din, que é quase a mesma coisa...). Você controla Link, que aparence misteriosamente em uma ilha. Lá, Link conhece a bela dançarina Din e seu grupo de músicos. Enquanto todos festejavam felizes, algo terrível acontece... O vilão Onox aparece e sequestra (agora sem trema, lol) Din, com o objetivo de obter o controle das quatro estações (caso não se lembre, Primavera, Verão, Outono e Inverno). É então que você discobre que Din não é uma simples bailarina, mas sim o Oráculo das Estações, e é ela a responsável pelo equilíbrio das quatro. Com Din fora de cena, as quatro estações entram em caos, variando de um lugar para o outro. Cabe a você, como sempre, reestabilizar o equilíbrio do planeta, e para isso você terá que obter o Bastão das Estações e o poder de controlar as quatro.

Os cenários são muito bem detalhados (novamente, levando em consideração o poder do hardware). Alguns lugares são sempre inverno, por exemplo. Mas outros, como a cidade principal, variam de estação cada vez que você os acessa. Isso, obviamente, interfere no cenário, fazendo algumas interaçõees significantes como a planta que te faz pular na primavera, as árvores com frutos que só nascem no outono ou os lagos que congelam no inverno. O som do game, como é padrão da franquia, foi muito bem elaborado. Músicas interessantes e efeitos sonoros é o que não falta.


A jogabilidade é muito bem executada também. Você pode escolher em qual botão (A ou B) vai ficar cada um dos seus equipamentos, que variam des dos básicos "espada e escudo" até itens mais elaborados e interessantes. Falando em itens interessantes, os anéis são um aspecto que deve ser levantado. Cada um gera um efeito distinto, e você pode carregar apenas alguns por vez. Os efeitos variam desde fazerem aparecer Rupees mais facilmente e até te transformar num Octorok ou Like-Like! É claro que a lista de efeitos diferentes é muito extensa, e se eu fosse citar todas levaria muito tempo, mas são itens realmente interessantes que merecem um pouco da atenção do jogador.

Como já citado, o enredo do game é muito bem elaborado, e os personagens carismáticos contribuem com isso. Temos a dorminhoca Great Deku Tree, que sempre está dormindo e prescisa que você a acorde, os Subrosians, seres que moram no submundo, e os carismáticos animais que Link usa como "transporte", um canguru com luvas de boxe e um gato voador.

Para finalizar, quero dizer que este é um game muito bom. Facilmente fica entre o hall da fama do falecido portátil. Caso você ainda tenha um Game Boy Color, vale a pena tirar o pó dele e tentar jogar esse jogo. Garanto que vai se divertir.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 8,5
Som: 9
Diversão: 8,5
Replay: 7,5
-
Nota final: 8,5
-
Comentário final: Como eu disse, é um ótimo game da franquia. Pena que, não sei por quê, mas sempre que vejo algo relacionado a ele e sua outra versão, Oracle of Ages, Ages parece roubar toda a atenção... Realmente, não sei o motivo, ambos são bons.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Review: Pokémon Stadium 2 (N64)

Review: Pokémon Stadium 2 (2001, Nintendo 64)



Conhecido no Japão como Pokémon Stadium 3, essa sequência segue a mesma fórmula bem-sucedida de seu predecessor. Os esquemas de jogo se manteram basicamente os mesmo, sendo a maior diferença na adição dos 100 novos monstrinhos e o suporte às versõs Gold, Silver e Crystal de Game Boy Color, pelo Nintendo 64 Transfer Pak.

Graficamente, o game não mudou muito em relação ao seu predecessor. Mas não num sentido tão bom. Os pokémon da segunda geração estão todos muito bem feitos, bem redondinhos, mas os da primeira estão exatamente iguais aos da versão anterior. Isso não chega a ser ruim, mas poderiam ser refeitos.

O som do game também se mantém bem semelhante ao primeiro. As vozes do narrador são muito bem gravadas, e bem engraçadas às vezes. As vozes dos monstrinhos foi novamente substituída pelos toquinhos polifônicos do primeiro game, algo que continua até hoje.

A jogabilidade do game é bem simples, já que é um RPG baseado em turnos. A diversão do game, além do modo normal de batalhas, fica por conta dos mini games, que são simples e divertidos. Você pode jogar um mini game descompromissadamente, ou pode fazer um campeonato com os seus amigos, valendo moedas que podem ser transferidas para o jogo de Game Boy como moedas para o cassino.

Pokémon Stadim 2, como já citado anteriormente, segue a mesma fórmula de sucesso do primeiro game (segundo, no Japão). O acessório que acompanha o game, o Transfer Pak, permite que você jogue com seus monstrinhos dos jogos de Game Boy no próprio Nintendo 64. Para época, isso era revolucionário. Ver os pequenos sprites do portátil se transformarem nos belos modelos 3D (belos pra época, claro) era incrível. Além disso, era possível jogar seus games do portátil na tv, em uma resolução bem maior. Além de economizar suas pilhas, poupava você de forçar a visão para enchergar na telinha escura do Game Boy Color.

Pokémon Stadium 2, assim como o primeiro, são dois ótimos games do Nintendo 64. Na minha opinião, o segundo é o melhor capítulo da série para um console de mesa até hoje. Simples e direto, o game divertiu muita gente por muito tempo, talvez só tenha parado de divertir-nos pela desatualização dos games de GBC atualmente.


Avaliação:
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 9
Som: 8,0
Diversão: 10
Replay: 9,5
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Nota final: 8,5
-
Comentário final: Realmente um ótimo game da série. Do gênero, acredito ser o melhor da série até os dias atuais.

sábado, 13 de junho de 2009

Review: The Legend of Zelda: The Minish Cap (GBA)

The Legend of Zelda: The Minish Cap (2005, Nintendo Game Boy Advance)



O primeiro capítulo de Zelda exclusivo para GBA não podia ser melhor. Depois do também ótimo remake de A Link to the Past, junto com o bônus Four Swords, podemos perceber que o GBA nos privilegiou com ótimos jogos dessa franquia.

Lançado em 2005 (2004 no Japão e Europa), o game foi considerado por muitos como sendo os melhores gráficos de GBA, uma posição muito justa, diga-se de passagem. O visual do game é primoroso, com belíssimos sprites bem detalhados e, por assim dizer, "fofos". Com efeitos visuais também muito bonitos, o jogo prima pelo visual, trazendo de volta o visual de Link de Wind Waker, conhecido popularmente como "Toon Link".

O enredo do game é muito bom, assim como de toda a franquia. Tudo começa com Link, nosso herói, acordando com a princesa Zelda à sua porta, esperando-o para irem juntos ao evento que está acontecendo na cidade. Seu avô, o ferreiro do reino, pede para que você leve uma espada até o castelo, para que a mesma seja entregue ao vencedor de um torneio, como prêmio. Acontece que, Vaati, o vencedor do tal torneio, não tem interesse na tal espada, e sim em algo bem maior...

O game conta com 3 tipos de visões do ambiente, por assim dizer. A primeira é a mundo normal, com tudo normal. A segunda, é quando você, como Minish, habita o mundo real. O sprite de Link se transforma em algo bem pequeno na tela, e você não tem acesso a quase nada, devido ao seu tamanho. O terceiro, e talvez o mais interessante, é quando você habita o mundo dos Minish. O game se torna incrivelmente detalhado, com plantas gigantes e até inimigos do mundo normal em tamanho infinitamente maior. Um simples Octorok, fácilmente eliminado com um único golpe de Link em seu tamanho normal, pode se transformar em um incrível chefe de uma dungeon.

O som do game é excelente, assim como de costume da franquia. Músicas marcantes e efeitos sonoros incríveis dão uma beleza extra ao reino de Hyrule. A jogabilidade também é ótima, com resposta rápida dos comandos e a opção de configurar em qual botão utilizar cada equipamento.

O jogo conta com algumas "figurinhas", que podem ser compradas de maneira sortida através não de Rupees, mas sim trocando por uma espécie de conchas, que não tem outra utilidade senão esta. Cada figurinha que você compra diminuem suas chances de tirar uma nova, exigindo que você gaste mais conchinhas para cada figurinha que for pegar, caso queira ter certeza de que vai ganhar uma nova. Isso aumenta bastante o fator replay, pois as figurinhas são muito bonitas e trazem umas informações legais, perfeitas para quem gosta de colecionar coisas nos games.

Esse game é fundamental para qualquer um que se considere fã de Zelda, na minha opinião é o melhor episódio da série (podem me linxar por isso, fãs de OoT), e por qualquer um que busque um ótimo game Adventure no GBA, que apesar de já estar aposentado, ainda tem um gás para gastar.


Avaliação:
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Som: 9,5
Diversão: 10
Replay: 10
-
Nota final: 10
-
Comentário final: A série Zelda em si já é uma obra prima, esse game então nem se fala. Realmente, indispensável na coleção de qualquer proprietário de um GBA.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Review: Meccha! Taiko no Tatsujin DS: 7-tsu no Shima no Daibouken (NDS)

Meccha! Taiko no Tatsujin DS: 7-tsu no Shima no Daibouken (2008, Nintendo DS)



Uau, mas que nome grande! Vamos chamá-lo só de Taiko 2, por ser o segundo game da série para o DS, pra facilitar.

Deixando o nome do game de lado, Taiko 2 foi uma das melhores experiências que tive a oportunidade de jogar no meu Nintendo DS. Apesar do game estar em japonês, isso não interfere em nada na diversão, pois o game é de música, tudo é muito intuitivo e a maioria das coisas é ilustrada.

Como o nome indica, é um game de bateria ("Taiko no Tatsujin" traduzido para o inglês significaria algo como "Taiko Drum Master", e Taiko é o nome de uma espécie de tambor japonês). O game consiste em uma espécia de Guitar Hero, com as notas vindo numa espécie de "barra" lateral e você tendo que tocá-las quando elas alcançam o final, bem simples mesmo. A jogabilidade pelos botões pode ser configurada de várias maneiras diferentes, ou você pode simplesmente optar por jogar pela touch screen, que fica mostrando um tamborzinho. Bata no tambor para reproduzir as notas vermelhas, fora dele para as azuis, no centro do tambor para reproduzir as vermelhas grandes e próximo às bordas para as azuis grandes. Sem mistérios.

Mas não deixe a aparente simplicidade enganar você; O modo Oni (comparável ao "expert" de GH, por assim dizer) e até mesmo algumas músicas do Hard podem fazê-lo perder a cabeça e fritar os dedos numa tentativa (às vezes frustrada) de passar a música. Apesar de conter apenas dois tipos de notas, geralmente elas aparecem em grande quantidade, e muito próximas umas das outras.

Um outro ponto alto do game é a customização. Ao logo do jogo, você adquiri muitas roupas que podem ser colocadas no seu Taiko, deixando ele do jeito que você quiser, além de poder trocar as cores dele. Para habilitá-las, deve-se realizar os mais variados tipos de objetivos, como passar músicas ou avançar no modo story, por exemplo.

A diferença desse game para o primeiro da série, além do repertório óbviamente, é a inclusão de uma espécie de modo "story". Nele, o jogador deve passar por 7 ilhas (que dão o nome ao game), e realizar os objetivos de cada uma. Mas, para passar por algumas fases, é necessário atender alguma condição especial, como usar uma roupa em específico ou algo assim. É aí que complica, pois o game está totalmente em japonês e fica muito difícil entender o seu objetivo, o que faz muitos desistirem desse modo por não saberem o que fazer. Mas, tecnicamente, isso não é um defeito do game. Não existe uma versão ocidental, o que é uma pena, pois esse é um dos melhores games do estilo. Algumas leves melhorias gráficas também aparecem na segunda versão, como detalhes no quarto do jogador e o estilo do tambor na tela de baixo.

O repertório do game é bem extenso, contando com músicas J-Pop, J-Rock, clássicas, temas de animes, músicas de game... Enfim, são vários estilos de músicas diferentes, mas é claro que tem que curtir músicas orientais para aproveitar o game, já que jogar sem som não tem a mesma graça.

Visualmente, o game não é nada de mais. E nem prescisa também, pois por se tratar de um game musical, o visual não é importante. Enquanto você toca, seu tambor personalizado fica em cima fazendo algumas caretas e movimentos, e em baixo da faixa com as notas ficam alguns personagens que servem como indicadores para saber se você está ou não indo bem na música. Apesar de não ser nada de mais, não é feio.

O game é divertido por extremo, fica entre os melhores jogos de DS na minha opinião, e fácil.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 10
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Nota final: 10
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Comentário final: Um dos melhores games que já joguei no DS, e o melhor game musical que já vi. Mas cuidado: É viciante!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Review: Chibi-Robo: Park Patrol (NDS)

Chibi-Robo: Park Patrol (2007, Nintendo DS)




Ah, Chibi-Robo. Esse joguinho durou um bom tempo comigo, antes de eu enjoar.

Foi um dos primeiros títulos de DS que eu joguei, além de ser um dos mais legaizinhos e criativos que eu vi até hoje também. O objetivo do jogo se resume a reflorestar um parque, que está praticamente "morto". Você controla Chibi-Robo, um robozinho muito pequeno, como o nome sugere. Mas pequeno mesmo, tipo, menor do que uma latinha de refrigerante.

Mas... como reflorestar todo um parque com um robozinho tão pequeno? Simples, bastam alguns veículos, alguns utensílios especiais e muita força de vontade. E sem se esquecer de verificar a bateria!

A mecânica do jogo é bem simples e intuitiva. Você começa com um radinho e um aparelho para regar as flores, e uma bateria de 100 watts. Com o rádio, você toca uma música perto das flores brancas para que elas joguem suas sementes no terreno, e com o "conta-gotas" você as rega para que cresçam e virem novas flores. Caso sejam brancas, basta tocar a música de novo para que elas voltem a dar mais flores, e assim sucessivamente. Quando uma parte terreno tiver um certo número de flores, aquele espaço em específico se tornará gramado e vivo novamente. Mas mesmo assim você ainda pode plantar flores lá. A cada flor que você planta, ganha alguns "happy points", que são transformados em watts no final do dia para que você compre itens na sua base ou abasteça a bateria lá (mas fica uma dica, abasteça na tomada da rua que é de graça).

A mecânica do game é bem simples. Você controla Chibi pelo direcional digital, e usa os itens pela touch, seja pedalando sua bicicleta, remando seu barquinho ou regando suas plantinhas. Nada muito complicado. Ao se aproximar de um objeto interativo, como uma tomada, um ícone aparece na tela do toque, para você interagir. Os gráficos do game são muito bons, com o modelo 3D de Chibi bem bonito, detalhado e brilhante. Os demais personagens também são bem feitinhos, e dos humanos só aparecem os pés.

O jogo conta com vários itens que podem ser instalados no parque e apetrechos a mais que podem ser colocados no robozinho, além das modificações de terreno para o parque. Tudo isso custam alguns watts, que funcionam como moeda do jogo, e para conseguí-los, você prescisa trabalhar bastante no parque ou vender algumas flores. Isso aumenta o fator replay, pois te faz cuidar do parque para ter dinheiro e comprar alguns brinquedos para o mesmo. Apesar disso, o game cansa rápido, pois não apresenta desafio muito alto e nem temáticas que se renovem constantemente, resumindo-se a plantar, explorar um pouquinho a pequena parte da cidade da qual você tem acesso e brincar no parque, e às vezes dar cabo dos bichinhos pretos do mal que aparecem no seu parque para acabar com suas flores.

Apesar de ser um game que visualmente e tematicamente aparente ser direcionado ao público infantil, pode trazer algumas horas de diversão até pros mais grandinhos. Pensando bem, acho que vou voltar a jogar...


Avaliação:
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 8
Som: 7
Diversão: 9
Replay: 8,5
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Nota final: 8
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Comentário final: É um joguinho bem divertido, principalmente para os menores. Ah, quantas boas horas de diversão esse game me proporcionou...

domingo, 7 de junho de 2009

Review: Resident Evil 4: Wii Edition (Wii)

Resident Evil 4: Wii Edition (2007, Nintendo Wii)



Lançado originalmente em 2005 para o agora falecido GameCube, o jogo revolucionou totalmente a franquia Resident Evil, além de gerar uma pequena polêmica devido a alguns problemas de exclusividade entre a Capcom e a Nintendo, mas esse assunto fica para depois.

O game mudou características principais da série, como a câmera estática a cada nova sala, e até mesmo o estilo do jogo, que deixou um pouco de ser um survival horror e se tornou um título mais focado na ação.

A primeira grande mudança encontrada quando se começa o jogo é a câmera, obviamente. Agora focalizada sobre o ombro do protagonista Leon (o mesmo de RE2), a câmera se mantém atrás de você durante todo o percurso, o que é um ótimo avanço na minha opinião, tanto que considero até hoje a câmera desse jogo como uma das mais perfeitas que já vi.

A jogabilidade, que já era primorosa no GameCube e no PlayStation 2, se torna infinitamente melhor no Wii. Caso você já tenha jogado em alguma das outras plataformas, vai estranhar bastante no começo, mas nada que alguns "You Are Dead" na primeira vila não resolvam para se acostumar com a jogabilidade nova. Diferentemente das versões para os outros consoles, no Wii a mira fica o tempo todo na tela, mesmo quando você não está utilizando-a (exceto quando o personagem está carregando algum Rifle ou sem arma nenhuma), o que é ótimo, já que quando você apertar o botão para mirar, a arma já estará apontada para o lugar em que você deseja, evitando ter que ficar mechendo o analog toda vez que aperta o botão de mira. Para usar a faca, basta balançar o WiiMote, mas caso prefira, também é possível fazê-lo apertando o botão C para sacar a faca e depois o A para usá-la. Recarregar também ficou bem simples, basta apertar o botão da mira (B) e chacoalhar o controle para cima e para baixo, semelhante àqueles jogos de tiro de fliperamas, ou apertar o botão B para mirar e para baixo no direcional digital, e para atirar, simplesmente aperte B, mova o WiiMote para movimentar a mira e aperte A para disparar.

Graficamente falando, o jogo dá um show à parte. Como um dos gráficos mais bonitos da geração passada, o jogo forçava a caixinha da Nintendo ao máximo. Óbviamente, o port para PS2 apresentava um leve downgrade gráfico, devido à maior capacidade gráfica do roxinho. Apesar da versão analisada aqui ser para uma plataforma da nova geração, os gráficos se mantiveram os mesmos. O que não é ruim, pois apesar de ser um console next gen, o Wii não tem o mesmo poderio gráfico de seus concorrentes, e o jogo possui um bom gráfico até mesmo para os padrões atuais.

O som do jogo também é excelente, contando com músicas de suspense e até mesmo com momentos de silêncio, mas que ajudam a dar o clima de suspense do ambiente. O jogo apresenta fielmente os sons dos passos do personagem, e a voz do mesmo é muito bem dublada. Já os inimigos, por sua vez, falam algumas frases (muitas delas marcantes, como as clássicas: "UN FORASTERO!" e "DETRÁS DE TI, INBÉCIL!"), mas muito poucas em relação à quantidade de inimigos que você enfrenta.

Basicamente, são poucos tipos de inimigos: Alguns modelos masculinos e apenas um feminino para os Ganados, os inimigos básicos, que são basicamente o que atira foices, o que te inforca, o que atira dinamite e o da motosserra, sendo esse último um homem e uma mulher, que não aparecem em grande quantidade no jogo e são bem difíceis de derrubar. Há também os fiéis do culto (não vou me aprofundar muito para não correr o risco de dar spoil), que também são poucos. Basicamente, os normais, os com capacete, os com escudo e os de roupa vermelha, que são meio que os especiais. Já os mestres, são um capítulo à parte. Apesar de não serem muitos, são bem marcantes e extremamente bem detalhados.

Quanto a polêmica citada anteriormente, foi um caso de que o jogo supostamente era para ser exclusivo (only for) para o GameCube, porém a Capcom meio que quebrou esse contrato e lançou versões para PC e para o PlayStation 2. A versão de PS2, apesar de ter os gráficos reduzidos, contém também vários extras habilitados após terminar o jogo, que felizmente foram mantidos na versão de Wii. O jogo, apesar de mudar bastante as características da franquia Resident Evil, é excelente e diverte bastante por horas. Apesar da raiva que você vai passar quando Ashley ficar na sua frente e você acidentalmente (ou não) atirar nela, ou algum inimigo a agarrar por ela ser extremamente burra, isso faz parte do jogo e te obriga a ficar atento em você e nela ao mesmo tempo, pois caso ela morra ou seja capturada, é game over.

Avaliação:
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Som: 10
Diversão: 10
Replay: 9
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Nota final: 9,5
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Comentário final: Um dos melhores jogos que já tive a oportunidade de jogar, considero o melhor Resident Evil de todos (e não, não estou excluindo o novo Resident Evil 5), e me faz querer profundamente que a Capcom lance um RE5 adaptado para Wii, e que pare logo de lançar essas versões On Rail, que dão a impressão de que o Wii fica com "as sobras" da empresa.

Review: Mario & Sonic at the Olympic Games (NDS)

Mario & Sonic at the Olympic Games (2007, Nintendo DS)



Minha impressão inicial quando vi o título do jogo, como da maioria das pessoas que pegou pelo menos o final da era SNES x Mega Drive, foi de espanto. Naquela época, um título desses seria um sinal do apocalipse chegando. Mas não deixei de achar a proposta interessante. Ilusão.

Realmente, um jogo que levasse os nomes de Mario e Sonic no título merecia ser um pouco melhor. Um pouco não, bastante.

Lançado na época das olimpíadas de Pequim, no final de 2007, o jogo traz alguns minigames relacionados às provas da competição para o Wii e DS. Vamos deixar o de Wii para outro dia e nos focar um pouco no de DS. Se você preza seu portátil e sua integridade física, passe longe do título. Vou te explicar por quê.

O game não passa de mais um "Mario Party wannabe", ou seja, mais uma compilação de mini-games que tentam imitar a fórmula de sucesso da série Mario Party (a série pode não andar muito bem das pernas atualmente, mas isso é assunto para outro dia, e, quem sabe, outra review). Porém o jogo falha miseravelmente. Os mini-games se resumem a simplesmente rabiscar com a stylus de um lado para outro na sua tela rapidamente. Só que não dá para fazer rápido sem forçar um pouco, e acontece exatamente isso que você pensou. Riscos, um monte deles. Caso não tenha película, seu DS ficará com sérias cicatrizes dos momentos frustrados de jogatina que você teve. E, acredite, 99% dos jogos são do estilo "risque-de-um-lado-para-o-outro".

Graficamente falando, o jogo não é feio. Tem gráficos bonitos para o console, e até que são bem detalhados. Possui uma grande variedade de personagens selecionáveis, das duas franquias, sendo 17 personagens ao total.

Se tiver oportunidade de escolha, opte por Mario Party DS. Você se divertirá bem mais, e seu DS vai agradecer.

Avaliação:
Gráficos: 8,0
Jogabilidade: 3,0
Som: 6,0
Diversão: 0,0
Replay: 0,5
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Nota final: 3,5
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Comentário final: O jogo é péssimo, e um jogo com o nome do Mario não merecia isso. Tá, e com o Sonic também, mas o ouriço já não anda bem das pernas e todo mundo sabe.

Review: Tatsunoko vs. Capcom - Cross Generation of Heroes (Wii)

Tatsunoko vs. Capcom - Cross Generation of Heroes (2008, Nintendo Wii)



Você deve estar se perguntando: "WTF? Tatsunoko? Que diabos é isso?" Calma, eu explico. Tatsunoko é uma empresa de animação japonesa, responsável por grandes sucessos como Gatchaman, Yatterman e Speed Racer. Tá, talvez não tão grandes assim. É uma empresa muito antiga, por isso não é tão conhecida atualmente. Bom, você não prescisa saber muito mais do que isso sobre a empresa, se quiser se aprofundar mais pesquise no google. XD

Eis que surge mais um jogo no estilo Marvel vs. Capcom! Mas dessa vez, infelizmente, exclusivo do Japão. Tatsunoko vs. Capcom é um ótimo game de luta do Wii, que supre bem a falta de um Street Fighter IV (tá bom que não se pode comparar né, mas quem não tem cão caça com gato), já que o título ainda não deu (e provavelmente não dará) as caras no console branco da Nintendo.

Como o ótimo game que é, e com o grande número de pessoas na internet dizendo que comprariam o jogo (caso lançado no ocidente), você deve se perguntar o por quê da Capcom não lançar essa obra-prima por esses lados. A resposta é simples: Direitos autorais. No Japão, todos os personagens da Tatsunoko pertencem a uma só empresa (adivinhe qual é), mas no ocidente, os personagens estão espalhados por diversas marcas diferentes. Isso complica muito a utilização da imagem dos personagens no jogo, então torna-se muito complicado um lançamento ocidental. Mas a Capcom não afirmou que isso não vai acontecer, só afirmou que não está nos planos. Resta esperar que isso mude.

Graficamente falando, o jogo até que faz bonito. Os gráficos não são nada de excepcionais, mas também não são feios. Os efeitos visuais são bonitos, e dão um charme aos combates. Com relação aos personagens, a lista até que é bem extensa: são 22 ao total, sendo 11 da Tatsunoko e 11 da Capcom, com 4 secretos (2 de cada lado também). No começo, é normal que se escolha principalmente os do lado da Capcom, por serem rostinhos mais conhecidos para nós (principalmente Ryu, de Street Fighter), e que provavelmente sabemos jogar melhor (que atire a primeira pedra quem não sabe usar, pelo menos em teoria, o hadouken!). Com uma lista de rostinhos conhecidos, o lado da Capcom conta com, entre outros, Ryu, Chun-Li, MegaMan (RockMan), Roll e Morrigan. Como podem ver, nem todos são personagens de jogos de luta, porém suas técnicas foram bem adaptadas para essa função, como o fato de MegaMan usar várias armas diferentes (devido ao fato de ser o MegaMan de "MegaMan Legends" - seria isso um teste para um novo jogo da série?) e Roll usar uma vassoura e balde. Já do lado da Tatsunoko, personagens não tão conhecidos pela sua idade como Gatchaman, Yatterman, e outros-man da vida.

Em som, o jogo também não peca. Tem diversas músicas, com cada personagem tendo a sua em específico, e Roll tem até uma música cantada. A jogabilidade com o combo Wii-Mote + Nunchuck não é boa (soltar hadouken apenas apertando B é imperdoável), mas com o GameCube Controller é excelênte. O jogo oferece suporte também ao Classic Controller.

O jogo parece ser tipo um "subistituto de SFIV", não que ele seja comparável à tal, mas é bem legal e diverte. Agora, resta saber se a Capcom vai ou não trazer isso para cá, resta torcer que sim.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 10
Som: 8,5
Diversão: 10
Replay: 10
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Nota final: 9
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Comentário final: Como citado antes, na falta de um SFIV, TvC é um bom jogo. E Cross-Overs são sempre uma boa pedida. E sou só eu ou mais alguém aí quer um MegaMan Legends 3? (RockMan Dash 3)

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PS: Quando escrevi essa review, a um tempo atrás, a versão ocidental de TvC ainda não tinha sido anunciada.

Review: Pokémon Diamond & Pearl (NDS)

Pokémon Diamond & Pearl (2007, Nintendo DS)



Quando o novo portátil da Nintendo, o Nintendo DS, foi lançado em 2004, todos começaram a se perguntar como as grandes franquias da Nintendo iriam ficar no pequeno notável, com sua incrível jogabilidade touch. Com Pokémon não foi diferente.

Depois do pequeno deslize com a terceira geração, devido aos pokémon pouco cativantes apresentados e diversos outros fatores, todos esperavam para ver como seria a quarta geração de pokémon. Só que nada dos novos jogos serem lançados, apenas spin-offs, alguns bons, como Mystery Dungeon e Ranger, e outros nem tanto como Dash. Porém, em 2007, finalmente a quarta geração foi lançada, sob os nomes de Diamond & Pearl.

E então veio, a revanche de criaturinhas novas. Todas bizarras. A impressão que passa é que não resta mais criatividade para criar monstrinhos novos, pelo menos para mim. Uns bichos feios, esquisitos e com nomes toscos, agora totalizando 493 pokémon. É claro que tem algumas exceções, alguns monstrinhos legaizinhos, mas são poucos se comparado com o grande número apresentado. Bom, deixemos isso de lado e vamos falar um pouco dos outros aspectos do game.

Graficamente falando, o jogo é muito bonito. Apresenta cenários em 3D, com os personagens em bonitos sprites, agora com resolução maior do que na geração passada, devido ao aumento em relação a tela do GBA para a do DS. A tela de toque, quando andando pelos mapas, mostra um relógio chamado PokéWatch, ou Pokétch para resumir, que nada mais é que o PokéGear/PokéNav dessa geração. Com algumas funções úteis, como relógio digital, um aparelho pra checar se os moves são Super Effective ou não, outro para checar se seus pokémon no Day care Center já breedaram, entre outros, é um aparelinho bem útil. Já durante batalha, a tela de baixo mostra os menus com os golpes, itens, pokémon e etc, facilitando bastante quando você joga com a caneta.

Em matéria de som, o game não fica atrás dos outros na franquia. Músicas envolventes é o que não faltam, como nas batalhas contra os lendários e os membros da Elite Four. Porém, novamente, os sons das vozes dos pokémon dão lugares a toquinhos polifônicos. Mas depois de 12 anos, isso já nem é notado mais (mas bem que poderia ser corrigido).

O maior atrativodesse jogo, porém, é o fator On-Line. Usar a Wi-Fi Connection para batalhar com amigos distantes e trocar pokémon com pessoas do mundo todo é ótimo, ajudando bastante no tema principal do game que é completar a PokéDex.

Mas no geral, Diamond & Pearl diverte, apenas não trouxe o ressurgimento de Pokémon (não que a franquia realmente precise de um ressurgimento agora). Apesar de suas falhas, é um bom jogo.

Avaliação:
Gráficos: 8
Jogabilidade: 9
Som: 8,5
Diversão: 10
Replay: 8,5
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Nota final: 7
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Comentário final: No geral, é um bom game, apenas é o mais fraco da franquia. Vamos esperar pelos remakes de GS, anciosamente!